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terça-feira, 2 de abril de 2013

Amo-te!





Manhã que me entende
e me estende o perfume
da vida sem qualquer
queixume ou motivo
que leve ao soar dissonante...

Manhã que me despe do frio,
do mero desejo e o do pejo
por causa de nada...

Manhã tão igual a passadas
e mesmo que eu nunca quisesse
a veria qual nova e qual dádiva certa!

Enquanto ela esvai-se tranquila
o meu eu que cavila, incorreto,
oscila em pensar no amor
que me pôs a catena precisa
e que folgo em usar,
pois que tu, ó senhora,
és um monte do tudo
que cobre essa Saga
em que vivo com a proteção
de uma santa e silente mulher...

Ronaldo Rhusso


 

sábado, 18 de agosto de 2012

Contente...


É nuclear meu amor. Talvez exploda!
É singular o que eu sinto: eu sou de D’us!
Eu sou, também, dela, sempre meu abrigo,
E não preciso querer mais. Tenho muito!
Quando o meu céu tem no gris a sua capa
Olho pra dentro de mim e, então, sorrio:
“Quem quereria melhor que agora é fato”?

Ronaldo Rhusso


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Como sempre...


O tempo passa e eu passo a passarela
Em tom de tango e tanto temporal
Que encharca e acharca a alma chã, mortal
Embora agora a hora explore a bela.

Não quero o mero esmero nessa cela!
Aqui eu quis o quase surreal
Enquanto o canto em gozo sem igual
Alude ao sal que sai-nos sem cautela!

Querida a brisa ao rosto e a brida solta
Alerta que está aberta a temporada
Pra cura ou pra loucura desvairada!

É fato que o regato com que rego
A flor de olor mais nobre e sabor santo
Irriga o nosso amor, o ardor e o encanto.

Ronaldo Rhusso

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem medo...




Não vi, mas cri e é fé e eu sei: tu tens.
Sorvi, gozei, gostei, achei demais!
Senti, doeu, chorei... Que mal! Não vens?
Parou, que bom! O medo é tão fugaz!

A noite sempre vem e aqui me tens
Num frágil dar de mim, talvez demais...
Cadê os anos bons se nem tu vens?
Amor não é assim assaz fugaz...

Quando é que tu vais saber te entregar
Sem ter pudor, sem que a dor possa vir?
Quando é que eu passarei a existir?

Quando é que tu vais te dar sem cobrar
Algo de mim que eu nem posso te dar?
Vem ser feliz, vem ter paz, vem dormir...

Ronaldo Rhusso


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Amor e Ardor..




O orvalho, enfim, chegou e a emoção
Abriu a porta que eu deixei trancada
Em outro Outono e vi que era chegada
A hora de dizer “tchau” pra razão...

Amor e ardor sem cor é provação
E eu nunca trilharei por essa estrada,
Embora eu saiba que também enfada
Andar na contramão da tentação.

Ardor em mim tem muito e mais um tanto
Além do verossímil contumaz
E às vezes reconheço: esvai-me a paz...

Agora eu olho o céu e não me espanto.
Outrora em mim havia o desencanto
E hoje eu tenho o Amor que satisfaz!

Ronaldo Rhusso


domingo, 15 de abril de 2012

Sempre!

Qual Salomão, me ponho a te alegrar
com poesia em versos tão reais
quanto do Sol os raios, sem iguais,
vêm derramar em nós luz que é sem par!

Então desdigo muito por lembrar
que teus sorrisos, sempre surreais,
doam pro Sol o brilho que é demais
e a mim, sem fim, consegue iluminar!

Querida, tu não sabes como é bom
sentir que estás por perto nessa hora
em que a dor, teimosa, se demora!

De fato tudo ganha um outro tom
porque tu vens e cobre o céu marrom
com um dourado lindo e o mal vai embora!

Ronaldo Rhusso


domingo, 8 de abril de 2012

RETRANCA IMPENETRÁVEL!





I
Divago no turno noturno
Na tranca que trava o ruído,
No excesso que é grande e é absurdo,
No trago que nem foi sorvido...

Cativo, deturpo o caminho
Que é turvo e me faz tão sozinho...

Se ouço alguns passos no estrado
É pura saudade o que sinto;
É fardo, é prisão, é embargo...

Vingança que tu comes, fria.
Bocado amargo eu diria...

II
Centelha de luz eu procuro
E tiro do peito outra tira:
A dor que se mostra sem jeito.
É forte. Oh! É vil. Não expira.

Respiro com força e o ar
É denso, é intenso pesar.

Se penso que devo esquecer
A mente relembra o ocaso
Do sol que já não posso ver.

Viver por viver desmorona.
Tu ris, mas sou quem beija a lona.



III
O tento parece impossível.
Defesa é mais forte que ataque!
Coesa em si mesma, se fecha
E a mágoa não há quem aplaque.

Cativo no tempo e no espaço,
Eis, sinto entranhar-me frio aço!

Correr já não posso. É tão tarde!
As forças me faltam... É fato.
O sal lambe os olhos. Ai! Arde.

Perdoa e me tira da cova,
Pois amo-te. Tu tens a prova.

Ronaldo Rhusso












sexta-feira, 6 de abril de 2012







Palavras pontes...

Essa distância é coisa de somenos, Prenda minha!
Não há saudade, perda, vazio ou hiato,
pois que estás dentro de mim!

Essa distância é coisa de somenos, Prenda minha!
Não há maldade, desterro, fuga, procura vã,
pois que estás dentro de mim!


Essa distância te assusta, desperta para a falta que me fazem asas fortes...
Mas estou aqui.
Estou aqui.
Aqui...


Borrifo no ar que é gélido
o sopro do amor que te sinto
e o canto que ora ouves desnuda o silêncio da aurora.

Ó aguardada em sonhos, não me sentes?
Não te renova a esperança esse meu gritar pro céu?

Guarida procuro em tu'alma e me espremo até sentir-me um nada
para esse mundo medonho,
para sentir-me firme só para ti.

Para ti.

Para
Ti...






Mais nada...


Hoje só vou dizer que, oprimido pelo cansaço,


desato os nós das derradeiras dúvidas


e aducho meu ser para guardar as amarras


e ficar a contrabordo de ti.

Hoje só vou dizer que te amo


e tua nau valorosa


escolta o meu porte


e me traz a paz necessária,


anelada...

Hoje só vou repetir:

Eu te amo!

Ronaldo Rhusso

quinta-feira, 29 de março de 2012

SÓ NÃO MORRERÁ O AMOR!


Vera noite vi em sonho
Turbilhões com suas vagas;
Quase alcançavam o céu!
As palavras me vieram tão latentes na visão!
Ouve um choque de egos toscos
Provocando mil fagulhas
E a chama que nasceu lambeu totalmente o ódio!
Vi queimar indacas podres;
Vi tostar diversos corpos;
Almas sujas de quem era o horizonte desse mal!
Quando o fogo apagou o que restou nem era cinza.
Era o vasto e temerário arremedo do meu ser.
Ah! Morte...
Se eu pudesse enganá-la, talvez me matasse o “eu”...
Talvez me purificasse dos desmandos que eu provei.
Ah! Morte...
Não espere aí parada. Nosso encontro se perdeu.
Se marcarem novo embate cubra a face e cumpra a Lei.
Chamem anjos, homens raios!
Chamem férteis Madalenas!
Clamem aos plenos pulmões que o inferno já perdeu!
Beba a largos sorvos gélidos dessa Fonte que é tão Deus!
Quer provar do infinito? Encha a boca de ardor!
Se quiser ver o segredo, saiba, só não morre o amor!
Vi tão forte e limpo aço e um reflexo a me olhar:
“Não sabia que existia”!
Disse o espelho a mim mesmo.
Meu reflexo era opaco e meu ser um verbo anômalo.
Despertei dessa visão como quem engana a morte.
“Não sabia que existia”!
Ecoou mais uma vez.
Eis que a face do Cordeiro se me veio à lembrança!
Eu chorei desconsolado.
“Ora vem”! Gritei co’a alma!
Eis que um raio iluminou meu Caminho e a esperança!
Novamente me peguei nesse êxtase tão lindo!
Apalpei a minha mente e vi que, essa, era só vida!
Entreguei meu tabernáculo a Quem era por direito!
Eis que o fogo renasceu e eu o vi sair de mim.
Espalhou-se como um raio e logo iluminou o mundo.
“Não sabia que existia”!
Não Se afaste mais de mim!
Sei que em Sua companhia se me afastará o fim!
 Entendi esse segredo e repeti para mim mesmo:
"Quando tudo terminar só não morrerá o amor"!


Ronaldo Rhusso

domingo, 9 de outubro de 2011

Outro de amor...






Realidade...

Sei que anjos veem distante,
Mas cadê que eles se enxergam?
E quando suas asas vergam
Pode haver ser mais massante?
Não suporta um rasante...
Já não pode proteger
A si mesmo ou outro ser,
Pois com fim já decretado
Vai definhando calado;
Vai morrendo sem morrer.


Anjo velho e imprestável
É enfado ao Universo!
Antissocial, disperso
Do real. Que lamentável!
O passado, memorável,
Fica até envergonhado!
Fica desmoralizado
Pelo atuar escasso
Coroado de fracasso
Digno de ser lamentado...


Sobe frágil a montanha
E o olhar fica perdido
Fixo em algo já vivido:
Em uma antiga façanha
Que foi grande, foi tamanha
A ponto de ser lembrada,
Mas que já não vale nada
Porque sabe em seu eu
Que passado é pra museu
E pra alma amargurada...


Homem Raio envelhece
E se torna olvidado.
Sabe que ser rejeitado
É algo que lhe acontece
Porque de fato merece.
Sabe que não tem futuro
E que mesmo sendo duro
Escutar o coração
A dizer-lhe um outro não
É melhor que um sim escuro...


Resta-lhe olhar pra frente
Porque ele ainda tem brio
E encara a sangue frio
Sua condição recente,
Pois se é anjo é decente
Mesmo velho e dispensável.
Anjo é sempre um ser amável
E consegue até sorrir
Do inútil existir;
Tem um humor invejável!


Quando declarou amor
Uma ou outra vez na vida
Foi um sentir sem medida
Cheio do mais puro ardor
Do tipo que dói sem dor!
Para toda uma existência
Amar e com excelência
Duas vezes é tão raro
Que para encerrar declaro:
É uma linda experiência!



Ronaldo Rhusso