terça-feira, 28 de junho de 2011

Esperança!

Deserto coração, o que te aflige?
Decerto uma razão para viver...
Incerto é teu lidar, qual quem dirige
Desperto, mas sem ar para sorver.

Aberto, dás vazão conforme exige,
Por certo, a multidão a te espremer...
Coberto pelo mar que te corrige
Por perto e sem cessar num vão sofrer.

Alerto: A Solução é eficaz!
Acerto entre a visão que me revela:
Aberto será o mar, qual no passado.

Por certo hás de provar excelsa Paz
Coberto e em Redenção que Se desvela
Por perto a te abraçar, abençoado!


Ronaldo Rhusso


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Palavras pontes...

Essa distância é coisa de somenos, Prenda minha!
Não há saudade, perda, vazio ou hiato,
pois que estás dentro de mim!

Essa distância é coisa de somenos, Prenda minha!
Não há maldade, desterro, fuga, procura vã,
pois que estás dentro de mim!


Essa distância te assusta, desperta para a falta que me fazem asas fortes...
Mas estou aqui.
Estou aqui.
Aqui...


Borrifo no ar que é gélido
o sopro do amor que te sinto
e o canto que ora ouves desnuda o silêncio da aurora.

Ò aguardada em sonhos, não me sentes?
Não te renova a esperança esse meu gritar pro céu?

Guarida procuro em tu'alma e me espremo até sentir-me um nada
para esse mundo medonho,
para sentir-me firme só para ti.
Para ti.
Para
Ti...


Ronaldo Rhusso



domingo, 26 de junho de 2011

Delirante!

Rodopio no verso encantando a mim mesmo!
Olha o poço, que lindo! Haverá outro igual?
É de lá que eu retiro o versejar letal!
Desde que lá bebi não mais componho a esmo...

Esse poço tem nome. É Solzinho, viu gente?
Há quem ponha outro nome; eu aceito o melhor!
Filho da inspiração sempre sabe de cor
Quando flerto, co’ardor, com sentir não plangente...

Se eu sonhar com cinzento amanhã pra nós dois
Ela, o poço, me acolhe e me põe em regaço
Onde aquento meu cuore atrevido e feliz.

Aprendi co’esse poço a deixar pra depois
O lembrar do ruim que dá mão ao fracasso
E sorver sem medida esse amor que me quis.

Ronaldo Rhusso


´

quarta-feira, 22 de junho de 2011

HOMENAGEM À ISABEL NOCETTI

Eu entendo que sou ausente,
vivo num mundo que parece uma redoma,
meus projetos são tão importantes para mim
que chega a parecerem egoístas, embora eu
viva apenas para o meu próximo e pouquíssimo
tempo eu dedique a mim mesmo e, provavelmente
à pessoas que mereçam mais a minha atenção...

Mas, acordado desde as 4 horas da manhã,
já estudei a Lição da Escola Sabatina,
já li a Meditação do dia para adultos e a
Meditação para juvenis;
li uma boa porção da Bíblia,
agradeci a Deus porque a Palestra que dei ontem no
Auditório da Escola Municipal Pequena Calixto, de Paraty,
para três turmas do 9o ano
foi um sucesso, não apenas para o senso
Do dever cumprido, mas para a auto estima
daquelas maravilhosas almas,
pedi a Deus que abençoe e tenha misericórdia
da única raça que existe nesse Planeta, ou seja, A RAÇA HUMANA...

Agora são 07 horas da manhã e,
após conferir as dezenas de e-mails,
comentar textos, pagar contas on line...,
li esse e-mail que me enviaste cujo título é
"Who i am makes the difference"
(eu até já o havia recebido e lido anos antes)
e fiquei pensando em quanto és importante para mim!

Bom...
Sou Missionário Adventista do Sétrimo Dia,
um escritor e poeta polêmico, a ponto de ter sido expulso do Recanto das Letras,
um visionário e um amante da vida!

Com uma personalidade assim seria impossível
não reconhecer o valor verdadeiro do ser humano
e digo que tens um valor sobremodo excelente!

Não tenho uma fita azul para te presentear, mas
presenteio a ti com minhas orações intercessórias,
meu reconhecimento pelo teu carinho e cuidado
e especialmente pela grande alma que tu és
e que deixas transparecer nas palavras que juntas em forma de poesia!

Gosto de ti para lá de depois de muito, Isabel Nocetti!

Ronaldo Rhusso





sexta-feira, 17 de junho de 2011

Aqui...

Aqui pensando no Mestre Puro e Santo;
Aqui morrendo pro eu, não sem sofrer...
Aqui dizendo a mim mesmo: “- Pra que pranto”?
Aqui sentindo esse frio a me envolver...

Aqui pensando em cobrir-me com Seu manto;
Aqui morrendo feliz pro mau viver...
Aqui dizendo pra D’us um belo canto!
Aqui sentindo que a dor não vai vencer...


Aqui bebendo da Fonte d’água viva!
Aqui amando o leitor, testemunhando...
Aqui sorrindo de novo, enfim, louvando!

Aqui bebendo a Palavra, Santa diva!
Aqui amando a incréu, ó raça altiva!
Aqui sorrindo e pensando: “- Estou mudando”...


Ronaldo Rhusso


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Divagamorfinações


Meu poema: minha cara;
Minha tara: pelos versos;
Meu trabalho: a Missão;
A paixão: eu jogo fora;
E agora? Outro sonho!


Onde moro? Shangrilá!
Meu veneno: minha dor.
Uma musa? Todas mortas!
Cara feia? Muita fome.


Sou doente? Sim morrendo.
O meu medo: morrer triste.
O meu pássaro: azul.


Quando choro? Quando oro.
Meu sorriso: um enigma;

Os meus versos: pra vocês.


Ronaldo Rhusso


sexta-feira, 10 de junho de 2011

INCLUSÃO SOCIAL?

Recentemente li um artigo acerca de “inclusão social”. A autora dizia que a teoria era muito interessante, mas as pessoas vivem excluindo gente carente de afeto e de outras carências tão comuns no dia a dia.
Li e reli o artigo e cheguei à conclusão de que a autora equivocou-se quando afirmou que essa tal “inclusão afetiva” está inserida no que chamamos de “inclusão social”.

Vejamos:

Incluir pessoas na sociedade, propiciando-lhes oportunidades para desenvolverem-se e terem a oportunidade de galgarem os sonhos ou anelos mais comuns, está intimamente ligado a abrir portas no tocante à Educação de qualidade, Saúde, emprego, lazer...

No entanto, incluir pessoas em nossas vidas significa conceder intimidade e tudo o que acompanha isso.

Como Missionário preciso usar um pouco das técnicas dos psicólogos, dos psiquiatras e de outros profissionais que estudam a mente humana. Também sou proselitista e tenho realmente essa intenção, embora eu seja criticado por isso, mas eu sou isso mesmo, um missionário!

Nessa minha saga acabo dando espaço para que algumas pessoas desfrutem da minha intimidade e isso muitas vezes me causa problemas enormes.

Incluir socialmente nada tem a ver com incluir as pessoas em nossas vidas.

Isso pode ser um perigo terrível e trazer problemas gravíssimos!

A autora mencionou que as pessoas se trancam em si mesmas, se envolvem apenas com aqueles que elas elegem como ideais para o convívio... Ora! E onde está o erro nisso?

Irmãos, pais, família... A gente não escolhe, mas amigos, colegas de trabalho (sim! Colegas de trabalho. Eu jamais trabalharia com pessoas com quem não tenho afinidade e afinidade não é amor, mas características, pensamentos, anseios em comum). Eu escolho até a minha vizinhança! Como Missionário costumo frequentar lugares difíceis de ir ou de permanecer por um tempo longo, mas o conforto é a certeza de que existe a possibilidade de retornar para o meu humilde e aconchegante lar! Estou errado? Amo a minha cama! Posso ficar sem ela, se for necessário, mas se eu puder mantê-la... Ah! Eu a manterei!

Reparem naqueles meninos que ficam nos sinais (semáforos ou faróis)! Quantos daqueles meninos realmente necessitam estar ali? Quantos daqueles têm casa e família, mas preferem estar ali? Outro dia eu vi um programa de televisão chamado “A LIGA”. Os repórteres se infiltraram entre alguns desses meninos e meninas e, de fato, algumas histórias tristes foram descobertas, mas, por mais intrigante que seja, a maioria estava ali porque queria. Uma ONG e uma Fundação governamental insistem diuturnamente com eles para irem para um Abrigo, contudo eles costumam ir, passar algum tempo, comer, beber... Depois fogem, pois, segundo eles, a vida nas ruas, em meio às drogas e sexo é mais interessante! O Rafinha Bastos e outra repórter cujo nome não me recordo acompanharam os golpes que eles, os coitados excluídos, dão nas pessoas e até acharam engraçado como eles são “espertos”!

Leva um desses espertos para casa! Existe uma grande possibilidade de que ele venha a gostar da sua casa, de sua família... Eles só não gostam das famílias deles!

Incluir socialmente é dar a chance de alguém provar que também quer ser feliz!
Mas um envolvimento maior é um risco que pode e deve ser corrido por quem tem força e coragem, mas risco é sempre risco!

Ainda tem o problema do “ser feliz”, pois existe algo mais subjetivo do que felicidade? Eu não me atreveria a definir felicidade de uma forma que generaliza esse estado de espírito (estão lendo? Sem querer já chamei a felicidade de estado de espírito!).

Realmente devemos ser humanos, em verdade e de fato, e lutar para que todos tenham os mesmos direitos, mas a forma como a autora colocou no artigo dela, a mim, pareceu um texto fruto de um momento de depressão e solidão dessas que a gente sente mesmo rodeado de pessoas...

A vida é feita de escolhas e a maioria delas pode trazer consequências negativas e terríveis no futuro! Mesmo uma criança que prefere ficar pedindo dinheiro num sinal, tomando banho de chafariz, usando drogas, haverá de colher os frutos disso mais tarde da mesma forma que também colherão as pessoas que decidem amar quem não as ama e, pior, decidem querer mais bem a essas pessoas do que a si mesmas... Mas tudo acaba!
Até aquela pessoa que você diz amar tanto, mais do que a você mesmo, pode cansar desse seu “amor” e aí você vai ficar sozinho em meio à multidão e talvez aprenderá a grande lição ensinada há milênios:

AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO!

Nem mais, nem menos. COMO A TI MESMO!

Então não invista no seu filho como se ele fosse uma caderneta de poupança ou como se ele fosse a alternativa de realizar na vida dele os desejos que você não realizou na sua.

COMO A TI MESMO E SEM RESTRIÇÕES OU ESPERAR ALGO EM TROCA!

Não vá tirar do sinal quem não quer sair do sinal! É fria!

Feliz Sábado!


Ronaldo Rhusso