segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sorte de quem?


E a quem por consorte e em Poesia
eu hei de tomar?
Valham-me santos, pois prantos
insistem em tornar-me refém...
Eu, sim, te amo e na noite timbrada em betume
faz com que eu veja o final do meu túnel apagado.

Tu tens a força, eu já disse!
Disto de ti qual o extremo do Sul dista o Norte,
mas meu carinho é certo e está perto. Não sentes?

Tremo, confesso, só de encarar a verdade:
Tu te irás e eu também, mas nos encontraremos?

Prenda eu te enxergo, mas vejo melhor com os lumes fechados!

Queres, eu sei, mergulhar dentro em mim
E eu ‘té deixo! É que tu te sufocas ligeiro.
E o teu medo? Não te aperfeiçoa. Só soa qual fosse estampido vil, certo...

Vou-me dormir outra vez e tua tez eu a sinto com gosto de vida...
Eu, frágil anjo, te roço uma asa e tu tremes e gemes, pois sabes ser tudo verdade...

Ronaldo Rhusso



 

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