('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
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quinta-feira, 22 de junho de 2017
Parabéns Keya Souza...
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SONETOS
domingo, 13 de maio de 2012
Que coisa!
Mistérios são silêncios no pensar
do humano, ser que dista do comum;
nos fazem cavilar, mas em nenhum
lugar se chega e o jeito é aceitar.
Amor só os que têm por si pra dar
e assim é a Régia Lei nada incomum
que molda sem deixar de fora algum
dos Dez preceitos, todos a ensinar!
Às vezes eu me pego encabulado
ao ver que esses mistérios no arredio
do ser que há em mim cobrem vazio.
Contudo o que me deixa extasiado
é nunca compreender esse recado
de quem me tem saudade e nem me viu...
Ronaldo Rhusso
do humano, ser que dista do comum;
nos fazem cavilar, mas em nenhum
lugar se chega e o jeito é aceitar.
Amor só os que têm por si pra dar
e assim é a Régia Lei nada incomum
que molda sem deixar de fora algum
dos Dez preceitos, todos a ensinar!
Às vezes eu me pego encabulado
ao ver que esses mistérios no arredio
do ser que há em mim cobrem vazio.
Contudo o que me deixa extasiado
é nunca compreender esse recado
de quem me tem saudade e nem me viu...
Ronaldo Rhusso
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quarta-feira, 4 de abril de 2012
À nossa Matriarca...
A vida é uma dádiva suprema
E nessa ocasião estamos gratos
Por tantos anos, todos tão exatos
Que para nós é lindo e forte emblema!
Idade avançada é coisa extrema
E nos tempos de hoje, inexatos,
Onde dias tranqüilos não são fatos,
Nos faz usar teus anos como Tema.
Queremos dar louvor ao Deus Eterno
Porque do fogo lindo és a Pira;
O fogo que de ti não se expira!
Vivemos o correr mundo moderno,
Mas hoje agradecemos ao Superno
Pelo teu Centenário, ó Zulmira!
Ronaldo Rhusso
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Infância, a melhor vinha...
Ah! Tenros dias lindos... Que saudade!
O sítio era gigante, um Universo!
Brinquedos, oh! Infindos de verdade,
E eu tão radiante, assaz, imerso
Em corre corres rindo sem maldade
Do meu amigo, arfante, pés dispersos,
Que sempre era bem vindo da “cidade”...
O meu viver infante rompeu versos!
Bebi do ribeirão de águas claras;
Comi jabuticaba madurinha;
Sentia que a “nação” era só minha...
O tempo vil desaba as anteparas
Em rápida ação e apaga as raras
Nuances e acaba a melhor vinha...
Ronaldo Rhusso
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A ti, jovem!
I
A juventude tem pele macia.
É algodão com cheiro de infinito!
Temperamento forte e tão bonito
Que faz jorrar torrentes de alegria!
A juventude é louca e arredia;
Sabe fazer conforme está escrito...
Aqui e ali se ouve dela o grito.
De fato ela se esbalda em Poesia...
A juventude goza diferente,
Pois testa o seu limite em descoberta;
Transforma a forma incerta em forma certa...
A juventude vê como um presente
O permitir-se ser inconsequente.
Sem juventude a Terra é tão deserta...
II
Ser jovem é beijar o Universo
Qual quem tem todo o tempo a seu favor
E põe no beijo o hálito do ardor
E em plenitude sente-se imerso!
Dos dons eu creio ser o mais diverso
A arte de aprender com uma flor
Que impregna o ambiente com olor
Fazendo o ar ruim sair, disperso.
De fato o fato é simples para o jovem
Que tem caminho longo a percorrer
Mas tem enorme pressa de viver!
Embora os dados nunca se renovem
E nem haja pesquisas que comprovem
O jovem tenta ser bem mais que ter.
III
Para você que está aí se achando
Melhor “se ter certeza”! Eis o futuro
Às portas e não pense que sou duro
Ao avisar que o mundo está girando.
É redundante, eu sei, mas ta sacando?
A vida é osso! Então desça do muro
Não vá aos próprios sonhos deixar furo
Como quem, para a vida, está cagando!
Você não é o país do amanhã!
A sua parte faça, e bem, agora
Porque tem um leão feroz lá fora!
Se a sua existência vai ser vã,
Então a sua mente não é sã
E isso é tão comum e “está por fora”!
IV
O que você vai ser quando crescer?
Um astronauta sem sair do chão,
Curtindo a tal “viagem” pro caixão
Ou sabe que caminho percorrer?
Que tal pensar em quanto receber
Ao escolher aquela profissão
Que exercerá com força, com paixão
Enquanto realiza com prazer?
Eu tenho um bom amigo, ele é gari.
Agora ele já não varre mais rua,
Mas seu amor à lida continua.
Ele me disse: “ – Rhusso, eu escolhi
Porque alguém precisa estar aqui
Cuidando do planeta enquanto sua.”
V
Os governos do mundo estão unidos
E querem controlar a sua mente.
Não gostam de quem pensa realmente...
No retrocesso estão, sim, imbuídos!
Mas esses marginais serão detidos
Se você decidir olhar pra frente
E não ser só mais um indiferente
Aos crimes em que eles tão metidos.
É crime encolher todo o programa
Do que você vai ter durante o ano.
Emburrecer o jovem, eis o Plano!
Se não souber votar apóia a trama
De toda essa corja e logo o drama
Vai mostrar pra você: o “nulo” é insano!
VI
Esse país é seu; pagamos caro
Por essa liberdade animosa;
E se você não vive em mar de rosas
Ao menos pode ir e vir. Fui claro?
Ainda há lugares onde é raro
A expressão (tarefa perigosa)
Com liberdade séria ou jocosa
Sem ser um alvo fácil de um disparo!
Mas se você parar de vigiar
Cada direito seu será cortado
E até seu peido vai ser censurado!
É bom ao Quinto Artigo decorar
Da Constituição e atentar:
Gritar se ele for desrespeitado!
VII
Ser responsável não é ser careta!
Careta é se espelhar na maioria
Que sempre entra numa grande fria
Por se envolver em uma ou outra treta.
O mal tem sempre mais de uma faceta
E poderá roubar-lhe a luz do dia;
Você verá quadrada a alegria
Da Luz do sol entrando pela greta!
Cadeia é lugar para esperto!
Pra gente que jamais ouve conselho
E considera adulto, qual pentelho!
Será você alguém que, “sempre certo”,
Prefere percorrer pelo deserto
A ter a experiência por espelho?
VIII
A vida é dura para quem é mole,
Diz um provérbio muito popular.
Quem não tiver pra si como vai dar
Sabendo que até sapo se engole?
Talvez alguém a si mesmo console
Acreditando que vai aprontar
E tudo estará bem, irá passar,
Na mesma rapidez de um simples gole.
Contudo consequências sempre ficam.
Pois o que nós plantamos, com certeza,
Será colhido, diz a natureza!
De fato quando as coisas se complicam
Devemos ser maduros; eis que indicam:
É vencedor quem age com destreza!
IX
Você não sabe o Hino Nacional?
Tá certo! Você é um descolado!
Não curte caretices do passado;
É de uma geração especial!
Os professores seus... Então? Que tal?
Cada um deles deve ser tratado
Como se fosse só um contratado
Para lhe perseguir até o final?
Você pode escolher seu professor
Se decidir cobrar e perguntar
E não correr após sinal tocar.
O tempo na escola é um horror
Apenas para quem arrisca expor
O seu futuro e vê-lo afundar...
X
Que sejam jovens hoje e eternamente
Aqueles que conhecem pouco o mundo
E lançam-se no raso e no profundo
Com essa alegria tão latente!
Não é melhor, pior... Só diferente,
Quem vê a luz brilhante lá no fundo
Do túnel do viver (do qual me inundo),
E torna o pensamento, transparente...
Pra que correr se o tempo é mais ligeiro?
Viver a mil por hora só machuca!
O sábio é aquele que se educa.
Quem pensa em ser melhor ou o primeiro
Sem calcular o risco por inteiro
Acabará sentindo a dor na nuca...
Ronaldo Rhusso
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sábado, 10 de dezembro de 2011
E T de mim...
Ela não sabe a dor que tenho em mim...
Como entender alguém na tela fria?
Sei, sou, de fato, um raio em Poesia
E isso é tudo ou nada ou pouco, enfim...
Não sou metade dessa fama assim
Tão degradante ao ser que sou. Diria:
Tudo não passa, ao certo, de magia
Onde as palavras, cúmplices, são o fim...
Quando eu morrer serei logo esquecido
Não porque eu tenha feito quase nada
Ou por não ter mudado de estrada.
Será por causa desse mal sentido;
Desse ser tanto sem jamais ter sido
Ou por ter vindo à Terra em hora errada...
Ronaldo Rhusso
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Homenagem ao Redil onde nasci para o Reino de Deus...
Soneto à Casa do meu Pai!
Nasci em ti, ó Templo tão sagrado
A ponto de escorrerem-me na face
As lágrimas de quem foi amparado
Em hora crucial! Bom desenlace!
Do mundo escurecido, resgatado,
E sem temor deixei que me alcançasse
A graça excelsa do crucificado
E ressurreto Deus... Cessou impasse.
A Vida Eterna eu pude vislumbrar,
Qual tenra ovelha tímida e em dor
Que nunca desviou-se da proposta
Oferecida a quem a desejar:
Deixar-se sob as mãos do Salvador
Na I A S D do Nelson Costa!
Ronaldo Rhusso
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Conjecturas...
Se o mar está sereno, a mente, então, tranquila,
Cavila o pobre tolo; ostenta sua ilusão.
Diz não a tempo ameno; obtuso se perfila.
Desfila em tosco rolo; aumenta a solidão!
Razão não lhe é forte. Entorna a letargia.
Vazia a mente pena; acode ao definhar...
Deixar de ser consorte, envida a euforia.
Se um dia rouba a cena, a fala 'suja' o ar.
Estar não lhe conforma; então o que fazer?
Viver pensando em 'ter'? Por que deixar de 'ser'?
Sorver o que transtorna, evoca insensatez.
Se a tez, por sí, deforma é que chegou a vez.
Freguês do corromper só colhe o mais sofrer.
Querer ter mais que ser é triste! É de doer!
Gostaria, ainda de brincar com esse Alexandrino, pois, apenas para uma questão didática o verso Alexandrino tem doze sílabas poéticas e é dividido em dois hemistíquios de seis sílabas, cada:
'
Ex:
'
Se-o mar es tá se re no,/ a men te,- en tão, tran qui la.
'
1......2...3..4..5..6.....
'
'
Se contarmos até a sexta sílaba de cada hemistíquio e pularmos para o verso seguinte poderemos ler dois poemas independentes hexassilábico.
'
'
Pode parecer complicado ou impertinente, mas essa construção foi trabalhada de forma que, seja no todo, ou na dicotomia de hemistíquios, o texto verse acerca da controvérsia entre Parmênides e Heráclito.
'
'
Sempre que construo um texto busco alguma contextualização e me pergunto se esses "detalhes" são percebidos. Todos os dias percebo que estou num Grupo novo e não me faço de rogado, escrevendo ou repetindo postagens nessas dezenas de Grupos e ainda não lí qualquer comentário onde essa minha prática fosse percebida...
'
'
Por que estou comentando isso?
Primeiro por falta de sono nesses instante e depois, porque sinto que a minha mensagem não é passada por completo...
Só isso!
'
Então a dicotomia ficaria assim:
'
1o HEMISTÍQUIO:
'
Conjecturas...
'
Se o mar está sereno,
Cavila o pobre tolo;
Diz não a tempo ameno;
Desfila em tosco rolo;
'
Razão não lhe é forte.
Vazia a mente pena;
Deixar de ser consorte,
Se um dia rouba a cena,
'
Estar não lhe conforma;
Viver pensando em 'ter'?
Sorver o que transtorna,
'
Se a tez, por sí, deforma
Freguês do corromper
Querer ter mais que ser....
'
'
2o HEMISTÍQUIO:
'
'
Conjecturas...
'
a mente, então, tranquila.
ostenta sua ilusão.
obtuso se perfila.
aumenta a solidão!
'
Entorna a letargia.
acode ao definhar...
envida a euforia.
a fala 'suja' o ar.
'
Então o que fazer?
Por que deixar de 'ser'?
evoca insensatez.
'
é que chegou a vez.
só colhe o mais sofrer.
é triste! É de doer!
Ronaldo Rhusso
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domingo, 4 de setembro de 2011
Rogo!
Esse opróbrio que torna o meu ser
Esfacelado por causa da dor
Que no meu íntimo queima a valer
Diz-me do mal que me faz pecador.
Oh! Eu preciso pedir: vens fazer
Desse mortal alguém digno do Amor
Que do Teu Trono permites correr
Para lavar-me, servir de penhor!
Mas, por favor, não desistas de mim
Porque preciso mudar totalmente
Desde o profundo da minha vil mente!
Se me deixares será o meu fim!
És a esperança, o meu tudo, és enfim
Quem poderá me salvar novamente...
Ronaldo Rhusso
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domingo, 29 de maio de 2011
Então...
Sou nada do que pensas, ó senhora!
Talvez a mornidão que espraia a alma
ou mesmo o sol que cabe numa palma;
talvez a escuridão que vês lá fora...
Sou bipolar de fato e sou agora
o vate dedicado a delir trauma;
um turbilhão que à todos desencalma
e faz ter dez minutos uma hora...
Nem sei porque me amas desse jeito!
A cada fase minha eu destrambelho
e nem é bom tentar me dar conselho.
De fato tem um bem nesse meu peito
e vez em quando acha-se perfeito;
porém nem sei quem sou frente ao espelho...
Ronaldo Rhusso
Sou nada do que pensas, ó senhora!
Talvez a mornidão que espraia a alma
ou mesmo o sol que cabe numa palma;
talvez a escuridão que vês lá fora...
Sou bipolar de fato e sou agora
o vate dedicado a delir trauma;
um turbilhão que à todos desencalma
e faz ter dez minutos uma hora...
Nem sei porque me amas desse jeito!
A cada fase minha eu destrambelho
e nem é bom tentar me dar conselho.
De fato tem um bem nesse meu peito
e vez em quando acha-se perfeito;
porém nem sei quem sou frente ao espelho...
Ronaldo Rhusso
Bipolar III (o critério contra a vaca)
Eis que é fraca e tem derme envelhecida
A que empata e tem pata apreciada
À fervura que não faz pesticida
Aquietar-se e lhe faz carne estragada!
O temor eu nem vejo e eis a torcida
A querer do “melhor” e, se assada,
O carvão dá o toque e elucida
A razão pra doença inesperada.
Imagino essa louca enfermidade
Anunciando que tudo é relativo
Ou que está só na mente e no critério
Abraçado e comido com vontade
Em razão de que tudo é atrativo
E, por fim, secará no cemitério.
Ronaldo Rhusso
Eis que é fraca e tem derme envelhecida
A que empata e tem pata apreciada
À fervura que não faz pesticida
Aquietar-se e lhe faz carne estragada!
O temor eu nem vejo e eis a torcida
A querer do “melhor” e, se assada,
O carvão dá o toque e elucida
A razão pra doença inesperada.
Imagino essa louca enfermidade
Anunciando que tudo é relativo
Ou que está só na mente e no critério
Abraçado e comido com vontade
Em razão de que tudo é atrativo
E, por fim, secará no cemitério.
Ronaldo Rhusso
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