Não tenho tempo para flores,
amores, cores, dores novas!
Não gosto de palavras duras,
puras, juras e curas frágeis...
Orquídea, sois assim tão triste!
Sois linda e tão perfumada...
Quem ao vosso olor oh! resiste?
Só existe e em riste esse dedo
que aponta outra ponta deixada...
Os meses transcorrem e é fato:
sou nato, sou vate e o recato
não cuida que sou de outra era;
quimera austera e sofrida
sem brida, sem lida tranquila...
Cavilas e a fila? Essa anda!
Quem manda abranda em palavras
das lavras e entravas complexas
anexas ao meu pensamento.
Sou vento, unguento e outro tanto!
Ao pranto quebranto, sou forte!
Consorte de porte bonito,
sou mito e me espalho no Encanto
com letras, sem tretas... Poesia!
Havia! Dizia Leninha
que é minha até Eternidade...
Ronaldo Rhusso
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