quarta-feira, 16 de maio de 2012

Como sempre...


O tempo passa e eu passo a passarela
Em tom de tango e tanto temporal
Que encharca e acharca a alma chã, mortal
Embora agora a hora explore a bela.

Não quero o mero esmero nessa cela!
Aqui eu quis o quase surreal
Enquanto o canto em gozo sem igual
Alude ao sal que sai-nos sem cautela!

Querida a brisa ao rosto e a brida solta
Alerta que está aberta a temporada
Pra cura ou pra loucura desvairada!

É fato que o regato com que rego
A flor de olor mais nobre e sabor santo
Irriga o nosso amor, o ardor e o encanto.

Ronaldo Rhusso

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