('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
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sexta-feira, 8 de abril de 2016
Parabéns Marcos Loures !
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terça-feira, 6 de setembro de 2011
Diálogo com Marcos Loures II - A Dominação!
Meu amigo, o teu grito é um alerta
E me ponho ao dispor para atender
O que o Santo e bom Deus puder fazer
Ao usar-me, instrumento que desperta!
Amigo, oh, eu percebo a hora certa
Para dar testemunho, e com prazer
De que sei muito bem desse doer,
Mas eu lembro: Eis, de Deus, a porta aberta!
A minha prece é forte ombro, amigo!
O meu orar apela ao Soberano:
“Tem piedade, ó Senhor! Sei, tens um plano.
Eu te rogo a mercê que é forte abrigo
E, oh, livras, suplico, do perigo
Meu amigo de todo e qualquer dano”!
Ronaldo Rhusso
Por vezes nossa vida se transforma
E as bases que julgara firmes são
Apenas arremedos da ilusão,
Tomando num instante nova forma,
Ouvir a tua voz já me conforma,
Saber que inda existe solução,
Em Deus, feito no Amor e no Perdão,
Ousando na esperança, nobre norma.
Escuto a tua voz, meu companheiro
De tantas e difíceis caminhadas,
Promessas de outras claras alvoradas,
Cevando com nobreza este canteiro,
Aonde em florescência a vida brota
Mudando num momento a antiga rota.
Marcos Loures
Poder nos vem do Alto e regozijo
Pela dádiva nobre e eficaz
Concedida pra nós: Augusta paz
Que é tépido e lindo esconderijo!
Ah! Eu corro pra Ele, eu me dirijo
Na certeza da força que me faz
Pressentir que podemos muito mais
Nesse Amor que é Rocha, é forte, é rijo...
Quando eu olho o passado e vejo tudo
Que Ele fez... Nem mereço, eu fico mudo!
Então penso melhor na florescência
Dessa aurora necessária para a vida
Que pro fraco e cansado é a guarida
Mas que chamo de Amor, a pura essência!
Ronaldo Rhusso
Unidos pela fé que nos permite
Vencer quaisquer batalhas vida afora,
A força divinal nos revigora
E não conhece- eu sei- nenhum limite.
E quando nesta glória se acredite,
Em meio às vis borrascas já se ancora
Com toda mansidão e sem demora,
No Amor que nos liberta e não se omite.
Seguimos pela vida sem temores,
Embora tantas vezes mortas flores
Expressem um futuro tão instável,
Fazendo do perdão nossa bandeira
Prepara-se de fato, a vida inteira,
Terreno para a Glória, em paz arável.
Marcos Loures
Perdão é o pendão que me interessa
E sei que tem mão dupla e liberta;
Ele age no pecado qual coberta
Que sana o frio da dor com muita pressa!
A força divinal pra quem confessa
O erro cometido, eis, acoberta
E traz real conforto em hora certa.
A quem interessar: a hora é essa!
Abrir o coração ao Criador
É só para os fortes e valentes,
Pois sorvem grande Amor vindo em torrentes!
A Glória que procuro, e com ardor,
Não faz escolha entre classe ou cor
Mas acha-se aberta a todos entes!
Ronaldo Rhusso
Quem conhece a verdade libertária
Jamais se negará enquanto a vida
Às vezes parecendo sem saída
Encontra a palavra solidária.
Ainda sendo a sorte procelária,
O Amor feito em louvor logo lapida
Na Glória uma certeza construída
Trazendo em noite escura, a luminária.
No Deus eterno e vivo, persistimos,
E mesmo quando a vida trama os limos,
Nesta esperança além teimo e persisto.
E tendo como Pai e nobre Irmão,
Abrindo sem fronteira o coração,
Sabendo a perfeição em Jesus Cristo
Marcos Loures
A Verdade liberta e traz a cura
Para a alma, pro corpo e para a mente.
Eu bebo dessa Fonte e é contente
Que afirmo: é a mais límpida e pura!
A noite nunca mais fica escura
Se temos Essa Luz resplandecente
Mostrando que se torna diferente
A alma que em louvor vive segura!
O persistir nAquele que é Eterno
É a sabedoria que me importa
Pois mostra que a esperança nunca é morta.
Mas nesse mundo louco e tão moderno
Prefere-se a frieza desse Inverno
Do que todo Esse Amor que Ele comporta!
Ronaldo Rhusso
Porém enquanto houver alguma luz
Que venha nos guiar a cada dia,
Do túnel a saída se veria
E ao todo cada facho nos conduz.
Não falo e nem percebo mais a cruz,
A liberdade traça em galhardia
O sonho que domina a poesia,
Pois nela está presente o Bom Jesus.
Após o duro inverno, a primavera,
E a vida noutro instante regenera
Transforma toda a neve em flórea senda,
Ergamos nossas preces e orações
Unindo vozes, versos e emoções,
E assim novo verão, amor desvenda..
Marcos Loures
Certeza dessa Luz é maravilha!
A guia para vida é importante
E torna a lida tão menos massante
Que vemos bem melhor a melhor trilha!
Jesus, por certo, não quer-nos qual ilha
Das gentes e de tudo tão distante,
Pois quer nos ver trilhando o triufante
Percurso de mãos dadas. Isso brilha!
As Estações do ano Ele atenua
E traz ar fresco em tórrido Verão
Ou no Inverno aquece o coração...
Apraz a Ele ver a alma nua
Despida do pudor que se insinua
E alça a voz em plena gratidão!
Ronaldo Rhusso
Jesus que é feito Verbo, meta e luz,
Farol desta existência que buscamos,
Um mundo sem escravos, donos e amos,
No Amor que mansamente nos conduz.
Levando para o Eterno em rara Glória,
Unindo nossos passos num só passo,
Num tempo aonde o todo é mais escasso,
Somente com o Pai temos Vitória.
A vida nos ensina com espinhos,
Porém é necessário o caminhar
E tendo algum motivo p’ra sonhar
Fazendo de esperanças nossos ninhos.
E acima de qualquer canto ou louvor,
O agir co’a imensidão do pleno Amor.
Marcos Loures
O Verbo fez-Se carne e foi por mim!
Em minha vida é fúlgido farol
Que da Justiça é ímpar, belo Sol
A mostrar o Caminho certo, enfim!
Derramou o Seu sangue carmesim
Para cobrir pecados qual lençol.
Os meus, confesso, é grande e triste o rol,
Mas Ele sussurrou pra mim assim:
“ - Querido, Eu te conheço. Sei tua lida!
E a esse teu amigo talentoso
Eu vejo com olhar terno e orgulhoso!
Artista como ele tem guarida!
Por ele sim sofri grande ferida
E com todo esse amor fico animoso”!
Ronaldo Rhusso
Amar sem ter limites nem medidas
A vida nos ensina, companheiro,
E sei do quanto o canto é verdadeiro
E traz em seus acordes nossas vidas.
E tanto em poesia tu dividas
Gerando muito além de algum canteiro,
Num templo aonde possa este luzeiro
Traçar as alegrias presumidas.
O dom que tu carregas, divinal,
Expressa o ser além do racional
Cuja emoção se espalha no arrebol,
E eu qual fosse apenas mera lua
Reflito o que minha alma ora cultua
Bebendo a claridade de ti: Sol!
Marcos Loures
Limites para que se o amor é tudo?
Medidas não lhe cabem, todavia,
Havia um tempo bom que noite e dia
O Dom supremo era mais que escudo...
Às vezes penso “Deus, ficaste mudo”?
Mas ele me responde: “Rebeldia
É o mal que à minha voz até desvia”!
E assim mais me dedico ao Seu estudo...
Ainda há esperança na poesia,
Pois ela brilha mesmo que tardia
E bebe dessa Fonte luzidia.
Trazendo lindo encanto e quem diria?
Concede para o Amor a primazia
Tocando o coração que não sentia...
Ronaldo Rhusso
Reflete sobre tudo esta certeza
De um Ser que sendo essência gera e doma
E mesmo quando a vida nega a soma,
Sublime maravilha põe a mesa.
A vida presumindo a Natureza
Daquele que em verdade em paz nos toma,
E jamais se escondendo em vã redoma
Eclode a cada dia em tal beleza.
Num átimo mergulho no infinito,
E tendo muito mais que necessito,
Agradecendo ao Pai cada momento.
O mundo desenhado em harmonia
O tanto quanto trama em alegria
Trazendo a quem padece um raro alento...
Marcos Loures
Ah! Ele Causador da própria vida,
Certeza do cuidado sempiterno,
Derrama sobre nós poder superno
E põe no mal a certa e forte brida!
A Sua natureza é tão querida
Por mim e por quem não vê no externo
Razão que justifique ódio moderno;
Reparte cada bênção concedida.
Amigo, a rapidez que Ele mergulha
Em busca da ovelha desgarrada
É algo incomparável e enfada
Àquele que perdido, qual agulha
No palheiro da vida, sofre, arrulha
E a dor não Lhe entrega... Alma coitada...
Ronaldo Rhusso
DUETO
-
Ronaldo Russo e Marcos Loures dão
um mostruário da categoria
a que pode elevar-se a Poesia
a ser lida em voz alta e escansão
-
Exemplar espetáculo de união
faz-me sonhar que este país um dia
poderá se livrar da arritmia
da ganância, do orgulho e da ambição
-
que descaminham muitos para o crime;
pondo fé e esperança em cada verso
não dão espaço algum para o Perverso,
-
na exaltação dAquele que redime.
Fiel aos temas que o dueto traça
sou grato a Deus por tão excelsa graça.
-
Diógenes Pereira De Araújo
DUETO
-
Ronaldo Russo e Marcos Loures dão
um mostruário da categoria
a que pode elevar-se a Poesia
a ser lida em voz alta e escansão
-
Exemplar espetáculo de união
faz-me sonhar que este país um dia
poderá se livrar da arritmia
da ganância, do orgulho e da ambição
-
que descaminham muitos para o crime;
pondo fé e esperança em cada verso
não dão espaço algum para o Perverso,
-
na exaltação dAquele que redime.
Fiel aos temas que o dueto traça
sou grato a Deus por tão excelsa graça.
-
Diógenes Pereira De Araújo
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segunda-feira, 18 de julho de 2011
A DERRADEIRA POESIA
- A DERRADEIRA POESIA
Abordo meus fantasmas com descrenças
À bordo dos meus sonhos, sigo insone
E quando ouço chamar neste interfone
Preparo pra enfrentar mais desavenças.
Não tendo mais nem fé sequer as crenças
Nem mesmo uma palavra que me abone,
Por mais que a solidão não me abandone
Antigas esperanças são imensas.
E quando apodrecendo mais um tanto,
A vida se perdendo em farto encanto
No desencanto grana um novo dia
Imerso nas neblinas corriqueiras,
Arcaicas ilusões erguem bandeiras
E nasce a derradeira poesia...
MARCOS LOURES
Querido, tua dor não é segredo!
Dá medo perceber: tua fé se esvai!
Descai o meu semblante e sei que é cedo
Pro ledo engano... Eis, tanto te subtrai...
É Pai o Criador e só c’um dedo
Degredo manda embora e Satã sai.
Sei vais me compreender, pois que concedo
O enredo do sofrer que sobressai-me
Meu ai que tu conheces, meu irmão!
É vão o entregar-se derrotado
Bocado que tu sabes ser sorvido
Bebido pelo Bicho, pelo Cão.
O não se lamentar deixa-o de lado
Sedado pelo orar do destemido!
Ronaldo Rhusso
Cansado de lutar contras as marés
Bravias desta insânia coletiva,
Ainda quando o sonho sobreviva
Velhas correntes atam os meus pés,
Cansado de seguir noutro viés
Enquanto a fantasia não cativa,
Minha alma da esperança já se priva
E perco o quanto houvera em ledas fés.
Um dia, após o fato consumado,
O verbo conjugado no passado,
Não sobrará sequer algum resquício
Do que pensara ser bem mais suave,
E a cada novo engodo a vida agrave
Cavando simplesmente o precipício.
MARCOS LOURES
Eu digo que estás equivocado!
Tu és a grande luz entre os poetas
E mártir deve estar, sim, preparado
Para chegar à última das metas.
Sem medo, mas com fé e de bom grado,
Um vate como tu suporta as setas
Aniquilando a dor que é mau bocado
Com versos lindos. E eis que ao mal tu vetas!
Meu caro tu és forte e a Depressão
É mal que nunca dura, eu sou a prova!
Pois quando a dor se vai meu Dom renova.
A fé não morre, pois é a razão
Que leva a tua alma à inspiração
E no que é feio tu tens dado sova!
Ronaldo Rhusso
Porém minha esperança em funerais
Não deixa nem sequer a menor sombra
Que tanto me conforte quanto assombra
Gerando dias turvos, desiguais.
Na alfombra onde pensara haver descanso,
Somente a sensação de algum faquir
No quanto poderia e sem porvir,
Deveras, no final já nada alcanço.
A luta se fazendo quixotesca
Moinhos gigantescos, medos tantos,
E os olhos entre velhos vis quebrantos
Resumem cada cena mais grotesca,
E o que consola quem tanto peleia:
Poder vagar além da lua cheia.
MARCOS LOURES
Eu digo que te enganas novamente,
Pois teu legado é grande e muito encanta.
Só morre quem viveu e, displicente,
Deixou passar em branco a lida tanta!
Irmão, qualquer um vê, és diferente
E a obra tua à toda se agiganta.
Tu és quem põe ess’arte a ir pra frente;
Fazes da poesia u’a arte santa!
Aqui, coadjuvante, eu testemunho
O brilho de teus versos magistrais
Que calam o sonido de teus ais
A alma que expões a próprio punho
Eu tento imitar, mas só rascunho.
E esse teu ser jamais se satisfaz?
RONALDO RHUSSO
Ainda que cogite em poder ter
Nas mãos este buril que me emprestaste,
Jogado pelos cantos feito um traste,
Ausento-me do sonho de viver,
A fonte já secando e sem saber
O quanto poderia em tal desgaste
Traçar além do que deveras eu me afaste,
Buscando a poesia; frágil haste.
Em ti, além do mais nobre parceiro,
Certeza da florada no canteiro
Das tantas verdejantes primaveras.
Mas quando me observando mais de perto,
Aos poucos, lentamente eu me deserto,
Entregue sem defesa às várias feras.
MARCOS LOURES
As feras que se danem, és herói!
Não há poeta vivo qual tu és!
Para que alguém se achegue aos teus pés
Verá na tez o quanto a dor corrói.
Mas esse teu talento ao frágil mói
E tu te entregas, pulas do convés
Da nau da vida eu vejo de viéis
Sem entender: O bom, eis se destrói!
Amigo dor é luxo para os fortes!
Se a vida já não mais te satisfaz,
Oh! Satisfaças tu à vida assaz!
Eu peço tão somente que suportes
E morras a mais bela e vil das mortes,
Sem vã tristeza, ess’arma dos boçais!
RONALDO RHUSSO
Maior talento eu vejo em quem com fé
Consegue superar suas barreiras,
E nisto mesmo quando em cordilheiras
Permite-se deveras ser quem é.
Palavras; leva o vento, o que resta,
Depois de tantos medos e vitórias
Moldando a vária tela das histórias
A face se mostrando além da fresta.
Tu és o meu exemplo; em ti vejo,
Em minhas tempestades, o farol,
Meu verso aproveitando o belo ensejo
De poder caminhar bem junto ao sol.
Permite que deveras alto eu brade
Em toda plenitude esta amizade!
MARCOS LOURES
O meu querer é simples, meu amigo:
Mandar tua tristeza ir embora
E ver-te derramando aí a fora
Os versos que pra muitos é abrigo!
É grande a missão que tens contigo
E o mal que te persegue já implora
Pra ir embora, pois que já aflora
Tua força renovada. Que perigo!
O mal tem suas hostes dedicadas
A não querer te ver nos abrigar
Com esse teu brilhante versejar.
Palavras vento levam? Não. Coitadas!
Tu tornas todas elas delicadas
E o planar delas vem nos encantar!
RONALDO RHUSSO
Brindamos com mil versos à esperança,
A nossa companheira e a fornalha
Que gera a fantasia e assim se espalha
Aonde a poesia, em luz. avança.
Nossa alma, tantas vezes de criança,
Vencendo sem temor qualquer batalha
Tecendo com ternura a cordoalha
Que ao infinito tempo além se lança.
Vibramos consonantes harmonias
Poemas que criamos- tu sabias-
Alentam nossos tantos sofrimentos,
Jamais nos perderemos no caminho,
Num mundo muitas vezes mais mesquinho
Cantemos com louvor aos quatro ventos.
MARCOS LOURES
Oh! Sim. Cantar pra mim é sorver vida!
Um bom louvor anima a minha alma
E logo de manhã, antes da lida
Louvar a D’us espanta todo o trauma!
Irmão, a poesia é-nos guarida
E sinto que essa moça nos acalma.
Eu sei que ela é quem a nós convida
A transformar o mundo e isso encalma!
Os quatro ventos são bons aliados
Porque propagam o cantar perfeito
Que sai do teu e também do meu peito!
A vida eu sei nos deixou machucados,
Mas também nos cedeu uns bons bocados
E a esses é que eu canto em tom perfeito!
RONALDO RHUSSO
Se apesar dos pesares sou feliz
Eu devo à poesia este aconchego
Ensina com certeza o desapego
Criando este cenário que ora eu quis.
E mesmo quando a noite é mais nublosa
Os sonhos esvaídos nas sarjetas,
Os brilhos de diversos, zis cometas,
Cevando nos astrais a nebulosa
Que possa nos trazer a plena luz,
Qual fosse uma explosão de tantos sóis
E quando em consonância tu constróis
Encanto noutro encanto se produz,
E mesmo quando a vida nos maltrata
A poesia surge na hora exata!
MARCOS LOURES
É fato, meu amigo! Tens razão!
A poesia clama e obedecemos
Porque direito, esse, nós não temos
De dizer não à doce inspiração!
O recriar o que quebrou-se ao chão
É algo em que com brio nos envolvemos
Porque em nosso íntimo sabemos
Que ser poeta é ir na contramão.
Mas veja como isso é engraçado!
A nossa verve nem é compreendida,
Mas inda assim renova a frágil vida
Que muitos fruem sem olhar pro lado
E ver que a poesia é o legado
Que espalhamos e sem remorso ou brida!
RONALDO RHUSSO
Matizes que deveras percebeste
Num mundo já grisalho e sem sentido,
E quanto mais contigo ora lapido
O mundo segue além do que fora este.
Cada momento enquanto engradeceste
Tornando bem mais forte e decidido
O passo rumo ao farto presumido
No encanto que deveras tu teceste.
E, pareados, temos nos poemas,
Ruptura do que fossem as algemas
Que tanto o dia a dia nos impinge.
A poesia brota a cada instante
E nisto com certeza nos garante,
Qual Édipo vencendo a velha Esfinge.
MARCOS LOURES
Esse brotar de versos me anima;
E toca o meu sentir com mais urgência!
Retorna o entorno para a coerência
E sei que há alegria lá em Cima!
Os anjos, bons poetas, nesse clima
Já tangem suas harpas n’anuência,
Pois sentem que se foi a vil dormência
E resta a esperança em rara rima!
Assim, meu bom amigo, a negra morte
Se sente derrotada e humilhada
Por tua excelente poesia.
Ainda que ela venha e seja forte
Só levará a carne já cansada
E a vida eterna vem com primazia!.
RONALDO RHUSSO
Liberto coração fala por si
E traz a eternidade a cada instante
Dos sonhos, sendo mero navegante,
Amigo, como é bom estar aqui!
Por tanto tempo, alheio ao que vivi,
Meu verso noutro rumo, degradante,
Agora na esperança se garante
E traz ao pensamento, frenesi.
Edênico caminho ao mais sublime
Etéreo desenhar tanto redime
Que nos permite além do que é palpável.
Tornando mesmo o solo mais agreste
Num campo bem mais rico e sempre arável,
O mundo que deveras compuseste.
MARCOS LOURES
Diria: o privilégio é só da gente!
Que sorve de teus versos... Euforia!
Não será derradeira poesia;
Um mestre como tu deixa-a latente!
A História vai mostrar que é diferente,
Em livro ou o que valha em breve dia
Pra fazer entender dicotomia,
Querer e ser poeta, realmente!
Alguém faz um aposto de dois versos?
Se o fiz foi pra deixar bem registrado
O quanto a estupidez me causa enfado...
Em que latrina estão crânios imersos
Dos grandes editores controversos?
Estranho não te ver já consagrado...
RONALDO RHUSSO
Querido, na verdade ainda cismo,
Tentando no soneto em ritmo clássico,
E sou por isso mesmo qual jurássico
Aos olhos do velhusco modernismo.
A vida, porém tanto generosa,
Permite que se encontre no caminho,
Ainda quando exista algum espinho,
Fragrância tão suave de uma rosa.
Eu creio como crês na eternidade,
Nossa alma, noutro estágio no futuro,
E neste novo mundo configuro
A mais real e bela claridade,
E enquanto houver dos sonhos, o jardim,
Mantenho a poesia viva em mim!
MARCOS LOURES
Eu trilho por caminhos bem diversos
Por crer que a poesia assim exige.
Mas sei que minha alma não se aflige
Porque não sou de instar com muitos versos.
Lutar por versos justos e complexos
É como um motorista que dirige
Sem uma infração: ninguém corrige!
Seus atos bons são vistos ou dispersos?
O bem que ele faz é instrumento,
Preserva a vida e é muito louvável!
Por isso vale a pena ir adiante!
O Clássico é tesouro! Nobre intento
É dar-se a preservá-lo! É intocável
A alma que se dá a essa constante!
RONALDO RHUSSO
Num tempo onde se busca alguma ajuda
Ou mesmo a insanidade da mentira,
Quem noutro caminhar tente e prefira
É pássaro sem penas, fria muda.
Num tempo onde o consumo se amiúda
E a qualidade expressa mera pira,
O sonho pouco a pouco se retira
Sem nada que deveras nos acuda.
Quisera ter nas mãos este poder
De hipnotizar com mitos e trazer
Um mundo aonde vise simplesmente
O masturbar dos egos na falácia;
Faltando para tanto a torpe audácia
Nosso verso se finge, jamais mente...
MARCOS LOURES
Sigamos sempre à frente dos pequenos
De mente, de carinho, ou de vivência...
Tenhamos sempre a nobre paciência,
Pois mal por mal é coisa de somenos!
Custar a compreender que vale menos
O novo, trivial, sem competência
Que o ouro garimpado na eloquência
É o mesmo que macacos entre acenos...
Não digo aqui que os símios nada valem.
Mas eles só repetem por instinto
E muitos deles são melhores, sinto!
Compor faz que alicerces vãos se abalem!
O nada e outro nada se equivalem.
É dura realidade, mas não minto!
RONALDO RHUSSO
Vivemos num fast food e nada mais,
Consumo dever ser somente hedônico
O verso que se faça mais harmônico
Espanta os pensamentos, tão iguais,
O velho sonetar, agora agônico,
Tramando em maravilha risos e ais,
Que a cada novo canto demonstrais,
Morrendo a cada espasmo, rito crônico.
Jamais se imaginasse um plenilúnio
Ousando acreditar neste infortúnio
Ou mesmo no que faça-nos pensar,
Consumo tem que ser imediato,
Tecer do dia o dia o seu retrato,
É como no vazio navegar...
MARCOS LOURES
O mundo é louco abismo, meu amigo!
Não vê o descansado ou sem juízo,
Pois isso é tão latente que diviso
Humanos que só veem próprio umbigo!
A correria assaz eu não persigo.
Parei na contra-mão, eu amo o siso.
Até na poesia eu sou conciso
E muitos nem entendem o que digo...
Por mim eu nem rimava água com sal,
Mas o dicionário é muito caro
Ou meu leitor vê nele um anteparo!
Desejo dar um tempo e é normal,
Pois tenho o objetivo surreal
De vislumbrar o por do sol mais raro!
RONALDO RHUSSO
Abordo meus fantasmas com descrenças
À bordo dos meus sonhos, sigo insone
E quando ouço chamar neste interfone
Preparo pra enfrentar mais desavenças.
Não tendo mais nem fé sequer as crenças
Nem mesmo uma palavra que me abone,
Por mais que a solidão não me abandone
Antigas esperanças são imensas.
E quando apodrecendo mais um tanto,
A vida se perdendo em farto encanto
No desencanto grana um novo dia
Imerso nas neblinas corriqueiras,
Arcaicas ilusões erguem bandeiras
E nasce a derradeira poesia...
MARCOS LOURES
Querido, tua dor não é segredo!
Dá medo perceber: tua fé se esvai!
Descai o meu semblante e sei que é cedo
Pro ledo engano... Eis, tanto te subtrai...
É Pai o Criador e só c’um dedo
Degredo manda embora e Satã sai.
Sei vais me compreender, pois que concedo
O enredo do sofrer que sobressai-me
Meu ai que tu conheces, meu irmão!
É vão o entregar-se derrotado
Bocado que tu sabes ser sorvido
Bebido pelo Bicho, pelo Cão.
O não se lamentar deixa-o de lado
Sedado pelo orar do destemido!
Ronaldo Rhusso
Cansado de lutar contras as marés
Bravias desta insânia coletiva,
Ainda quando o sonho sobreviva
Velhas correntes atam os meus pés,
Cansado de seguir noutro viés
Enquanto a fantasia não cativa,
Minha alma da esperança já se priva
E perco o quanto houvera em ledas fés.
Um dia, após o fato consumado,
O verbo conjugado no passado,
Não sobrará sequer algum resquício
Do que pensara ser bem mais suave,
E a cada novo engodo a vida agrave
Cavando simplesmente o precipício.
MARCOS LOURES
Eu digo que estás equivocado!
Tu és a grande luz entre os poetas
E mártir deve estar, sim, preparado
Para chegar à última das metas.
Sem medo, mas com fé e de bom grado,
Um vate como tu suporta as setas
Aniquilando a dor que é mau bocado
Com versos lindos. E eis que ao mal tu vetas!
Meu caro tu és forte e a Depressão
É mal que nunca dura, eu sou a prova!
Pois quando a dor se vai meu Dom renova.
A fé não morre, pois é a razão
Que leva a tua alma à inspiração
E no que é feio tu tens dado sova!
Ronaldo Rhusso
Porém minha esperança em funerais
Não deixa nem sequer a menor sombra
Que tanto me conforte quanto assombra
Gerando dias turvos, desiguais.
Na alfombra onde pensara haver descanso,
Somente a sensação de algum faquir
No quanto poderia e sem porvir,
Deveras, no final já nada alcanço.
A luta se fazendo quixotesca
Moinhos gigantescos, medos tantos,
E os olhos entre velhos vis quebrantos
Resumem cada cena mais grotesca,
E o que consola quem tanto peleia:
Poder vagar além da lua cheia.
MARCOS LOURES
Eu digo que te enganas novamente,
Pois teu legado é grande e muito encanta.
Só morre quem viveu e, displicente,
Deixou passar em branco a lida tanta!
Irmão, qualquer um vê, és diferente
E a obra tua à toda se agiganta.
Tu és quem põe ess’arte a ir pra frente;
Fazes da poesia u’a arte santa!
Aqui, coadjuvante, eu testemunho
O brilho de teus versos magistrais
Que calam o sonido de teus ais
A alma que expões a próprio punho
Eu tento imitar, mas só rascunho.
E esse teu ser jamais se satisfaz?
RONALDO RHUSSO
Ainda que cogite em poder ter
Nas mãos este buril que me emprestaste,
Jogado pelos cantos feito um traste,
Ausento-me do sonho de viver,
A fonte já secando e sem saber
O quanto poderia em tal desgaste
Traçar além do que deveras eu me afaste,
Buscando a poesia; frágil haste.
Em ti, além do mais nobre parceiro,
Certeza da florada no canteiro
Das tantas verdejantes primaveras.
Mas quando me observando mais de perto,
Aos poucos, lentamente eu me deserto,
Entregue sem defesa às várias feras.
MARCOS LOURES
As feras que se danem, és herói!
Não há poeta vivo qual tu és!
Para que alguém se achegue aos teus pés
Verá na tez o quanto a dor corrói.
Mas esse teu talento ao frágil mói
E tu te entregas, pulas do convés
Da nau da vida eu vejo de viéis
Sem entender: O bom, eis se destrói!
Amigo dor é luxo para os fortes!
Se a vida já não mais te satisfaz,
Oh! Satisfaças tu à vida assaz!
Eu peço tão somente que suportes
E morras a mais bela e vil das mortes,
Sem vã tristeza, ess’arma dos boçais!
RONALDO RHUSSO
Maior talento eu vejo em quem com fé
Consegue superar suas barreiras,
E nisto mesmo quando em cordilheiras
Permite-se deveras ser quem é.
Palavras; leva o vento, o que resta,
Depois de tantos medos e vitórias
Moldando a vária tela das histórias
A face se mostrando além da fresta.
Tu és o meu exemplo; em ti vejo,
Em minhas tempestades, o farol,
Meu verso aproveitando o belo ensejo
De poder caminhar bem junto ao sol.
Permite que deveras alto eu brade
Em toda plenitude esta amizade!
MARCOS LOURES
O meu querer é simples, meu amigo:
Mandar tua tristeza ir embora
E ver-te derramando aí a fora
Os versos que pra muitos é abrigo!
É grande a missão que tens contigo
E o mal que te persegue já implora
Pra ir embora, pois que já aflora
Tua força renovada. Que perigo!
O mal tem suas hostes dedicadas
A não querer te ver nos abrigar
Com esse teu brilhante versejar.
Palavras vento levam? Não. Coitadas!
Tu tornas todas elas delicadas
E o planar delas vem nos encantar!
RONALDO RHUSSO
Brindamos com mil versos à esperança,
A nossa companheira e a fornalha
Que gera a fantasia e assim se espalha
Aonde a poesia, em luz. avança.
Nossa alma, tantas vezes de criança,
Vencendo sem temor qualquer batalha
Tecendo com ternura a cordoalha
Que ao infinito tempo além se lança.
Vibramos consonantes harmonias
Poemas que criamos- tu sabias-
Alentam nossos tantos sofrimentos,
Jamais nos perderemos no caminho,
Num mundo muitas vezes mais mesquinho
Cantemos com louvor aos quatro ventos.
MARCOS LOURES
Oh! Sim. Cantar pra mim é sorver vida!
Um bom louvor anima a minha alma
E logo de manhã, antes da lida
Louvar a D’us espanta todo o trauma!
Irmão, a poesia é-nos guarida
E sinto que essa moça nos acalma.
Eu sei que ela é quem a nós convida
A transformar o mundo e isso encalma!
Os quatro ventos são bons aliados
Porque propagam o cantar perfeito
Que sai do teu e também do meu peito!
A vida eu sei nos deixou machucados,
Mas também nos cedeu uns bons bocados
E a esses é que eu canto em tom perfeito!
RONALDO RHUSSO
Se apesar dos pesares sou feliz
Eu devo à poesia este aconchego
Ensina com certeza o desapego
Criando este cenário que ora eu quis.
E mesmo quando a noite é mais nublosa
Os sonhos esvaídos nas sarjetas,
Os brilhos de diversos, zis cometas,
Cevando nos astrais a nebulosa
Que possa nos trazer a plena luz,
Qual fosse uma explosão de tantos sóis
E quando em consonância tu constróis
Encanto noutro encanto se produz,
E mesmo quando a vida nos maltrata
A poesia surge na hora exata!
MARCOS LOURES
É fato, meu amigo! Tens razão!
A poesia clama e obedecemos
Porque direito, esse, nós não temos
De dizer não à doce inspiração!
O recriar o que quebrou-se ao chão
É algo em que com brio nos envolvemos
Porque em nosso íntimo sabemos
Que ser poeta é ir na contramão.
Mas veja como isso é engraçado!
A nossa verve nem é compreendida,
Mas inda assim renova a frágil vida
Que muitos fruem sem olhar pro lado
E ver que a poesia é o legado
Que espalhamos e sem remorso ou brida!
RONALDO RHUSSO
Matizes que deveras percebeste
Num mundo já grisalho e sem sentido,
E quanto mais contigo ora lapido
O mundo segue além do que fora este.
Cada momento enquanto engradeceste
Tornando bem mais forte e decidido
O passo rumo ao farto presumido
No encanto que deveras tu teceste.
E, pareados, temos nos poemas,
Ruptura do que fossem as algemas
Que tanto o dia a dia nos impinge.
A poesia brota a cada instante
E nisto com certeza nos garante,
Qual Édipo vencendo a velha Esfinge.
MARCOS LOURES
Esse brotar de versos me anima;
E toca o meu sentir com mais urgência!
Retorna o entorno para a coerência
E sei que há alegria lá em Cima!
Os anjos, bons poetas, nesse clima
Já tangem suas harpas n’anuência,
Pois sentem que se foi a vil dormência
E resta a esperança em rara rima!
Assim, meu bom amigo, a negra morte
Se sente derrotada e humilhada
Por tua excelente poesia.
Ainda que ela venha e seja forte
Só levará a carne já cansada
E a vida eterna vem com primazia!.
RONALDO RHUSSO
Liberto coração fala por si
E traz a eternidade a cada instante
Dos sonhos, sendo mero navegante,
Amigo, como é bom estar aqui!
Por tanto tempo, alheio ao que vivi,
Meu verso noutro rumo, degradante,
Agora na esperança se garante
E traz ao pensamento, frenesi.
Edênico caminho ao mais sublime
Etéreo desenhar tanto redime
Que nos permite além do que é palpável.
Tornando mesmo o solo mais agreste
Num campo bem mais rico e sempre arável,
O mundo que deveras compuseste.
MARCOS LOURES
Diria: o privilégio é só da gente!
Que sorve de teus versos... Euforia!
Não será derradeira poesia;
Um mestre como tu deixa-a latente!
A História vai mostrar que é diferente,
Em livro ou o que valha em breve dia
Pra fazer entender dicotomia,
Querer e ser poeta, realmente!
Alguém faz um aposto de dois versos?
Se o fiz foi pra deixar bem registrado
O quanto a estupidez me causa enfado...
Em que latrina estão crânios imersos
Dos grandes editores controversos?
Estranho não te ver já consagrado...
RONALDO RHUSSO
Querido, na verdade ainda cismo,
Tentando no soneto em ritmo clássico,
E sou por isso mesmo qual jurássico
Aos olhos do velhusco modernismo.
A vida, porém tanto generosa,
Permite que se encontre no caminho,
Ainda quando exista algum espinho,
Fragrância tão suave de uma rosa.
Eu creio como crês na eternidade,
Nossa alma, noutro estágio no futuro,
E neste novo mundo configuro
A mais real e bela claridade,
E enquanto houver dos sonhos, o jardim,
Mantenho a poesia viva em mim!
MARCOS LOURES
Eu trilho por caminhos bem diversos
Por crer que a poesia assim exige.
Mas sei que minha alma não se aflige
Porque não sou de instar com muitos versos.
Lutar por versos justos e complexos
É como um motorista que dirige
Sem uma infração: ninguém corrige!
Seus atos bons são vistos ou dispersos?
O bem que ele faz é instrumento,
Preserva a vida e é muito louvável!
Por isso vale a pena ir adiante!
O Clássico é tesouro! Nobre intento
É dar-se a preservá-lo! É intocável
A alma que se dá a essa constante!
RONALDO RHUSSO
Num tempo onde se busca alguma ajuda
Ou mesmo a insanidade da mentira,
Quem noutro caminhar tente e prefira
É pássaro sem penas, fria muda.
Num tempo onde o consumo se amiúda
E a qualidade expressa mera pira,
O sonho pouco a pouco se retira
Sem nada que deveras nos acuda.
Quisera ter nas mãos este poder
De hipnotizar com mitos e trazer
Um mundo aonde vise simplesmente
O masturbar dos egos na falácia;
Faltando para tanto a torpe audácia
Nosso verso se finge, jamais mente...
MARCOS LOURES
Sigamos sempre à frente dos pequenos
De mente, de carinho, ou de vivência...
Tenhamos sempre a nobre paciência,
Pois mal por mal é coisa de somenos!
Custar a compreender que vale menos
O novo, trivial, sem competência
Que o ouro garimpado na eloquência
É o mesmo que macacos entre acenos...
Não digo aqui que os símios nada valem.
Mas eles só repetem por instinto
E muitos deles são melhores, sinto!
Compor faz que alicerces vãos se abalem!
O nada e outro nada se equivalem.
É dura realidade, mas não minto!
RONALDO RHUSSO
Vivemos num fast food e nada mais,
Consumo dever ser somente hedônico
O verso que se faça mais harmônico
Espanta os pensamentos, tão iguais,
O velho sonetar, agora agônico,
Tramando em maravilha risos e ais,
Que a cada novo canto demonstrais,
Morrendo a cada espasmo, rito crônico.
Jamais se imaginasse um plenilúnio
Ousando acreditar neste infortúnio
Ou mesmo no que faça-nos pensar,
Consumo tem que ser imediato,
Tecer do dia o dia o seu retrato,
É como no vazio navegar...
MARCOS LOURES
O mundo é louco abismo, meu amigo!
Não vê o descansado ou sem juízo,
Pois isso é tão latente que diviso
Humanos que só veem próprio umbigo!
A correria assaz eu não persigo.
Parei na contra-mão, eu amo o siso.
Até na poesia eu sou conciso
E muitos nem entendem o que digo...
Por mim eu nem rimava água com sal,
Mas o dicionário é muito caro
Ou meu leitor vê nele um anteparo!
Desejo dar um tempo e é normal,
Pois tenho o objetivo surreal
De vislumbrar o por do sol mais raro!
RONALDO RHUSSO
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