Mas não quiseste...
Gostaria que o verso olvidasse o espaço
e dissesse pro tempo: és criança e tens birra!
Gostaria que imerso em fervor do que acirra
todo mal, contratempo, eu deixasse o cansaço.
Mas eu ando disperso e me pego em escasso
dissolver passatempo e sentir-te qual mirra
revivendo reverso olor teu que me espirra
ao passado onde o tempo era o estardalhaço...
Prenda, entenda ou desista: eu sou sem nem ter sido
e de fato, eis o fato embebido em loucura
e sorvido de vista em chorar pela cura...
Se tivesses sentido o que tenho expelido
ao redor do que dista esse amor que hei sofrido
haverias querido o ouvir-me às escuras...
Ronaldo Rhusso
3 comentários:
Belíssima poesia, parabéns amigo.
*Longos abraços de sol para ti...
Um carinho
K*
Sua poesia é terna, lírica e com uma profundidade poética encantadora.
Parabéns poeta, abraços fraternos.
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