Bipolar (berra nas esteiras)
Transmuto-me e é preciso o siso que não tenho...
Outrora até que o tinha ou ele tinha a mim?
Enfim duvido e evito. Oh! Rio mesmo assim!
Os pólos se me dão e dou-me ao que detenho.
É Nick ou definir esse franzir de cenho?
Quem sou agora aqui? Quem sou, me diga, enfim.
No fim eu sou o mesmo e a esmo eu ouço um sim.
Quer vir vem pro começo. A rir eu me atenho...
Se é o melhor remédio o tédio é que é tão mal!
Mas viso outro lugar e o mar me faz tão bem!
Quer briga? Então me siga! Eu faço isso tão bem...
Eu juro que sou eu o eu que é, sim, tão mal!
E o eu que chora e tal é louco, é, sim, tão mal!
Sou bi ou tri, não sei. Nem tudo eu sei tão bem...
Ronaldo Rhusso
Bipolar II (o retorno de meu pai)
Eu nem digo que foi uma surpresa
Encontrá-lo de novo envolto em si
E sem dó ou sem sol, sem mais certeza.
Ah! Ninguém me falou; foi eu que vi!
Ah! Pai cego, eu já fiz brotar beleza
Através d’outro verso, em menor mi.
Escapei do desfecho e da aspereza
Atolada no charco além daqui...
Ai! Se a ré esse tempo engatasse
E num fá sustenido alguém te visse
Eu até tocaria outra sandice
Arriscando que não mais se dançasse
Esse enfado amiúde puro enlace
A trazer-me o fantasma: a meninice...
Ronaldo Rhusso
Bipolar III (o critério contra a vaca)
Eis que é fraca e tem derme envelhecida
A que empata e tem pata apreciada
À fervura que não faz pesticida
Aquietar-se e lhe faz carne estragada!
O temor eu nem vejo e eis a torcida
A querer do “melhor” e, se assada,
O carvão dá o toque e elucida
A razão pra doença inesperada.
Imagino essa louca enfermidade
Anunciando que tudo é relativo
Ou que está só na mente e no critério
Abraçado e comido com vontade
Em razão de que tudo é atrativo
E, por fim, secará no cemitério.
Ronaldo Rhusso
Essa foi uma brincadeira com a TRILOGIA STAR WARS do GEORGE LUCAS: GUERRA NAS ESTRELAS, O RETORNO DE JEDI E O IMPÉRIO CONTRA ATACA! Coisa de maluco e que está desocupado. Dois Sonetos Heroicos Decassílabos e um Soneto Alexandrino.