Eu
via a alma pura de menina
brincando
como quem bebe da vida
a
seiva, o mel que escorre e que convida:
“ -
Vem cresce! Vem se torna feminina”!
E
logo já não era pequenina!
O
olhar: filho do Sol! Pouco vivida,
mostrava
as curvas em hora indevida
e o
mal lhe olhava com fome leonina...
Até
tentei dizer-lhe: “minha filha,
o
mundo é lindo, mas a complacência
com o
desconhecido é perigosa”!
Contudo,
é fato, quando a tez fervilha,
um
gole errado... Vai-se a inocência!
E a mente
que espreitava ri jocosa...