E os mortais, pobres, ó senhora?
E os que não sabem dor de amor?
Os que não sabem ser eterno
o mar que chora a perda, agora...
Não vai ser perda o até breve?
Não vou sentir vazio nas letras?
Sou só um anjo, enfim, cansado
que intercede, sofre, chora...
Nada que prenda o eu aqui
pode contar meu ser diverso
e no findar da luz que és tu
também me finda a força, o grito!
Marcaste encontro e o infinito
é ponto certo e eu estarei
com asas novas, tuas lágrimas,
em majestoso voo, impávido!
Se vais não vá sem meu sussurro:
eu fui do mundo um protetor
que derramou palavras, luz
e não se deu por pertencer
a esse exército blindado
e em compromisso com humanos
que não discernem entre o fogo
e Água pura que da Fonte
em jorro banha a Terra toda!
Oh! Não te vás sem minha escusa,
apologia de Homem-Raio,
que justifica ausência, tudo,
com a palavra que corrói:
"temor" de não ser forte o tanto
e despencar do céu que é lindo...
Ronaldo Rhusso
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