domingo, 22 de julho de 2012

Naufrágio Universal

A plebe rude ruge e eu nem entendo
O que o rugir rumina... Oh! Credo! É resto.
Por isso dizem tanto que eu não presto
E nem é isso, agora, o que eu pretendo!

Essa alegria insana que vem tendo
A troco de um bocado, e, esse, indigesto
Faz dessa plebe rude um ledo arresto
Que os podres no poder seguem mantendo.

Votar não é brincar de digitar
Até que veja a cara do sujeito
Que vai ferrar você com muito jeito!

Eu outra vez vou ter que anular
Porque discordo de quem vai tentar
Ludibriar, roubar... E com trejeito!

Ronaldo Rhusso

http://descansodasletras.forumeiros.com/t43p105-sonetos-decassilabos#1594
 
 

sábado, 21 de julho de 2012

Falei...


Quase tudo, eu sei, já foi dito!
Quase nada mexe comigo...
Tudo ou nada é muito pra mim.
Nesse instante eu quero um abrigo.

Sei fazer chover nessas faces
Que desejam bons desenlaces,

Mas esse prazer eu não dou
Por não ter, de fato, o que dar
Ou porque nem sei mais quem sou.

Torno-me demais retrancado
E esse texto é outro recado...

Ronaldo Rhusso


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Angel Sempre Angel


O sorriso na face, quase um Sol,
Não esconde o semblante preocupado
Com o que passa ao redor, no arrebol,
E percebe que há algo a ser mudado...

A leitura que faço é frágil rol,
Mas eu sei que ela age, e com cuidado,
Não importa se é plebe ou se é escol;
E sem asas visíveis tem se dado.

É Angel sempre Angel, que ternura!
Num mundo onde ninguém será perfeito,
Eis que volta o olhar ao que é Direito.

Até sei o que ela, enfim, procura:
“O sentir sem medidas, que perdura,
E que seja mui pleno em seu efeito”!

Ronaldo Rhusso




domingo, 15 de julho de 2012

Que estranho!


Abri meu coração pra Poesia
uma outra vez e vi que acertei.
Eis que ela me transporta à fantasia
algures escondida... Achei. Gostei!

Aqui estou fruindo a maresia
e o vento frio que sempre suportei...
Oh! Sinto que ele, agora anestesia
a mente... Enfim, por isso me afastei.

Havia em mim paixão em cada verso
e cada rima rica ou pobre, amava.
A meu leitor confesso que eu mimava.

Agora um sentimento tão diverso
a corroer meu ser, ao meu inverso,
afasta-me de quem me aproximava...

Ronaldo Rhusso