sábado, 5 de janeiro de 2013

Mais tarde? Impossível!

Minha pressa é em função do morredouro
que traga a minha fome de dormir
nos braços de Quem fez-me... Apogeu!

A fé se esforça pra ir de mansinho
e fico preocupado porque ela
tem pressa de deixar a esperança
na podridão da orbe condenada.

Depressa deprecio a dor teimosa
que pensa que terá minha atenção
apenas porque sou assim tão fraco
a ponto de negar que apresso o passo
aquém do que professo ser, de fato,
nesse conflito cósmico real...

A pressa me apressa e apresso o verso
enquanto o meu caráter endurece
e não me resta nada a não ser crer
que aprendi da forma mais covarde
que a a tarde dura menos que a euforia...


Ronaldo Rhusso



 

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