Ainda falando de Elisão em
Alexandrinos deixo as dicas:
- Jamais
termina-se o 1º HEMISTÍQUIO, que é o espaço compreendido da 1ª até a 6ª sílaba
poética (entendida como ponto de CESURA - logo após a cesura dá-se início ao 2ª
hemistíquio) utilizando-se de palavra proparoxítona.
- Ao término
do 1º HEMISTÍQUIO, com palavra paroxítona terminada em vogal, é necessário que
a próxima palavra comece com uma vogal átona ou consoante muda (h) para haver a
elisão.
No Quarteto acima em versos
Alexandrinos podemos ver as rimas internas nas sextas sílabas ou finais de cada
primeiro hemistíquio:
Vai procurar
no Aurélio ///// E não demora, amigo
O que se quer
dizer ///// “ela é ferro e fogo”
Vai procurar
saber ///// esse é meu forte rogo
Por que o Sol
é Hélio ///// e tem “u” no umbigo.
Eu usei esse
expediente de rimas internas, também, no poema do dia 1º.
Com isso
encerro meu arrazoar básico acerca de versos Alexandrinos lembrando que não
precisa, necessariamente, ter esse tipo de rima interna, mas fi-lo para tornar
mais perceptível para quem está relembrando ou aprendendo essa metrificação.
Nasceu em 3 de
maio de 1910 o lexicógrafo, professor, ensaísta e crítico literário Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira. Esse mesmo, o cara do dicionário! Alagoano cabeção
de verdade! Aos 14 anos já dava aulas de português! Miseravão...