O reverso do meu verso é uma coisa angustiante.
Se ele tem o pé quebrado e manqueja a mim puxou,
Pois manqueja a minha mente nessa gana de ser livre.
Não me importam turbilhões, julgamentos ou o que valha.
A palavra que eu escrevo não faz curva, eu sou real
E mesmo as digitais que me fazem ser diverso,
São transversos do que tenho sido nessa vida tosca!
Essa fila nunca anda e eu me sinto um idiota!
Quem pediu – eu não pedi – essa coisa de paixão?
Sou um rato pequenino num laboratório sujo
E nem gosto desse queijo que me trazem por ração.
Sei amar com força e tato;
Sei fazer bem diferente...
Sei que sou um Universo, mas não sigo em paralelo.
O que esperas desse “eu” que te diz “look out, baby”?
Quando eu me vi em catena, té gostei da sensação,
Mas ao descobrir o engano dei risada de mim mesmo
Por acreditar que a vida da uma trégua quando em vez...
Ronaldo Rhusso
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