Dura demais!
Onde estás, ó verdade? Eu preciso saber.
Sai de mim, ó escuro! Hoje eu já te abomino.
Chega de só metade; é mister pro viver
que se quebre esse muro ou serei desatino!
Eis que em mim algo invade e nem é por querer,
pois de fato esconjuro esse mal e declino
o poder da vontade enrustida em beber
o teu âmago duro. Oh! Demais pr'um menino!
Mas não posso esconder o desejo latente.
Eu rejeito o destino, outro em quem nunca creio,
e me forço a descer lá pro fundo da fonte.
Já sem ar desafino e a verdade é torrente
a, letal, me envolver e na cara o permeio
é de tirar o tino. Ai, volta pro horizonte...
Ronaldo Rhusso
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