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domingo, 15 de março de 2015

Uma fábula do tempo...


A Casa da Dona Catita é casa onde a dança não falta e tem duas cores no ar! E tudo é questão de ambiente: no claro o engodo é sensível, provoca o sentir compaixão, qual fosse de bons ancestrais: os índios e negros servis...
No escuro, oh! Na sombra o calor parece que vem do vulcão e esquenta os miolos, pois tem alguns requisitos que faz o incauto sorver o fedor e achar que não deve sair, pois sombra é má quando quer e ampara o receio na cor clara que é só onde estão os chefes desse bando!
Não pense que essa casa é só alumbramento ou mesmo um bom delírio! É casa que se põe como o birô central do dono desse mundo ou das mentes que dormem...
Catita tá nos nomes, nos sons e nos sentidos que sabem dividir o ser humano em muitos frangalhos encapados de pele dominada...
É bom? Pra uns. Praqueles que dominam cada mulo e querem dividir a sua culpa quando o ponteiro da existência atingir a meia noite e os cansados e cansáveis terão que apresentar os seus crachás que foram preenchidos com atos e omissões, palavras, pensamentos, pois a sabedoria que não vem lá da Fonte onde o relojoeiro faz questão de doar a quem merece ou não, mas sabe do relógio tem preço: sangue limpo!
Importa se os tambores não param de tocar? Importa se os leitores não sabem decifrar sinais que lhes impregnam o ínfimo suspiro? ...
Escolhas vêm da Fonte e a semeadura ensina uma lição: arroz plantou, não colhe alface nem feijão...
Catita é rata e é praga! Não é um ser daqui! É Allien se quiser pensar assim, não ligo.
Catita é coisa que, pior que um veneno ou carcinoma agudo, estraga esse Universo...
Vaza de Catita enquanto é tempo! Enquanto o ponteiro se desloca em paz e no controle, pois o relojoeiro é, sim, atemporal e faz seu próprio tempo...

Ronaldo Rhusso