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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Arauto a galope!


Procuro no escuro que há dentro de mim
aquela vontade de ir adiante,
mas vejo os caminhos manchados de fúria,
da injúria que suja a palavra Verdade!

Maldade suprema vendida nas casas
que chamam, maldosos, de casas de deus...

Procuro os discípulos sérios e nobres;
aqueles que trazem em si o Tesouro
que nunca mudou e que tem o fulgor
capaz de luzir, clarear todo o mundo!

Mas onde encontrar os que sabem daquilo
que há de medir, aferir atitudes?

Procuro os valentes que nunca se dobram;
que não se conformam com essas mentiras
que dizem que o Único é como três
e a Lei do Sinai já não vale pra nós.

Mas como entender a mudança Daquele
que disse: "-Não mudo, sou Uno, sou D'us"?

Procuro entender os "irmãos" que se odeiam
e fazem, de fato, o contrário de tudo
que foi ensinado nas duas Montanhas
e todo o Universo Lhe deu testemunho!

Mas como aceitar divisões, falsidades
e outras blasfêmias em nome de um deus?

Procuro explicar não haver várias raças,
pois somos humanos e somos irmãos!
As cores de pele são simples adornos,
presentes Daquele que ama o diverso...

Mas como entender essa coisa odiosa
que mata e separa os irmãos, os humanos?

Procuro adorar com aqueles que sabem:
A vida é um Dom, um direito de todos
e pouco me importa o salário, a riqueza...
Um dia se morre e se torna em adubo...

Mas como aceitar ou ficar assistindo,
enquanto envenenam o ar que respiro?

Procuro e não acho em meio aos que dizem:
"-Sou santo, sou salvo e o céu é meu prêmio"...
Pra D'us Dez sem Um não é Nove: é nada!
Não tem mais ou menos, ou é ou não é!

Eu não vou calar e os que sabem do Eterno
comecem viver o que pregam, agora!


Ronaldo Rhusso

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Que massa!



Minha vida é um Soneto inacabado,
cuja métrica resvala em euforia
que transborda em versos cálidos e tintos.
Veja Lena, a chuva púrpura caindo!

Tentadores esses olhos me espreitam
e eu sorrio... Queres tu me dar o trato?
Teu abraço é algo assim qual tenro ninho
que me aquece a tez, a alma, aquece tudo!

Desembainho minha espada... Eis peleja!
Tu já loba, vens voraz e eu gosto tanto...
Sinta o olor dos nossos líquidos mixados!

Quem quer ver que horas são ou onde estamos?
Ofegante, pareceu-me estar na Lua!
Tudo é leve sem a culpa, sem o trauma...

Ronaldo Rhusso

sábado, 18 de agosto de 2012

Contente...


É nuclear meu amor. Talvez exploda!
É singular o que eu sinto: eu sou de D’us!
Eu sou, também, dela, sempre meu abrigo,
E não preciso querer mais. Tenho muito!
Quando o meu céu tem no gris a sua capa
Olho pra dentro de mim e, então, sorrio:
“Quem quereria melhor que agora é fato”?

Ronaldo Rhusso