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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Mané Garrincha - Retranca



Joões era como, supostamente, o craque chamava os vencidos zagueiros...

O poema é uma Retranca! Estilo batizado pelo poeta José Alberto da Cunha Melo não só em virtude dos onze versos estarem dispostos em armação tática de defesa futebolista, mas também porque retranca, nos tempos da linotipo, era a marcação de chumbo das páginas do jornal em seus tempos de Jornal do Commercio no Recife. A forma fixa tem versos octossílabos, uma quadra com rima ou assonância nos versos 2 e 4; um dístico com rima ou assonâncias emparelhadas; um terceto rimado ou assonantado nos versos 1 e 3 e, por fim, um dístico com rima consonantal.


O excelente jogador de futebol Mané Garrincha (o anjo das pernas tortas – garrincha é o nome de uma ave pernalta e que parece desequilibrada) faleceu no dia 20 de janeiro de 1983...

sábado, 27 de setembro de 2014

Sério mesmo!

Quieta, guria! Não vês
Que o itinerário é confuso
E meu versejar é conciso,
Austero e, de fato, difuso?

A tranca atravanca o pensar
E o cio quem não viu vai chiar!

Destrava o pensar, eu lhe peço,
Pois essa Retranca não cabe
Seu ressentimento disperso...

Sou só um poeta cansado
E, de fato, um tanto estressado...

Ronaldo Rhusso

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

E amo!



Eis que, novamente, eu me vejo
em tua retranca gostosa!
As tíbias enlaçam-me, céus!
Sou teu retrancado e hei-me prosa!


Teus olhos grudados em mim...
É céu demais! Não tem fim.


Não cansas! Que bom! É mister.
O tempo e o espaço inexistem
em teu retrancar de mulher...

Desejo-te mais um bocado
e hei-me feliz, retrancado...

Ronaldo Rhusso

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Retranca...

 (Modalidade poética criada pelo jornalista e poeta  Alberto da Cunha Melo).


Teu gosto é sentido e eu gosto
do vórtice em ti, meu dilema...
Eu tremo ao ouvir teu gemido
que, belo, é igual a um poema!

Transcendes e a tez arrepia
domando minh’alma arredia!

Sou só garanhão já domado
testado e aprovado em campo
sentindo o meu eu felizardo...

Afeito em retranca aprazível,
estouro em prazer indizível...

Ronaldo Rhusso

sábado, 5 de janeiro de 2013

Ainda retrancada...


Tentando vencer a batalha
O muro que encontro é gigante
Enquanto sou só um menino
Deveras pequeno, um infante...

Por que tu me fazes sofrer
Se és minha vida a valer?

Talvez te transmutes já tarde
E não seja a tempo de ver
Secar o que escorre-me e me arde...

Vai ver é só sonho essa vida
Que tranca depois que convida...

Ronaldo Rhusso



 

sábado, 21 de julho de 2012

Falei...


Quase tudo, eu sei, já foi dito!
Quase nada mexe comigo...
Tudo ou nada é muito pra mim.
Nesse instante eu quero um abrigo.

Sei fazer chover nessas faces
Que desejam bons desenlaces,

Mas esse prazer eu não dou
Por não ter, de fato, o que dar
Ou porque nem sei mais quem sou.

Torno-me demais retrancado
E esse texto é outro recado...

Ronaldo Rhusso


domingo, 8 de abril de 2012

RETRANCA IMPENETRÁVEL!





I
Divago no turno noturno
Na tranca que trava o ruído,
No excesso que é grande e é absurdo,
No trago que nem foi sorvido...

Cativo, deturpo o caminho
Que é turvo e me faz tão sozinho...

Se ouço alguns passos no estrado
É pura saudade o que sinto;
É fardo, é prisão, é embargo...

Vingança que tu comes, fria.
Bocado amargo eu diria...

II
Centelha de luz eu procuro
E tiro do peito outra tira:
A dor que se mostra sem jeito.
É forte. Oh! É vil. Não expira.

Respiro com força e o ar
É denso, é intenso pesar.

Se penso que devo esquecer
A mente relembra o ocaso
Do sol que já não posso ver.

Viver por viver desmorona.
Tu ris, mas sou quem beija a lona.



III
O tento parece impossível.
Defesa é mais forte que ataque!
Coesa em si mesma, se fecha
E a mágoa não há quem aplaque.

Cativo no tempo e no espaço,
Eis, sinto entranhar-me frio aço!

Correr já não posso. É tão tarde!
As forças me faltam... É fato.
O sal lambe os olhos. Ai! Arde.

Perdoa e me tira da cova,
Pois amo-te. Tu tens a prova.

Ronaldo Rhusso