quinta-feira, 26 de abril de 2012

Conflito Cósmico




Visto o Sol
 mais que depressa,
 pois eu quero fazer Lua
 nessa Orbe intrigante
 que vagueia por Estrelas
 e orbita em meu Espaço,
 linda, mais que o Infinito!

Ela é Terra desejada
que parece habitada,
no entanto a sua Rota
não quer colidir com a minha...

Tenso vejo um Cometinha
despejando uns meteoros
lhe ferindo a superfície
e eu não quero, mas entendo:
tem Planeta que prefere
desfazer-se em Crateras
do que receber a graça
de um Rei que é só cuidados...

Ronaldo Rhusso



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Rendam-se!

Não sei o que fazer quando eu me vejo
Azul e o azul no olhar só diz: dormi!
Não sei qual o segredo, mas senti
Que quem encanta o faz fruindo o ensejo.

Agora eu me perdi porque desejo
Dizer como eu me sinto e consegui
Tornar-me mais confuso e estou aqui
Sorrindo e é tempestade que prevejo...

Tirei minhas sandálias, pois que arde
A árvore da vida, da existência...
E vi a terra santa e toda a essência.

Por que colher os frutos se é tão tarde?
O mundo não percebe que o alarde
Diz claramente: “Ei-Lo!” Reverência!

Ronaldo Rhusso



Outono




Tornei planícies montes altos
que não pude suportar perante mim.
Achei melhor não transportá-los para o mar
que é a multidão esbaforida em meio ao mundo...

Tornei-me ponte para unir o infinito
e percebi que o mal vem junto, pois
há corações pesados e cansados, mas que teimam
em portar o que é ruim...

Tornei a rir de tantos erros do passado
e não passei de um louco vivo,
transbordante de euforia...


Tornei a ver no entorno do meu ser
que a vida é boa, dura e fria,
mas se dou-me a sorrir
o calor vem forte
e aquece até
o mal...

Ronaldo Rhusso


Sendas...




Escorri para o profundo do intelecto
e não vi motivos para arrepender-me
de ir pouco lá...

Para que entender o que eu não posso tocar?

Sinto a brisa leve a lamber minha tez
e não entendo como posso ser tocado
e sentir o refrigério que me apraz...


Sinto a mão de Deus que afaga a alma e,
sem, contudo, entendê-Lo, não me espanta
que Ele entenda o que há em mim.


Quando vejo um vislumbre desse Ser
sinto-me banhado por um balde de estrelas
derramado sobre mim e, ainda assim,
é tão diverso!


Gotas salinadas me escorrem pela face
e eu me sinto em unidade com o mar...

Daqui percebo as canoas indo e vindo
com conteúdo que interessam aos que
aguardam nos portos quase seguros...


Adeus é coisa de somenos...

Ah! Deus é bom e não entendemos a bondade...

Que desfaçam os nós que nós tecemos,
pois as luzes que trocamos iluminam
explosivas e alegres o Universo...

Ronaldo Rhusso



terça-feira, 24 de abril de 2012

Nossa!




Vejo a vida de olhos abertos
e desânimo me sobra...

Cara! Como pode respirar e nem ser grato a Deus?
Quanta gente está deitada numa cama de hospital
recebendo o ar contínuo vindo de tubos gelados?


Eu entendo a humanidade como uma criança entende
Raiz cúbica de “x” elevada a tantos mil...

Cemitérios não comportam tanta gente que desanda
a desvalorizar vida, dom que é lindo e muito caro!

Vejo a vida de olhos fechados
e meus sonhos me aprazem...


Ronaldo Rhusso

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Carta de amor...

Hoje eu vi que você já não é mais
A criança mimada que eu criei
Derramando poemas sobre seu
Relicário mental, castelo lindo!
Hoje eu vi que seu corpo não é mais
Confusões hormonais, nem trivial.
Onde aquela menina se escondeu?
Onde o riso de Lua deu lugar
Para o riso de Sol que faz tão bem
E que faz o arrebol se iluminar?

Quero tanto que sejas mais feliz
Do que a mera palavra quer dizer!
Quero tanto que o tempo que sorri
Não derrame uma penca de ilusões
Sobre a mente que ainda não cresceu
E que sonha com o azul de lá do céu...

Hoje eu tento não ser mais seu herói
Porque sei que meu super ser morreu
E não poderá mais lhe proteger.

Quando o vento ruim lhe assustar
Lembra tudo que um dia lhe falei.
Lembra como você se aborreceu
Porque eu quis lhe contar que o mal é fato.
Lembra que eu lhe fiz dormir mais cedo
Quando cada sermão durou demais,
Mas não deixa seu riso se perder
Co’a investida de quem não lhe faz jus...

Eu lhe amo e bem sabe que nem sei
Demonstrar como eu sempre tentei.
Não esquece que estou ainda aqui
Para dar minha vida por você...


Ronaldo Rhusso





domingo, 22 de abril de 2012


Hoje não mais...

Estorno o decorrer da Ode antiga...
De longe o leve voo da borboleta
É algo que me põe em transe, ainda!
Que coisa estranha e linda ao mesmo tempo!

Desmancho meus castelos lá nas nuvens
E é certo que o pra sempre se acabou...

Não durmo mais no claro e, é claro, eu temo
O que pode atingir o pensamento.

Eu vi quem me jurou haver sentido
Nas letras espalhadas pelo vento
E que formaram versos ansiosos...


Percebo que à deriva as naus se entregam
Ao sopro desse vento que é mordaz...

Vai ver, daqui de cima dessa pedra,
O mar já não parece mesmo o antigo...

Se o frio não me trouxesse o sal que arde
E gruda em minha pele nesse instante

Decerto eu voltaria pra Trindade...

Ronaldo Rhusso



Muito...




A minha noite vai, mas depois volta,
Embora eu abomine as suas cores...
Quem quereria um cinza por escolta
Ou mesmo um cor de rosa em meio a dores?

A minha noite é fria e, eis, que revolta
O ser que há em mim. Té murcham flores
Do meu jardim interno e ele me solta
Dessa catena, o olor dos dissabores...

Passei, talvez, por horas destemidas
Que não pouparam minha juventude
E me trouxeram sombras amiúde.

Mas tu és dia lindo e as mal dormidas
E frias noites vão ser percebidas
Apenas por quem não vir que em ti pude...

Ronaldo Rhusso


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fique atento!




Outro Sábado santo e necessário...
Outra chance de ver que esse presente
É sinal do cuidado tão latente
Contra o mal do cansaço... Temerário.

Nesse mundo onde o amor é tão precário,
Eis no Sábado, qual colo de um Ente
O regaço que assinala, certamente,
Quem são os Seus e no mal remam contrário...

Um Profeta¹ afirmou lá no passado
Que alguém haveria de mudar
Lei e os Tempos no intento de enganar.

Pensa bem, mas reflita com cuidado
Pois o cerco já fecha e o meu recado:
“Oh! Não deixe o domingo² lhe marcar”!

Ronaldo Rhusso


¹“E proferirá palavras contra o Altíssimo,... e cuidará em mudar os tempos e a lei;” Daniel 7:25

² Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. Apocalipse 13:17.

Sinal = domingo
nome = anticristo
número = 666 = VICARIVS FIILIS DEI


Some os números romanos correspondentes ao título do representante da besta:

V = 5
I =   1
C = 100
A
R
I =  1
V = 5
S

F
I  = 1
I  = 1
L = 50
I  = 1
S

D = 500
E
I = 1
__________
=  666




quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um pouco mais...



É híbrido o sentir de poeta!
É forte essa fé que o move
E o demove do mal...

É forte a palavra correta!
É híbrido e tanto comove


É santa essa cena que eu vejo
E o ensejo para me curvar
É profundo e eu aceito!

É forte essa dor que suporto!
É Santo Esse Ser que socorre minh’alma...

É sim para a vida que eu digo!
É sim, eu me sinto cansado
E o enfado me segue...

Paciência...

Ronaldo Rhusso



I(n)diocracia...




I(n)diocracia...



Perdeu, playboy de penas na cabeça!
Um dia pra você... Qual o sentido?
É como ser sem ser (nunca ter sido),
E não querer que o mundo lhe esqueça...



Você é estranho, então, antes que cresça
O seu costume antigo (que eu olvido)
De preservar, cuidar, tão decidido,
Curte seu dia e, após, desapareça!



A gente usa tanga, dança e ri,
Mas verbo destruir nos dá tezão!
Usamos um tacape em cada mão!



O fato é que, de fato, aqui e ali
Nossas fogueiras ardem e o que eu vi?
Você sumindo aos poucos da nação...



Ronaldo Rhusso



Não adianta...



Voltaste, eu vi! Que bom! Foi a saudade?
Por que te atrai meu ser te é questão,
Porque sou mesmo assim: meio razão,
Mas a loucura ocupa outra metade.

O que te deixa triste? A dor que invade
Ou não saber de onde ela vem, ou não?
Eu sei o que é ruim na vil paixão:
“A solidão que fica”. Isso é maldade...

Talvez amar sem ver seja doença
E tudo seja só mera quimera...
Talvez o Sol nem seja o Sol que era...

O certo é que qual seja a nossa crença
Não vai mudar, fazer a diferença;
O amor vem quieto e, rápido, ele impera!

Ronaldo Rhusso


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem medo...




Não vi, mas cri e é fé e eu sei: tu tens.
Sorvi, gozei, gostei, achei demais!
Senti, doeu, chorei... Que mal! Não vens?
Parou, que bom! O medo é tão fugaz!

A noite sempre vem e aqui me tens
Num frágil dar de mim, talvez demais...
Cadê os anos bons se nem tu vens?
Amor não é assim assaz fugaz...

Quando é que tu vais saber te entregar
Sem ter pudor, sem que a dor possa vir?
Quando é que eu passarei a existir?

Quando é que tu vais te dar sem cobrar
Algo de mim que eu nem posso te dar?
Vem ser feliz, vem ter paz, vem dormir...

Ronaldo Rhusso


terça-feira, 17 de abril de 2012

Um só de amor...


I

Os olhos lá do Sul percebo aqui.
Contemplam cada Eu exposto ao vento
E eclodem nesse azul, qual nunca vi,
Do Dom que D’us me deu: real fomento...

No Norte ou no Sul mui penso em ti
Completando meu eu, me dando alento,
Ornando em tom azul e nem bem cri:
Coragem ‘té me deu nesse momento...

Juntei o Sul com o eu e o azul que deu.
Alento tive em ti, o par de olhos,
Que é vento que nem vi: lembrou-me Abrolhos...

No Norte pouco cri... é assim meu eu.
Fomento que esperei, aconteceu
Momento novo aqui: amar-te aos molhos.

II 

Os olhos lá do Sul
Contemplam cada eu
E eclodem nesse azul
Do Dom que D’us me deu.

No Norte ou no Sul,
Completando meu eu,
Ornando em tom azul...
Coragem ‘té me deu!

Juntei o Sul com o eu.
Alento tive em ti
Que é vento que nem vi!

No Norte pouco cri...
Fomento que esperei:
Momento novo aqui.


III

percebo aqui
exposto ao vento
qual nunca vi
real fomento...

mui penso em ti
me dando alento
e nem bem cri
nesse momento...

e o azul que deu
o par de olhos
lembrou-me Abrolhos...

é assim meu eu:
aconteceu
amar-te aos molhos!

 Ronaldo Rhusso



Zonzo


Gira o mundo em grandes voltas
e eu percebo que estou tonto.
As estrelas são escoltas

e em meus sonhos nelas monto.
Dispo o manto das revoltas
pr'outro engano quase pronto...

Se eu disser que me assustei

foi porque eu acreditei...


Ronaldo Rhusso

Mote da Denise Severgnini







Primavera ao Vento


 Soneto MMCCCXLII

Vislumbro o céu e o Sol em timidez
Corta em cinzel o azul... Raio finito!
As nuvens são assaz muros malditos
Manchas viscosas seivas quase pez...

Mas estas são de ação que tolhe a tez.
Impede-a expor-se à cor de tom bonito.
Pele morena e amena... Eclode um grito:
“Quero sentir luzir quente outra vez”!

Assim minh’alma em trauma se ressente
Se estás ausente e a mente que te pensa
Logo escurece e a prece eu alço tensa:

Oh! D’us eu peço acesso a ela, urgente,
(Que tem a paz que apraz-me, pobre ente!)
Da Primavera ao Vento, a luz intensa!

Ronaldo Rhusso


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Amor e Ardor..




O orvalho, enfim, chegou e a emoção
Abriu a porta que eu deixei trancada
Em outro Outono e vi que era chegada
A hora de dizer “tchau” pra razão...

Amor e ardor sem cor é provação
E eu nunca trilharei por essa estrada,
Embora eu saiba que também enfada
Andar na contramão da tentação.

Ardor em mim tem muito e mais um tanto
Além do verossímil contumaz
E às vezes reconheço: esvai-me a paz...

Agora eu olho o céu e não me espanto.
Outrora em mim havia o desencanto
E hoje eu tenho o Amor que satisfaz!

Ronaldo Rhusso


domingo, 15 de abril de 2012

Sempre!

Qual Salomão, me ponho a te alegrar
com poesia em versos tão reais
quanto do Sol os raios, sem iguais,
vêm derramar em nós luz que é sem par!

Então desdigo muito por lembrar
que teus sorrisos, sempre surreais,
doam pro Sol o brilho que é demais
e a mim, sem fim, consegue iluminar!

Querida, tu não sabes como é bom
sentir que estás por perto nessa hora
em que a dor, teimosa, se demora!

De fato tudo ganha um outro tom
porque tu vens e cobre o céu marrom
com um dourado lindo e o mal vai embora!

Ronaldo Rhusso




Pra que?

Ando sem pressa de respirar...
Devagar é tão mais fácil Te sentir!
Ar que me entra em pulmões necessitados
desse amor que Tu tens e é sem medida...

Ando sem pressa de mastigar...
Tu, o Pão da Vida, vem-me à mente
e eu sei que preciso mais de Ti!

Ando sem pressa de responder...
Tua Palavra tem pra tudo a resposta!

Ando sem pressa para nada...

Ronaldo Rhusso 

Entendeu?

Amor por Ti eu sinto a cada dia!
Beber do Teu saber me faz feliz.
Talvez jamais eu veja quem me diz
“Acorda! Eis mito!” ouvir-Te co·alegria!

Sorrio ainda assim tentando a via
Que vai tirar a cada um do gris
Viver assaz ruim. Melhor que quis
Eu sei farás, pois És maior que eu cria!

O medo, vejo em cada ser humano
Sem forças pra se dar de vez a Ti.
Embora quem o fez feliz eu vi!

Senhor, opera, eu peço, e mata o engano!
Destrói sentir maligno e tão ufano.
Temer não deixa o Amor agir em si...

Ronaldo Rhusso

sexta-feira, 13 de abril de 2012

De boa...

Se eu pedir pra que me erres
far-me-ias tal favor?
Pois suplico que enterres
o que tu chamas de amor.


Ronaldo ~exausto~Rhusso

Trabalho escravo, não! Mas para aprender ganhar o pão...






No profundo d’alma aflita
Uma voz mui suplicante
Num esforço grande grita
Pela mão reconfortante.

Ela clama angustiada
Por socorro, por amparo;
Clama querer ser amada...
Esse sentir, hoje raro.

É a alma de criança
Que, sim, pode trabalhar,
Porém com a confiança
De que não vão explorar.

A criança pela rua
Ou brincando em frente a tela
Fica com a mente nua
E talento não revela.

Trabalhei foi desde os dez
E que bom me foi, garanto!
Tive bola nos meus pés
Prancha, skate e outro tanto.

Curti bem adolescência
E até repetiria,
Pois eu aprendi ciência
Em uma metalurgia.

Também aprendi pintar
Automóveis e o sete!
Nunca deixei de brincar!
Fui o clássico pivete!

Criança fui e estudei
Até mais que gostaria.
Nossa como eu brinquei!
Trabalhei parte do dia!

Sou contra o trabalho escravo
Seja de criança ou não.
Vejo fundo porque cavo
Sem qualquer pré-concepção!


Quando fui ser Marinheiro
Já conhecia o inglês
Aprendido por dinheiro
Guiando gringo burguês.

Em Ilhéus sou conhecido
Como um cara de sucesso,
Mas vi colega bandido
Pois o ócio deu-lhe o ingresso.

Cada um opina fino,
Mas eu sou grato ao trabalho
Que me abraçou menino
E eu, de fato, muito valho!


Passo esse ensinamento
Vindo do povo semita
Que controla o movimento
E as normas hoje dita!

Tem judeu pedindo esmola?
Ou já viu um vagabundo?
Essa raça fez escola
E hoje controla esse mundo!

Presidente da FIRJAN
Da FIESP e poderio.
Rotchild é vil. Afã?
Bildeberg lhe é por brio!

Crianças que trabalharam
Desde a mais tenra idade.
Uns ao mundo controlaram
(reconheço ser maldade).

Mas pregar que vídeo game
É melhor que laborar...
Não está aqui quem teime,
Mas prefiro duvidar!

Ronaldo Rhusso

Retrancado...

Oh! Tu que conduzes meu ser...
Por que sou tão fraco assim?
Por que luto tanto, ó Pai?  
Por que tanto mal há em mim?

O anjo que fui no passado
Está, porventura, enterrado?

Devolve-me as asas, suplico!
Preciso voar dentro em mim
Pra ver por quê tanto complico... 

Defende essa Causa eu Te peço!
Minh·alma está gris, me despeço...

Ronaldo Rhusso

segunda-feira, 9 de abril de 2012





De novo...

Seria outro dia
num certo lugar
pra gente se dar

sem seca, sem guia,
sem hipocrisia...
Não deu pra rolar...

Após desencontro

em sonho te encontro...

Ronaldo Rhusso

Mote da Rose Costa

ATEU? TÁ BOM!


por Ronaldo Rhusso, segunda, 9 de Abril de 2012 às 01:37 ·
Certo "descrente esclarecido e racional" passeava por entre uma floresta e estava absorvido pelo canto dos pássaros, pela brisa suave que fazia balançar levemente os galhos das árvores, com o rio de corredeiras e águas límpidas... De repente ele ouviu um ruído estranho por traz de uma enorme moita e, em seguida, um grande urso pardo saiu de traz da moita e partiu em direção ao "descrente esclarecido e racional". Esse, por sua vez saiu em disparada, mas o urso, mais rápido alcançou-o e já estava para atacá-lo quando o "descrente esclarecido e racional", em desespero, prevendo a morte certa, sem pensar gritou: meu Deus! Cessaram os cantos dos pássaros, o vento parou de soprar, o rio parou de correr, o urso ficou paralisado no ar e uma Voz disse ao "descrente esclarecido e racional": " - Tu achas que após anos negando a minha existência, tripudiando daqueles que divulgavam o Meu Nome, embora muitos deles fossem, de fato hipócritas... Tu achas que eu vou acreditar que, de repente, em teu desespero, tu te tornaste um Cristão?" O "descrente esclarecido e racional respondeu: " - eu seria hipócrita se dissesse que me tornei um Cristão, mas se tu és Deus mesmo então faz com que esse urso se torne um Cristão"! Então, num átimo, o vento voltou a soprar, os pássaros voltaram a gorjear, o rio voltou a correr e o urso ajoelhou-se e disse: "Obrigado, Senhor pelo alimento que acabas de me conceder...!" Na vida existem muitos ursos pardos e podemos encontrá-los em qualquer tempo! Que o seu não venha lhe comer mais tarde!



Sério mesmo!

Quieta, guria! Não vês
Que o itinerário é confuso
E meu versejar é conciso,
Austero e, de fato, difuso?

A tranca atravanca o pensar
E o cio quem não viu vai chiar!

Destrava o pensar, eu lhe peço,
Pois essa Retranca não cabe
Seu ressentimento disperso...

Sou só um poeta cansado
E, de fato, um tanto estressado...

Ronaldo Rhusso 

domingo, 8 de abril de 2012


Desfiz...

... meus caminhos,
os espinhos,
os tais ninhos,

os vis planos,
os enganos,
mas os panos

já subiram

e nem viram...


Ronaldo Rhusso  

Mote da Rose Costa

GOL!




Os pés que se tocam audazes
Passeiam roçando e incutindo
No resto da equipe o enlace
Que seguem e vão – indo e vindo.

Defesas parecem se abrir
Mas o retesar faz unir.

O meio quem sabe? Quem viu?
Fluídos no esforço e no espaço
No tempo perdeu-se, ruiu.

Foi frente a frente que o intento
Enfim se alcançou a contento!

Ronaldo Rhusso






Por amor...

Se eu rimar fome com dança
É de fato um fato e tanto!
Se virar ponta de lança
É mui forte, o choro, é pranto!

Quero o peito, qual criança!
Quero longe o desencanto. 
Se eu percebo que ela avança
Eu prometo ser mais santo.

Vida minha onde tu tás?
Onde aquele teu sorriso?
É somente o que eu preciso;

E o restante tanto faz.
Abre a porta um pouco mais
Que eu, por ti, rimo conciso.

Ronaldo Rhusso

RETRANCA IMPENETRÁVEL!





I
Divago no turno noturno
Na tranca que trava o ruído,
No excesso que é grande e é absurdo,
No trago que nem foi sorvido...

Cativo, deturpo o caminho
Que é turvo e me faz tão sozinho...

Se ouço alguns passos no estrado
É pura saudade o que sinto;
É fardo, é prisão, é embargo...

Vingança que tu comes, fria.
Bocado amargo eu diria...

II
Centelha de luz eu procuro
E tiro do peito outra tira:
A dor que se mostra sem jeito.
É forte. Oh! É vil. Não expira.

Respiro com força e o ar
É denso, é intenso pesar.

Se penso que devo esquecer
A mente relembra o ocaso
Do sol que já não posso ver.

Viver por viver desmorona.
Tu ris, mas sou quem beija a lona.



III
O tento parece impossível.
Defesa é mais forte que ataque!
Coesa em si mesma, se fecha
E a mágoa não há quem aplaque.

Cativo no tempo e no espaço,
Eis, sinto entranhar-me frio aço!

Correr já não posso. É tão tarde!
As forças me faltam... É fato.
O sal lambe os olhos. Ai! Arde.

Perdoa e me tira da cova,
Pois amo-te. Tu tens a prova.

Ronaldo Rhusso












sexta-feira, 6 de abril de 2012







Confissão!


Nem sorvi do que me era proposto

como um raro e eficaz sucedâneo

pr'essa pressa que tenho em viver

cada instante em forma de um poema.

Sei que falam de mim por detrás

e eu me espanto co'a perda de tempo!

Não permuto meu jeito de ser,

pois que vibro com meu maior vício:

esse amar sem medir consequência

um Ser grande e capaz de só tudo!



Ronaldo Rhusso
http://descansodasletras.forumeiros.com/t10p150-versos-livres-ou-versos-brancos#1254






Palavras pontes...

Essa distância é coisa de somenos, Prenda minha!
Não há saudade, perda, vazio ou hiato,
pois que estás dentro de mim!

Essa distância é coisa de somenos, Prenda minha!
Não há maldade, desterro, fuga, procura vã,
pois que estás dentro de mim!


Essa distância te assusta, desperta para a falta que me fazem asas fortes...
Mas estou aqui.
Estou aqui.
Aqui...


Borrifo no ar que é gélido
o sopro do amor que te sinto
e o canto que ora ouves desnuda o silêncio da aurora.

Ó aguardada em sonhos, não me sentes?
Não te renova a esperança esse meu gritar pro céu?

Guarida procuro em tu'alma e me espremo até sentir-me um nada
para esse mundo medonho,
para sentir-me firme só para ti.

Para ti.

Para
Ti...