segunda-feira, 11 de julho de 2011

O SEGREDO

I

Eu não sou muito bom para segredos...
Ai! A língua me coça; eu vou contar:
Não importa o maior desses teus medos;
Não importa que tempo ou que lugar,

Ele está muito além de vil degredos;
Ele está mais aberto, oh, sim, que o mar!
E conhece teu ser, qual eu aos dedos
Os quais eu uso até para contar.

É cansaço o problema? Então entendas:
Não se busca Esse Ser para possuir
O que a mente lhe diz ser necessário.

Eu espero que tu, por fim, compreendas
Que Ele é a razão do existir
E buscá-lo é sorver o Dom primário.

II

Já pensaste quão triste é alguém olhar
Para ti e medir o teu valor
Pelo que tu possuis para doar
Ao invés de olhar-te com amor?

É assim, oh, que a Ele eis a buscar
Quem O vê como Alguém a se dispor
A fazer real todo o desejar
Egoísta que é fato um desfavor...

Ser ou ter? Descobriste o meu segredo?
Vou a Ele por ser abençoado
Ao sorver Sua doce companhia.

No restante, aprendi (e não foi cedo),
Haverá de ocorrer-me o ansiado
De uma forma melhor que a que eu queria!

Ronaldo Rhusso

Um comentário:

Unknown disse...

É interessante isso, porque parece que Ele nos deixou, mas na verdade, nós é que tentamos nos afatar Dele, por nosso orgulho. Mas, é como na conhecida parábola do filho pródigo: no fim, se quisermos voltar, Ele vira Seu rosto para nós e nos restaura.