quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Inocência em quatro patas...






Quando eu me aproximo a festa é certa!
Ele sorri em saltos para os lados.
Alerta a vizinhança em hora incerta;
Os seus latidos são alegres brados!

Eu mesmo não entendo: ele acerta!
Pois sempre que são muitos meus enfados
Seu gesto de amizade desconcerta
E vejo um céu real em seus agrados...

Tomara que ele viva a Eternidade
E me conceda mais ensinamentos
Que me  tornam um ser bem mais humano!

Mesmo quando lhe tolho a liberdade
Percebo-lhe inocente e seus atentos
Olhos fiéis me amam sem engano...



 


SEM PIEDADE!





Eu via a alma pura de menina
brincando como quem bebe da vida
a seiva, o mel que escorre e que convida:
“ - Vem cresce! Vem se torna feminina”!

E logo já não era pequenina!
O olhar: filho do Sol! Pouco vivida,
mostrava as curvas em hora indevida
e o mal lhe olhava com fome leonina...

Até tentei dizer-lhe: “minha filha,
o mundo é lindo, mas a complacência
com o desconhecido é perigosa”!

Contudo, é fato, quando a tez fervilha,
um gole errado...  Vai-se a inocência!
E a mente que espreitava ri jocosa...