domingo, 3 de abril de 2011

Que pena...

Destoo das hordas descrentes
E entoo um canto pro céu.
Ali haverá o discurso
Que soa qual dor para uns
E para outros só dissona?
Alterco sem nódoa no sangue,
Mas penso no turno perdido
Porque se sou cego também
Eis explicação pro distúrbio.

Eu vejo uma raça apenas!
Se a tez é escura e aí?
Sou pálido e fico vermelho,
Mas há o amarelo, ora, pois!

Aquele nasceu noutro corpo?
Então curta a vida que é curta
Porque corpo errado é praga
E eu nunca irei compreender,
Pois que eu não calcei o sapato...

Pra moda eu dou é banana!
Pro humano eu olho agitado
E não vou deixar de elevar
A prece por cada irmão
Que não reconhece o do lado
Como um seu igual no Universo...

Ronaldo Rhusso

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