Em 1988 eu estava indo para o navio cerca de 4:30h da manhã. Eu nunca “dava serviço” em final de semana e naquele domingo eu estava chateado e achei melhor ir para bordo e “render o Campanha”!
Sentei num banco da pracinha quase em frente à Duarte de Azevedo e, de repente, vi um fusca em alta velocidade vindo pela Estrada do Sapê no sentido Madureira/Bento Ribeiro! Atrás vinham dois carros.
Um deles, um chevete, “fechou” o fusca e o motorista teve que subir a calçada em frente a mim, mas do outro lado. Um Monza o cercou pela frente, parou e, dos dois carros perseguidores, desceram uns oito sujeitos armados que abriram fogo pra cima do fusca e eu fiquei olhando atônito, principalmente porque eu conhecia uns daqueles atiradores e eles também me reconheceram. Tanto que um deles veio em minha direção com a arma ainda fumegando e perguntou se eu tinha visto alguma coisa!
Com o maior medo que sentira até ali, apenas sacudi a cabeça num sinal de que não tinha visto nada e ele me mandou voltar pra casa!
Trêmulo, peguei meu quepe, pois estava fardado, e minha mochila e fui para casa, certo de que eles me matariam também, mas me deixaram ir.
Em casa me perguntaram por que desisti de trabalhar e se eu tinha ouvido aqueles barulhos. Não consegui esboçar uma palavra, tirei a farda rapidamente e fui para a cama!
Horas depois havia um comentário geral e me perguntaram se eu não tinha visto, pois saíra no mesmo horário.
Eu estava morrendo de medo! Era só um garoto assustado!
À noite me convenceram de ir lá ver e, para pararem de me incomodar eu fui.
Lá estava um casal de Mestre Sala e a Porta bandeira da Escola de Samba Império Serrano!
Ela estava grávida e a barriga estava bem visível! Nem dava para contar a quantidade de tiros que aqueles dois levaram!
Por azar, o repórter fotográfico do Jornal O Globo tirou uma foto naquele momento e eu fiquei desesperado ao me ver, no dia seguinte, na primeira página ao lado do carro metralhado...
Mas os pistoleiros nunca me incomodaram. E eu os via muitas vezes por ali...
Nesse Carnaval, o Carnavalesco da Escola de Samba “Paraíso do Tuiuti”, Jack Vasconcelos, colocou a vida em risco, mas lavou a alma dos brasileiros que não são hipócritas e reconhecem que a turminha manipulada da camiseta da CBF (vergonha internacional, conhecida por ser a maior corrupta entre todas as Confederações do futebol mundial) ajudou a destruir o país!
Eu nem gosto desse negócio de Escolas de Samba, mas tenho muito a agradecer a esse sujeito que demonstrou muita coragem!
A mesma coragem que só a Esquerda demonstrou nas ruas contra as privatizações da Vale e de tantas outras pertencentes ao povo brasileiro; só os “pão com mortadela” vão protestar de verdade e não ficam dando “rolezinho”, fazendo “topless”, enchendo a cara nos bares “vips” e batendo panela na segurança do lar para, quem sabe, passar na Globo no dia seguinte!
Esses que usam a farda da CBF ainda têm a coragem de espernear como se não fossem os culpados e em quem se respaldou a corja de Brasília para destruir a Democracia da República Federativa do Brasil!
Valeu Jack Vasconcelos!
Ronaldo Rhusso
Sentei num banco da pracinha quase em frente à Duarte de Azevedo e, de repente, vi um fusca em alta velocidade vindo pela Estrada do Sapê no sentido Madureira/Bento Ribeiro! Atrás vinham dois carros.
Um deles, um chevete, “fechou” o fusca e o motorista teve que subir a calçada em frente a mim, mas do outro lado. Um Monza o cercou pela frente, parou e, dos dois carros perseguidores, desceram uns oito sujeitos armados que abriram fogo pra cima do fusca e eu fiquei olhando atônito, principalmente porque eu conhecia uns daqueles atiradores e eles também me reconheceram. Tanto que um deles veio em minha direção com a arma ainda fumegando e perguntou se eu tinha visto alguma coisa!
Com o maior medo que sentira até ali, apenas sacudi a cabeça num sinal de que não tinha visto nada e ele me mandou voltar pra casa!
Trêmulo, peguei meu quepe, pois estava fardado, e minha mochila e fui para casa, certo de que eles me matariam também, mas me deixaram ir.
Em casa me perguntaram por que desisti de trabalhar e se eu tinha ouvido aqueles barulhos. Não consegui esboçar uma palavra, tirei a farda rapidamente e fui para a cama!
Horas depois havia um comentário geral e me perguntaram se eu não tinha visto, pois saíra no mesmo horário.
Eu estava morrendo de medo! Era só um garoto assustado!
À noite me convenceram de ir lá ver e, para pararem de me incomodar eu fui.
Lá estava um casal de Mestre Sala e a Porta bandeira da Escola de Samba Império Serrano!
Ela estava grávida e a barriga estava bem visível! Nem dava para contar a quantidade de tiros que aqueles dois levaram!
Por azar, o repórter fotográfico do Jornal O Globo tirou uma foto naquele momento e eu fiquei desesperado ao me ver, no dia seguinte, na primeira página ao lado do carro metralhado...
Mas os pistoleiros nunca me incomodaram. E eu os via muitas vezes por ali...
Nesse Carnaval, o Carnavalesco da Escola de Samba “Paraíso do Tuiuti”, Jack Vasconcelos, colocou a vida em risco, mas lavou a alma dos brasileiros que não são hipócritas e reconhecem que a turminha manipulada da camiseta da CBF (vergonha internacional, conhecida por ser a maior corrupta entre todas as Confederações do futebol mundial) ajudou a destruir o país!
Eu nem gosto desse negócio de Escolas de Samba, mas tenho muito a agradecer a esse sujeito que demonstrou muita coragem!
A mesma coragem que só a Esquerda demonstrou nas ruas contra as privatizações da Vale e de tantas outras pertencentes ao povo brasileiro; só os “pão com mortadela” vão protestar de verdade e não ficam dando “rolezinho”, fazendo “topless”, enchendo a cara nos bares “vips” e batendo panela na segurança do lar para, quem sabe, passar na Globo no dia seguinte!
Esses que usam a farda da CBF ainda têm a coragem de espernear como se não fossem os culpados e em quem se respaldou a corja de Brasília para destruir a Democracia da República Federativa do Brasil!
Valeu Jack Vasconcelos!
Ronaldo Rhusso
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