Não quero o desencanto de uma rosa
que, triste, morre seca em vaso d’ouro.
Não quero ser guardado qual tesouro
a sete chaves, sina desastrosa...
Não quero ser aquele bardo prosa
a versejar qual ave em mau agouro.
Prefiro, do trovão, ouvir o estouro
do que o elogio de mente vã, airosa...
É tão meridiano o olhar dela!
Perscruta minha alma por um lado,
mas noutro brilha assim desconfiado...
Por que ela se esconde nessa cela
dentro de si, se é jovem e tão bela?
Seus textos me superam um bocado...
Ronaldo Rhusso