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domingo, 8 de abril de 2012







Por amor...

Se eu rimar fome com dança
É de fato um fato e tanto!
Se virar ponta de lança
É mui forte, o choro, é pranto!

Quero o peito, qual criança!
Quero longe o desencanto. 
Se eu percebo que ela avança
Eu prometo ser mais santo.

Vida minha onde tu tás?
Onde aquele teu sorriso?
É somente o que eu preciso;

E o restante tanto faz.
Abre a porta um pouco mais
Que eu, por ti, rimo conciso.

Ronaldo Rhusso

sexta-feira, 23 de março de 2012

Um Quindeto...



Afoito

Estou feliz e sei o que ocorreu:
o teu carinho é algo assim gostoso.
e eu fico mole a cada toque teu...
Oh! Amor meu, me deixas tão gozoso
e eu quero mais: meu ser a ti se deu!

Teu doce olor me faz qual venturoso;
a quem a sorte, enfim, apareceu!
Já foi-se o breu e sinto-me animoso.
Eu sei que D'us, a ti, qual dom me deu.

Essa tua boca é quente e o gosto é bom!
Ela percorre a tez que treme e o tom
que imprime em mim é algo tão febril!

Num latejar por tua flor formosa
o meu amigo íntimo e tão prosa,

almeja, então, colher pólen gentil!

Ronaldo Rhusso

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Instantâneo...

Desato os feixes de cores
que reverberam em meu sonso olhar...
Desato a louvar o Altíssimo
pelos dons que Ele concede!
Transmutar olhos em ouvidos,
palavras em sussurros,
delírios no sentir frenético e raro...

Ah! Inspiração que erradia euforia e 
avilta o tempo e o espaço!
Ah! Quimera ansiada e entronizada
no íntimo do ser...

Abismado e em sonho contemplo o jardim rico e lindo!
O jardim é pra mim duplamente importante
e é meridiano!

Da roseira mais nobre escolhi uma rosa olorosa e macia;
tão rosinha e enfeitada por pólens lisinhos!

Ela treme e se encolhe ao meu toque gentil
que, de longe, ressente feliz terno toque.
É a rosa que é rara e que inspira esses versos;
rosa inteira entre caules marfim-salmonados.

"— Ei Nirvana! Eis que és pouco e me rio de ti"!

Não concebe o meu gozo inefável, coitado...


"— Tu sorris, minha musa"?

Eis que a dor não supera esse brilho no olhar
que pressinto daqui, do covil de poeta
que é o salteador desse corpo, ora frágil.

Arrepio me percorre ao provar dessa trama
ideada nos meus mais profundos recônditos!

"— Mera pausa, ó Prenda"!

"— Hora de conversar com quem há de fazer
tua dor desistir de morar ao teu lado"...

Ronaldo Rhusso