Eu quero a aurora gentil e que não mente;
eu quero a hora febril, inconsequente,
quero somente o escol que não devora.
Já deu pra ti lua nova que, lá fora,
perscruta o quarto e invade o ser do ente
e renitente e, embora ao tempo tente,
se vê perdida e já sabe: vai embora!
Já deu pra ti sentimento que avassala
que diz, que cala no fundo em minha alma!
Já deu pra ti, já se foi de mim a calma!
Como se diz por aí "teu fim é vala"!
Mas sete metros não dão para enterrá-la...
És grande mala e ama-la é tenso trauma!
Ronaldo Rhusso
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