Intrépido e altivo o sol decorre
tornando o que era tépido em fornalha;
tornando a esperança que não morre
em mais um desespero, outra batalha.
E a água quando vem? Quando ela escorre?
Pergunta alguém, porque muito atrapalha
esse calor insano que ora ocorre
e faz sentir no corpo o alarme: falha!
Talvez o céu desabe e inunde tudo!
Talvez a natureza, então, então se vingue
e torne essa secura em podre mar.
Talvez quem perguntou se veja mudo
e sua fé no nada logo mingue
ou cesse, o vão e tolo reclamar...