A Casa da Dona
Catita é casa onde a dança não falta e tem duas cores no ar! E tudo é questão
de ambiente: no claro o engodo é sensível, provoca o sentir compaixão, qual
fosse de bons ancestrais: os índios e negros servis...
No escuro, oh!
Na sombra o calor parece que vem do vulcão e esquenta os miolos, pois tem
alguns requisitos que faz o incauto sorver o fedor e achar que não deve sair,
pois sombra é má quando quer e ampara o receio na cor clara que é só onde
estão os chefes desse bando!
Não pense que
essa casa é só alumbramento ou mesmo um bom delírio! É casa que se põe como o
birô central do dono desse mundo ou das mentes que dormem...
Catita tá nos
nomes, nos sons e nos sentidos que sabem dividir o ser humano em muitos
frangalhos encapados de pele dominada...
É bom? Pra
uns. Praqueles que dominam cada mulo e querem dividir a sua culpa quando o
ponteiro da existência atingir a meia noite e os cansados e cansáveis terão que
apresentar os seus crachás que foram preenchidos com atos e omissões, palavras,
pensamentos, pois a sabedoria que não vem lá da Fonte onde o relojoeiro faz
questão de doar a quem merece ou não, mas sabe do relógio tem preço: sangue
limpo!
Importa se os
tambores não param de tocar? Importa se os leitores não sabem decifrar sinais
que lhes impregnam o ínfimo suspiro? ...
Escolhas vêm
da Fonte e a semeadura ensina uma lição: arroz plantou, não colhe alface nem
feijão...
Catita é rata
e é praga! Não é um ser daqui! É Allien se quiser pensar assim, não ligo.
Catita é coisa
que, pior que um veneno ou carcinoma agudo, estraga esse Universo...
Vaza de Catita
enquanto é tempo! Enquanto o ponteiro se desloca em paz e no controle, pois o
relojoeiro é, sim, atemporal e faz seu próprio tempo...
Ronaldo Rhusso