('Estamos de olhos nos bons para perdermos de vistas os maus'. Ronaldo Rhusso).
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sexta-feira, 18 de novembro de 2016
DIA DO HOMEM...
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quarta-feira, 25 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
segunda-feira, 16 de maio de 2016
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
E o Vento Levou... Cristóvão Colombo...
Um Repente em
Redondilhas Maiores e uma Trova em moldes Clássicos. O primeiro com esquema de
rima masculino ou agudo (tônicas finais oxítonas). A segunda com rimas
femininas ou graves (tônicas finais paroxítonas).
Em
29 de fevereiro de 1504 Cristóvão Colombo usa os seus conhecimentos sobre
eclipse lunar de modo a convencer os povos ameríndios a abastecê-lo com
alimentos.
Em
29 de fevereiro de 1940 o filme “Gone With the Wind” (“E o Vento Levou” no
Brasil e “E Tudo o Vento Levou”, em Portugal)
ganhou oito Oscares, sendo indicado para treze estatuetas.
Vale informar ou
relembrar que o mês de fevereiro só conta com 29 dias nos chamados “anos
bissextos” que ocorrem a cada quatro anos. O ano comum tem, segundo os
cientistas, 365 dias e cerca de 6 horas. A cada quatro anos essas 6 horas
atingem 24 horas ou um dia, de maneira que o quarto ano passa a ter 366 dias,
ou seja, seis duplo no final. Seis duplo = bissexto!
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Terremoto
Ainda fazendo uso do
Repente em Redondilhas Maiores.
Em 26 de fevereiro de 1531 ocorreu um fortíssimo abalo sísmico em Portugal. Estudiosos afirmam que teve seu epicentro entre Azambuja e Vila Franca de Xira. Afirmam que pouco ficou a dever ao ocorrido em 1755. Mas a cidade era bem menor e menos populosa. Teria menos de cem mil moradores, contra os mais de 275 mil de 1755. Por outro lado não houve maremoto, tsunami ou incêndios. Abaixo o registro poético de Garcia de Resende (1470/1536):
Todos com medo que haviam
Deixaram casas, fazendas;
Nos campos, praças dormiam
Em tendilhões e em tendas,
Casas de ramas faziam;
As mais noites velando
Tremendo e receando;
Porque tremor não cessava
A gente pasmava, andava
Com medo, morte esperando...
Em 26 de fevereiro de 1531 ocorreu um fortíssimo abalo sísmico em Portugal. Estudiosos afirmam que teve seu epicentro entre Azambuja e Vila Franca de Xira. Afirmam que pouco ficou a dever ao ocorrido em 1755. Mas a cidade era bem menor e menos populosa. Teria menos de cem mil moradores, contra os mais de 275 mil de 1755. Por outro lado não houve maremoto, tsunami ou incêndios. Abaixo o registro poético de Garcia de Resende (1470/1536):
Todos com medo que haviam
Deixaram casas, fazendas;
Nos campos, praças dormiam
Em tendilhões e em tendas,
Casas de ramas faziam;
As mais noites velando
Tremendo e receando;
Porque tremor não cessava
A gente pasmava, andava
Com medo, morte esperando...
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sexta-feira, 24 de abril de 2015
Carmim...
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quinta-feira, 19 de março de 2015
Ôxe! Tabacudos...
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sábado, 22 de novembro de 2014
Volteio...
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terça-feira, 9 de julho de 2013
Repente no Facebook
Ronaldo Rhusso:
Qual tás tu, mestre Camelo?
Eis que as preces vão subindo
e teu fã aqui pedindo
novas qual anjo sem sê-lo...
Haverá alguém com zelo
a dizer de teu estado?
Que por D’us ‘tejas cuidado,
mas ainda entre nós
teus alunos que a sós
teus versos têm ansiado?
Qual tás tu, Paulo, o doutor
dos versos padronizados;
dos Sonetos rebuscados?
Tu que rimas dor e ardor;
rimas gris com viva cor;
que compões com grande astúcia
versos para Carmen Lucia
quem por trás do doutor mestre
forte e rara qual cipreste
livra-o de toda súcia...
Qual tás tu, há quem o diga?
Estás só convalescendo
com a mente aquecendo
dando fruto feito espiga
cujo grão bonito instiga
a criar com maestria
verso que faz noite dia?
Ou será que teu estado
inspira maior cuidado?
Temo eu e a Poesia...
Paulo Camelo:
Eu estou quase sarado,
amigo Ronaldo Rhusso.
Me dói somente se eu tusso
a cicatriz. Já curado,
eu ando pra todo lado,
mas não corro, ainda, não.
Pra dirigir, meu irmão,
minha família não deixa,
mas essa é só uma queixa
que eu deixo logo de mão.
Uma hernioplastia
é cirurgia pequena.
O anestesista - que pena! -
quase não ganhou. Eu via
quase tudo, eu não dormia
- ou imaginava assim -
tudo passava por mim
e eu ouvia quase tudo.
Em dez minutos, contudo,
tudo chegou a seu fim.
E agora, ainda parado,
sete dias de licença,
não há ninguém que convença
ficar apenas deitado.
Não vou ser equiparado
a um carro na oficina.
A medicina me ensina
que o exercício me ajuda.
Num instante tudo muda,
assim diz a medicina.
Ronaldo Rhusso:
Tu és forte, és cientista!
Sabes do melhor cuidado;
sabes que ficar deitado
pra dormir há quem resista,
mas saúde logo dista
se é vã a permanência,
visto dizer a Ciência
que o leito em via extensa
mata mais do que a doença
ou promove a indolência.
Resta agradecer a D’us,
grande cientista mor,
que nos conhece de cór
(somos todos filhos Seus,
crentes ou mesmo os ateus).
Ele cuida, Ele doutrina
e concede cada sina
tanto quanto suportamos.
Há na alma dos humanos
a essência, sim, divina!
Já que vejo, e de bom grado,
que te recuperas bem
em uníssono o Amém
com o anjo do teu lado
é meu “silencioso brado”!
Vamos, então, adiante
nesse versejar grimpante,
pois se pára a Poesia
vai-se junto a alegria;
vai-se o belo doravante...
Paulo Camelo:
Poesia eu sempre tenho
mas me falta inspiração
de vez em quando, ou então
já não é forte o engenho.
Entanto, nisso me empenho
e adiante eu vou andando,
mesmo agora, mesmo quando
a inspiração me faltou.
dou a volta e alço voo
e vou-me embora voando.
Ronaldo Rhusso:
Inspiração é donzela
envolvida em timidez
que reluz, tem bela tez,
mas esconde-se da tela.
Não se da em passarela,
mas na mente do poeta,
ei-la tenra e irrequieta
saltitando qual menina
que sua parte mais fina
não esconde, não, não veta!
Paulo Camelo:
Inspiração é também
a espera da estrela guia,
ver estrela à luz do dia,
e não correr de ninguém.
Inspíração é um bem
que a todos nós, quando falha,
a mente logo embaralha
e o lápis pesa na mão.
Mas me chega a inspiração
e eu caio na mesma malha.
Inspiração me transforma
em um menino, um moleque.
Eu vejo Marli Bulek
e insisto na velha norma:
aqui ninguém se conforma
em vê-la longe de nós.
Não tem contra, só tem prós
e você de voltar trate.
Poeta do seu quilate
é raro, ouça essa voz.
Ronaldo Rhusso:
Já eu trago essa danada
em rédea curta demais
ela, então, me satisfaz
qual me fosse enamorada,
nunca ficando amuada...
No entanto a mente acusa:
“essa moça é quem me usa”!
E eu aqui, pobre iludido
vou rimando repetido
em Redondilha difusa!
Nilza Azzi ...
“que compões com grande astúcia
versos para Carmen Lucia
quem por trás do doutor mestre
forte e rara qual cipreste
livra-o de toda súcia...”
Estes versos ficaram perdidos lá no início do repente, mas em minha opinião são uma pérola.
Paulo Camelo:
E a redondilha eu sustento
e vou além - penso: quase! -
para chamar Nilza Azzi
e ela meu pensamento
já leu e nesse intento
veio antes que eu chamasse.
Poeta de muita classe
é assim: chega depressa.
Não é àquela. É a essa
que eu cuido não me embarace.
Nilza Azzi:
Chamou, entanto eis-me aqui!
gritando qual bem-te-vi,
ao defender território.
Junto a talento notório,
nem sei que faço da vida,
mas sou muito empedernida,
se me assopram, vou c’o vento.
Ronaldo Rhusso:
Marli Bulek acompanha
e Nilza Azzi elogia.
Essa tem co’a Poesia
amizade e muita manha!
Pois eu digo: não se acanha
quando o caso é um Repente!
Ela demonstra pra gente
que tem toque imensurável
versejando irretocável
pondo pra longe o plangente!
Nilza Azzi:
Sim, é fato, eu digo, quase,
não passo uma hora ou dia,
sem tratar co’a poesia,
sem dela me aproximar.
Ela tem o seu lugar
de honra, é a companheira
e, se leva a dianteira,
só não me ganha do amor.
Digo isso, sim senhor,
pois o Amor é a minha eira.
Ronaldo Rhusso:
Desembesto e vou rimando
Matando dor e saudade
Porque a vida é brevidade
Não se cansa, vai passando
Enquanto fica-se olhando.
Eu na serra vendo o mar
E esse frio a me “queimar”,
Mas sou grato e com ardor,
Porque quando vem calor
Não consigo suportar!
Paulo Camelo:
Só não me deixou a arte,
porque esse tal de engenho
- inspiração - eu não tenho
há muito tempo. Destarte,
eu olho pra toda parte
e a procuro pra voltar,
chamo, imploro, tomo ar
e vou chamá-la de novo.
Quem sabe um fôlego novo
eu encontro? Vou tentar.
Nilza Azzi:
Doutor Paulo, pois que atente,
que logo retoma o jeito
e faz um verso de efeito,
daqueles que ninguém faz
com tanto jeito e nos traz
enlevo pelo improviso...
Esqueça um pouco o juízo
e trabalhe no descanso
mande pra longe esse ranço,
pois repentear é preciso.
Paulo Camelo:
Que jeito que eu vou tomar,
se não me chega a danada,
se já não escrevo nada
que me agrade? Vou tentar
outra vez, pra não parar,
mas é difícil dizer
que essa tal quer fazer
algo comigo. E eu com ela
também quero fazer trela,
mas não sei se vou poder.
Ronaldo Rhusso:
Tentativa sucedida
Muito bem eu reconheço!
Tu tens dela grande apreço,
Visto ser a tua vida.
Poesia é tua guarida
Forte, certa... É companheira!
Não te deixa na traseira
Dessa lida às vezes dura
E outras vezes com ternura.
Poesia é mãe primeira!
Nilza Azzi fala forte
porque tem a valentia
em rima que, luzidia,
lhe traz muso por consorte
e, eis, escreve por esporte!
Eu aqui esmerilhando
minha mente vou rimando
lembrando tempo bonito
que deixava o infinito
mui mais perto, mui mais brando...
Paulo Camelo:
Mui mais perto, mui mais brando,
mui mais forte, bem o sei.
Vocês dois fazem a lei
e eu, por meu lado, contando
as vezes em que meu comando
me deixa escrever assim.
Um repente é mais um fim
que eu dou à inspiração.
Nilza e Ronaldo, esses não
têm problemas, fazem, sim.
Nilza Azzi:
O problemas logo esqueço:
repente tá no meu sangue,
como o lodo está no mangue...
Vacilando no começo,
logo acerto, o estro aqueço
e, embora meio sem treino,
nas rimas pobres me embrenho,
mas não ligo muito, não...
O que vai no coração
me vale, é tudo que tenho.
Paulo Camelo:
Nilza Azzi começou
mas retirou o seu verso.
Creio eu que esteja imerso
em um mistério. Esse eu vou
esperar que saia. Estou
há muito tempo escrevendo
e a mente vai encolhendo
e já não sai quase nada.
O que é que eu faço, danada,
pra não fazer mais remendo?
Ronaldo Rhusso:
Fazemos como impelidos
Por impulso diferente
Que nos faz um c’o repente
E nos deixa estarrecidos!
Poetas ensandecidos,
Ávidos pelo rimar
Sonho com realizar,
Riso com a tempestade,
Choro com linda amizade,
E esmero com amar!
Nilza Azzi:
O que faz um bom repente
é sempre essa liberdade
e nos julgar, ninguém há-de,
por nosso impulso e avidez...
O que se aprende uma vez,
como andar de bicicleta,
na poesia é como seta;
na memória fica inscrito
e, se o poema é bonito,
o leitor jamais nos veta.
Ronaldo Rhusso:
O que faz um bom repente,
Dou a minha opinião,
É pegar o sol co’a mão
E beijar a Lua ardente.
É pensar tão diferente
Que deixe escandalizado
Esse mundo apavorado
Com as guerras e conflitos.
Nós soltamos nossos gritos
E eis o mundo iluminado!
Paulo Camelo:
E chegou a minha vez:
O que faz um bom repente
a sustentar essa gente
em frente à tela? Estes três
escrevem tanto e - talvez -
escrevam mais e melhor
sem esquecer, bem de cor,
tudo que nos vem à mente.
O que nos faz um repente?
Faz isso tudo... e melhor!
Paulo Camelo, Ronaldo Rhusso e Nilza Azzi
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sábado, 5 de maio de 2012
Realidade...
(reloaded)
Sei que anjos veem distante,
Mas cadê que eles se enxergam?
E quando suas asas vergam
Pode haver ser mais massante?
Não suportam nem rasante...
Já não pode proteger
A si mesmo ou outro ser,
Pois com fim já decretado
Vai definhando calado;
Vai morrendo sem morrer.
Anjo velho e imprestável
É enfado ao Universo!
Antissocial, disperso
Do real. Que lamentável!
O passado, memorável,
Fica até envergonhado!
Fica desmoralizado
Pelo atuar escasso
Coroado de fracasso
Digno de ser lamentado...
Sobe frágil a montanha
E o olhar fica perdido
Fixo em algo já vivido:
Em uma antiga façanha
Que foi grande, foi tamanha
A ponto de ser lembrada,
Mas que já não vale nada
Porque sabe em seu eu
Que passado é pra museu
E pra alma amargurada...
Homem Raio envelhece
E se torna olvidado.
Sabe que ser rejeitado
É algo que lhe acontece
Porque de fato merece.
Sabe que não tem futuro
E que mesmo sendo duro
Escutar o coração
A dizer-lhe um outro não
É melhor que um sim escuro...
Resta-lhe olhar pra frente
Porque ele ainda tem brio
E encara a sangue frio
Sua condição recente,
Pois se é anjo é decente
Mesmo velho e dispensável.
Anjo é sempre um ser amável
E consegue até sorrir
Do inútil existir;
Tem um humor invejável!
Quando declarou amor
Uma ou outra vez na vida
Foi um sentir sem medida
Cheio do mais puro ardor
Do tipo que dói sem dor!
Para toda uma existência
Amar e com excelência
Duas vezes é tão raro
Que para encerrar declaro:
É uma linda experiência!
Ronaldo Rhusso
Mas cadê que eles se enxergam?
E quando suas asas vergam
Pode haver ser mais massante?
Não suportam nem rasante...
Já não pode proteger
A si mesmo ou outro ser,
Pois com fim já decretado
Vai definhando calado;
Vai morrendo sem morrer.
Anjo velho e imprestável
É enfado ao Universo!
Antissocial, disperso
Do real. Que lamentável!
O passado, memorável,
Fica até envergonhado!
Fica desmoralizado
Pelo atuar escasso
Coroado de fracasso
Digno de ser lamentado...
Sobe frágil a montanha
E o olhar fica perdido
Fixo em algo já vivido:
Em uma antiga façanha
Que foi grande, foi tamanha
A ponto de ser lembrada,
Mas que já não vale nada
Porque sabe em seu eu
Que passado é pra museu
E pra alma amargurada...
Homem Raio envelhece
E se torna olvidado.
Sabe que ser rejeitado
É algo que lhe acontece
Porque de fato merece.
Sabe que não tem futuro
E que mesmo sendo duro
Escutar o coração
A dizer-lhe um outro não
É melhor que um sim escuro...
Resta-lhe olhar pra frente
Porque ele ainda tem brio
E encara a sangue frio
Sua condição recente,
Pois se é anjo é decente
Mesmo velho e dispensável.
Anjo é sempre um ser amável
E consegue até sorrir
Do inútil existir;
Tem um humor invejável!
Quando declarou amor
Uma ou outra vez na vida
Foi um sentir sem medida
Cheio do mais puro ardor
Do tipo que dói sem dor!
Para toda uma existência
Amar e com excelência
Duas vezes é tão raro
Que para encerrar declaro:
É uma linda experiência!
Ronaldo Rhusso
domingo, 8 de abril de 2012
Por amor...
Se eu rimar fome com dança
É de fato um fato e tanto!
Se virar ponta de lança
É mui forte, o choro, é pranto!
Quero o peito, qual criança!
Quero longe o desencanto.
Se eu percebo que ela avança
Eu prometo ser mais santo.
Vida minha onde tu tás?
Onde aquele teu sorriso?
É somente o que eu preciso;
E o restante tanto faz.
Abre a porta um pouco mais
Que eu, por ti, rimo conciso.
Ronaldo Rhusso
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Ronaldo Rhusso
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Perguntas...
É meu passo tão ligeiro
que não vês a silhueta
Quando, em meio à pirueta,
te ofereço, assim, certeiro,
cada verso, por inteiro,
ao dizer-te: agora, prenda,
não te canses, reprimenda
é pra mim somenos fato,
menos ‘té que o desacato,
pois que sou difusa lenda?
É meu canto exagerado
tanto que te tome a fala
e assim como quem resvala
no auspício do passado,
mas que, frágil, deu errado,
rouba o fôlego, sobejo
d’outro dia de festejo
no qual tínhamos um plano
que era pleno e ledo engano
e te assusta nesse ensejo?
São meus sonhos só quimeras
tão menores que a violência
do negar-me a anuência,
tu, que sempre assim quiseras
mas me jogas cedo às feras
como quem perde a memória
esquecendo que a história
está dentro de tua mente
desejando, num repente,
relembrar de cada glória?
São meus versos desprezíveis
para que me negues vida,
tu que não tivestes brida
com desejos impossíveis,
mas pra mim sempre aprazíveis,
visto serem meu remédio
contra o vil e enorme tédio
nos momentos de loucura
procurando, em vão, a cura
que afastava o mau assédio?
É ou são? Tu me respondas
antes que me nasçam asas
e por sobre algumas casas
te procure como onda
que ligeira vai e sonda
o rochedo grande e duro
que parece mais um muro,
mas aos poucos vai cedendo...
Posto que esteja morrendo,
com mi’a luz acendo o escuro!
Ronaldo Rhusso
que não vês a silhueta
Quando, em meio à pirueta,
te ofereço, assim, certeiro,
cada verso, por inteiro,
ao dizer-te: agora, prenda,
não te canses, reprimenda
é pra mim somenos fato,
menos ‘té que o desacato,
pois que sou difusa lenda?
É meu canto exagerado
tanto que te tome a fala
e assim como quem resvala
no auspício do passado,
mas que, frágil, deu errado,
rouba o fôlego, sobejo
d’outro dia de festejo
no qual tínhamos um plano
que era pleno e ledo engano
e te assusta nesse ensejo?
São meus sonhos só quimeras
tão menores que a violência
do negar-me a anuência,
tu, que sempre assim quiseras
mas me jogas cedo às feras
como quem perde a memória
esquecendo que a história
está dentro de tua mente
desejando, num repente,
relembrar de cada glória?
São meus versos desprezíveis
para que me negues vida,
tu que não tivestes brida
com desejos impossíveis,
mas pra mim sempre aprazíveis,
visto serem meu remédio
contra o vil e enorme tédio
nos momentos de loucura
procurando, em vão, a cura
que afastava o mau assédio?
É ou são? Tu me respondas
antes que me nasçam asas
e por sobre algumas casas
te procure como onda
que ligeira vai e sonda
o rochedo grande e duro
que parece mais um muro,
mas aos poucos vai cedendo...
Posto que esteja morrendo,
com mi’a luz acendo o escuro!
Ronaldo Rhusso
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