terça-feira, 31 de janeiro de 2012





Esta nossa virtualidade parece tão real...

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Quase toco na bochecha linda e rubra do website
encodado qual Twitter pai de um link esbaforido
acessado volta e meia pelo hacker de mim mesmo!

Se navego ao Ceará dependuro-me em belo kite!
Tento entrar no Orkut dela, mas me sinto impedido...
Controlprinto a sua imagem e vejo que sorris a esmo.

Hei de ser o Webmaster que modera esse teu jeito!
Mas sorris na webcam e, puto, eu sei: pr'outro sujeito!
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Ronaldo Rhusso 

domingo, 29 de janeiro de 2012





Assassinos!

O cãozinho protegemos,
pois é nosso amiguinho!
Os chineses não dispensam;
eis que é um bom guisado!

Vamos matar coelhinhos,
cabritinhos e bezerros!

Vamos rir da dor do porco;
vamos festejar matança!
Amanhã vai ter churrasco!
Eba! Quem vai de linguiça?

Imagina se viessem
de um planeta poderoso
e pusessem armadilhas
pra pegar humano bom...

Se fizessem um sopão
das cabeças dos onívoros
eu riria sem parar,
pois já fazem co'as galinhas!

Plebes sujas e assassinas
ficam todas revoltadas
quando alguém mata um bandido,
mas me digam qual o crime
que os bichinhos cometeram
pra virar fezes no reto
dessa raça podre e pobre?

Ronaldo Rhusso

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A ti, jovem!







I

A juventude tem pele macia.
É algodão com cheiro de infinito!
Temperamento forte e tão bonito
Que faz jorrar torrentes de alegria!

A juventude é louca e arredia;
Sabe fazer conforme está escrito...
Aqui e ali se ouve dela o grito.
De fato ela se esbalda em Poesia...

A juventude goza diferente,
Pois testa o seu limite em descoberta;
Transforma a forma incerta em forma certa...

A juventude vê como um presente
O permitir-se ser inconsequente.
Sem juventude a Terra é tão deserta...










II


Ser jovem é beijar o Universo
Qual quem tem todo o tempo a seu favor
E põe no beijo o hálito do ardor
E em plenitude sente-se imerso!

Dos dons eu creio ser o mais diverso
A arte de aprender com uma flor
Que impregna o ambiente com olor
Fazendo o ar ruim sair, disperso.

De fato o fato é simples para o jovem
Que tem caminho longo a percorrer
Mas tem enorme pressa de viver!

Embora os dados nunca se renovem
E nem haja pesquisas que comprovem
O jovem tenta ser bem mais que ter.









III


Para você que está aí se achando
Melhor “se ter certeza”! Eis o futuro
Às portas e não pense que sou duro
Ao avisar que o mundo está girando.

É redundante, eu sei, mas ta sacando?
A vida é osso! Então desça do muro
Não vá aos próprios sonhos deixar furo
Como quem, para a vida, está cagando!

Você não é o país do amanhã!
A sua parte faça, e bem, agora
Porque tem um leão feroz lá fora!

Se a sua existência vai ser vã,
Então a sua mente não é sã
E isso é tão comum e “está por fora”!










IV

O que você vai ser quando crescer?
Um astronauta sem sair do chão,
Curtindo a tal “viagem” pro caixão
Ou sabe que caminho percorrer?

Que tal pensar em quanto receber
Ao escolher aquela profissão
Que exercerá com força, com paixão
Enquanto realiza com prazer?

Eu tenho um bom amigo, ele é gari.
Agora ele já não varre mais rua,
Mas seu amor à lida continua.

Ele me disse: “ – Rhusso, eu escolhi
Porque alguém precisa estar aqui
Cuidando do planeta enquanto sua.”









V

Os governos do mundo estão unidos
E querem controlar a sua mente.
Não gostam de quem pensa realmente...
No retrocesso estão, sim, imbuídos!

Mas esses marginais serão detidos
Se você decidir olhar pra frente
E não ser só mais um indiferente
Aos crimes em que eles tão metidos.

É crime encolher todo o programa
Do que você vai ter durante o ano.
Emburrecer o jovem, eis o Plano!

Se não souber votar apóia a trama
De toda essa corja e logo o drama
Vai mostrar pra você: o “nulo” é insano!










VI

Esse país é seu; pagamos caro
Por essa liberdade animosa;
E se você não vive em mar de rosas
Ao menos pode ir e vir. Fui claro?

Ainda há lugares onde é raro
A expressão (tarefa perigosa)
Com liberdade séria ou jocosa
Sem ser um alvo fácil de um disparo!

Mas se você parar de vigiar
Cada direito seu será cortado
E até seu peido vai ser censurado!

É bom ao Quinto Artigo decorar
Da Constituição e atentar:
Gritar se ele for desrespeitado!











VII

Ser responsável não é ser careta!
Careta é se espelhar na maioria
Que sempre entra numa grande fria
Por se envolver em uma ou outra treta.

O mal tem sempre mais de uma faceta
E poderá roubar-lhe a luz do dia;
Você verá quadrada a alegria
Da Luz do sol entrando pela greta!

Cadeia é lugar para esperto!
Pra gente que jamais ouve conselho
E considera adulto, qual pentelho!

Será você alguém que, “sempre certo”,
Prefere percorrer pelo deserto
A ter a experiência por espelho?









VIII


A vida é dura para quem é mole,
Diz um provérbio muito popular.
Quem não tiver pra si como vai dar
Sabendo que até sapo se engole?

Talvez alguém a si mesmo console
Acreditando que vai aprontar
E tudo estará bem, irá passar,
Na mesma rapidez de um simples gole.

Contudo consequências sempre ficam.
Pois o que nós plantamos, com certeza,
Será colhido, diz a natureza!

De fato quando as coisas se complicam
Devemos ser maduros; eis que indicam:
É vencedor quem age com destreza!









IX


Você não sabe o Hino Nacional?
Tá certo! Você é um descolado!
Não curte caretices do passado;
É de uma geração especial!

Os professores seus... Então? Que tal?
Cada um deles deve ser tratado
Como se fosse só um contratado
Para lhe perseguir até o final?

Você pode escolher seu professor
Se decidir cobrar e perguntar
E não correr após sinal tocar.

O tempo na escola é um horror
Apenas para quem arrisca expor
O seu futuro e vê-lo afundar...









X

Que sejam jovens hoje e eternamente
Aqueles que conhecem pouco o mundo
E lançam-se no raso e no profundo
Com essa alegria tão latente!

Não é melhor, pior... Só diferente,
Quem vê a luz brilhante lá no fundo
Do túnel do viver (do qual me inundo),
E torna o pensamento, transparente...

Pra que correr se o tempo é mais ligeiro?
Viver a mil por hora só machuca!
O sábio é aquele que se educa.

Quem pensa em ser melhor ou o primeiro
Sem calcular o risco por inteiro
Acabará sentindo a dor na nuca...


Ronaldo Rhusso




Canarinho amarelinho...

Ouço o choro da moça das letras
assaz enclausurado no peito!
Eis que, atenta, ela se vê desnuda
em bons versos que falam mui alto...



Há regatos saindo outra vez
escorrendo de dentro de um Raio;
alvejando um coração sofrido
e tão cheio de terna beleza!
Sei que é bela, é canário que canta
em clausura escolhida outro dia!
Em seu voo recluso antevejo
um futuro feliz ao extremo!



Onde vais, canarinho da terra?
Hás de aqui inda dar o ar da graça!


Eu te vi a cuidar dessas asas
e eu sei que tua alma é perfeita!
Se teu canto é como o de quem sofre
eu entendo que é mal necessário
e agito a bandeira que um anjo
e irmão de batalhas me deu!


Vem sorrir outra vez, canarinho!
Esse ninho é mui besta sem ti...

Ronaldo Rhusso






Depressão Do nauta

Se a terra era distante e desejada,
Montada foi a armada a buscar ela.
Querela causticante essa empreitada!
Jornada assoberbada em caravela...

Se a tela comportasse a desventura
Que é pura luta e enfado na História
E a glória eu desenhasse da aventura -
Loucura que é bom grado na memória -

Simplória não seria tal pintura!
E jura minha alma em euforia
Que
o dia em que eu sorvia o dissabor

Co'ardor e já com calma que perdura
E apura da harmonia a alegria,
Eu via: o forte trauma dói sem dor...

Ronaldo Rhusso

terça-feira, 3 de janeiro de 2012




Glória ao Santo!

Oh! D’us, o teu cuidado é tão intenso!
Se choro nesse instante é de alegria
E emoção por tua companhia...
És tão maior do que às vezes penso...

O meu amor por ti não é imenso
Porque nenhum verbete caberia
Pra definir com toda a maestria
O tanto que o que sinto é tão extenso!

Menor que anjos Tu fizeste a mim,
Mas eu posso voar sob as Tuas asas
Que me protegem tanto, ó D’us, arrasas!

Esse Soneto não teria fim
Se eu pudesse captar o quanto, enfim,
Antes de eu nascer Tu já me amavas...

Ronaldo Rhusso

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012



Mas não quiseste...

Gostaria que o verso olvidasse o espaço
e dissesse pro tempo: és criança e tens birra!
Gostaria que imerso em fervor do que acirra
todo mal, contratempo, eu deixasse o cansaço.

Mas eu ando disperso e me pego em escasso
dissolver passatempo e sentir-te qual mirra
revivendo reverso olor teu que me espirra
ao passado onde o tempo era o estardalhaço...

Prenda, entenda ou desista: eu sou sem nem ter sido
e de fato, eis o fato embebido em loucura
e sorvido de vista em chorar pela cura...

Se tivesses sentido o que tenho expelido
ao redor do que dista esse amor que hei sofrido
haverias querido o ouvir-me às escuras...

Ronaldo Rhusso