terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Desnudo...

esta dolor,
esta angustia,
esta falta de te...
Dejo caer
mis versos
en forma de lluvia
cayendo de mis ojos
delindo tristeza
en la preparación
del camino para nuevos sueños ...

Ronaldo Rhusso



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Do lúgubre


Bebi madrugada e nada me é frio;
é rio corredeira, é pasto molhado
e o gasto com tudo é quase um dilema
que corta o caminho e traça outra sina
a ser desdenhada a ferro sem fogo!

Aperto meu passo porque vem o dia
e eu, ser noturno, no turno que chega
decido ser nada ou ser transladado
a outro Universo, sem a percepção
que sente-se aqui em plena alvorada
voraz, vil valente que vem me varrendo...

Ronaldo Rhusso



 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Céus!



Na porta aberta eu vi sutil beleza
que vinha lá de dentro precedida
por um olor de flor que foi colhida
por Alguém sábio e cheio de destreza...

A alma dentro em mim tornou-se acesa
e conta não se deu, ficou perdida;
sentiu do dia mau a despedida;
sentiu novo banquete posto à mesa...

O brilho que se deu na aparição
causou até vertigem em minha alma
que num momento viu sumir o chão!

Tentei sorver o tempo com mais calma,
mas ele acelerou com efusão
quando ela me beijou sem dor, sem trauma...

Ronaldo Rhusso



 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Loucura em desamor...



Navego... Não nego: viajo sorrindo


e se eu não renego o meu tino é destino


sem fato! Sem data marcada ou sem lema...





Trafego e me pego apagando, delindo


e o céu vai se abrindo


e ainda vou rindo, vou indo, vou indo...


Que lindo!





Eu vi que você não me ama


e nem trama, na cama, deitar sua flor...





Oh! Dor, desamor, desfavor, desodor


que nem soube existir... E daí?


Vou seguindo, sorrindo, vou indo


e me blindo outra vez e de vez


com a tez enrugada do sal


que me escorre e decorre do tento


encerrado e sem ar vou pro mar expirar,


inspirar ou pirar... Ou pular


dentro em mim e dizer:


“ – Putz! Fim”!





Ronaldo Rhusso



Em homenagem ao poeta Vinícius Garcia e seu poema "Igual"!
Parati/RJ




 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Estupefato!


Acendo um sorriso ímpar em sua face
E vejo-me em espelho, emoldurado
Por luzes que percorrem todo o enlace
E o encanto escorre em mim feliz, molhado...

Deveras sou-lhe escudo, desenlace.
Protejo-lhe com corpo já cansado,
Mas sou o seu vassalo, oh! Me abrace,
Pois tépido é seu seio a mim guardado...

Há horas que lhe espero no Universo
E sinto que nós somos gêmeas almas,
Porém sem redundâncias, quase traumas...

Daria a você meu melhor verso
Acaso eu fosse um bardo não disperso
E fossem nossas fases bem mais calmas...

Ronaldo Rhusso