Componho uma outra Ode ao Soberano
porque me descomplica a vida, a saga,
e toda a desventura em mim apaga
arando a minha terra com Seu plano.
Eu sei que há algo bom no desengano,
pois vejo que sorrir demais estraga
o percorrer da luz da Mão que afaga,
embora alguns me vejam qual insano...
Senhor, Tu que pendeste num madeiro,
não deixes que me estribe no meu “eu”
e seja como um velho epicureu.
Todo o filosofar é passageiro
e Tu que a nós Te deste por inteiro
estendes Tua mão mesmo ao ateu...
Ronaldo Rhusso
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