Arcanjo Antonino Lopes do
Nascimento, conhecido como Tim Lopes,
foi repórter brasileiro, produtor da Rede Globo desde 1996.
Quando começou
a fazer reportagens na rua, passou a ser chamado de Tim Lopes. Segundo amigos,
o "nome artístico" teria sido dado pelo próprio Samuel Wainer, devido
à semelhança do jornalista com o cantor Tim Maia. Uma de suas primeiras
reportagens foi publicada na década de 1970, no jornal alternativo "O
Repórter". A matéria relatava as precárias condições de trabalho dos operários na construção do metrô do
Rio. Para produzi-la, Tim Lopes trabalhou como peão na própria obra. Na TV
Globo, participou de uma série de reportagens do programa
"Fantástico", que promoviam o encontro de familiares de vítimas com
assassinos presos. Internou-se por dois meses em uma clínica para dependentes
químicos para uma reportagem sobre o assunto. Em 2001, Lopes foi um dos
ganhadores do Prêmio Esso. Era considerado pelos colegas de profissão como um
dos mais corajosos e audaciosos repórteres investigativos em atividade.
Tim Lopes
desapareceu em 2 de junho de 2002. Depoimentos de narcotraficantes presos
indicam que ele teria sido sequestrado e morto entre as 22 e 24h daquele dia.
Sua morte somente foi confirmada a 5 de julho, após exame de DNA dos fragmentos
de ossos encontrados num cemitério clandestino.