terça-feira, 24 de abril de 2012

Nossa!




Vejo a vida de olhos abertos
e desânimo me sobra...

Cara! Como pode respirar e nem ser grato a Deus?
Quanta gente está deitada numa cama de hospital
recebendo o ar contínuo vindo de tubos gelados?


Eu entendo a humanidade como uma criança entende
Raiz cúbica de “x” elevada a tantos mil...

Cemitérios não comportam tanta gente que desanda
a desvalorizar vida, dom que é lindo e muito caro!

Vejo a vida de olhos fechados
e meus sonhos me aprazem...


Ronaldo Rhusso

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Carta de amor...

Hoje eu vi que você já não é mais
A criança mimada que eu criei
Derramando poemas sobre seu
Relicário mental, castelo lindo!
Hoje eu vi que seu corpo não é mais
Confusões hormonais, nem trivial.
Onde aquela menina se escondeu?
Onde o riso de Lua deu lugar
Para o riso de Sol que faz tão bem
E que faz o arrebol se iluminar?

Quero tanto que sejas mais feliz
Do que a mera palavra quer dizer!
Quero tanto que o tempo que sorri
Não derrame uma penca de ilusões
Sobre a mente que ainda não cresceu
E que sonha com o azul de lá do céu...

Hoje eu tento não ser mais seu herói
Porque sei que meu super ser morreu
E não poderá mais lhe proteger.

Quando o vento ruim lhe assustar
Lembra tudo que um dia lhe falei.
Lembra como você se aborreceu
Porque eu quis lhe contar que o mal é fato.
Lembra que eu lhe fiz dormir mais cedo
Quando cada sermão durou demais,
Mas não deixa seu riso se perder
Co’a investida de quem não lhe faz jus...

Eu lhe amo e bem sabe que nem sei
Demonstrar como eu sempre tentei.
Não esquece que estou ainda aqui
Para dar minha vida por você...


Ronaldo Rhusso





domingo, 22 de abril de 2012


Hoje não mais...

Estorno o decorrer da Ode antiga...
De longe o leve voo da borboleta
É algo que me põe em transe, ainda!
Que coisa estranha e linda ao mesmo tempo!

Desmancho meus castelos lá nas nuvens
E é certo que o pra sempre se acabou...

Não durmo mais no claro e, é claro, eu temo
O que pode atingir o pensamento.

Eu vi quem me jurou haver sentido
Nas letras espalhadas pelo vento
E que formaram versos ansiosos...


Percebo que à deriva as naus se entregam
Ao sopro desse vento que é mordaz...

Vai ver, daqui de cima dessa pedra,
O mar já não parece mesmo o antigo...

Se o frio não me trouxesse o sal que arde
E gruda em minha pele nesse instante

Decerto eu voltaria pra Trindade...

Ronaldo Rhusso



Muito...




A minha noite vai, mas depois volta,
Embora eu abomine as suas cores...
Quem quereria um cinza por escolta
Ou mesmo um cor de rosa em meio a dores?

A minha noite é fria e, eis, que revolta
O ser que há em mim. Té murcham flores
Do meu jardim interno e ele me solta
Dessa catena, o olor dos dissabores...

Passei, talvez, por horas destemidas
Que não pouparam minha juventude
E me trouxeram sombras amiúde.

Mas tu és dia lindo e as mal dormidas
E frias noites vão ser percebidas
Apenas por quem não vir que em ti pude...

Ronaldo Rhusso


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fique atento!




Outro Sábado santo e necessário...
Outra chance de ver que esse presente
É sinal do cuidado tão latente
Contra o mal do cansaço... Temerário.

Nesse mundo onde o amor é tão precário,
Eis no Sábado, qual colo de um Ente
O regaço que assinala, certamente,
Quem são os Seus e no mal remam contrário...

Um Profeta¹ afirmou lá no passado
Que alguém haveria de mudar
Lei e os Tempos no intento de enganar.

Pensa bem, mas reflita com cuidado
Pois o cerco já fecha e o meu recado:
“Oh! Não deixe o domingo² lhe marcar”!

Ronaldo Rhusso


¹“E proferirá palavras contra o Altíssimo,... e cuidará em mudar os tempos e a lei;” Daniel 7:25

² Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. Apocalipse 13:17.

Sinal = domingo
nome = anticristo
número = 666 = VICARIVS FIILIS DEI


Some os números romanos correspondentes ao título do representante da besta:

V = 5
I =   1
C = 100
A
R
I =  1
V = 5
S

F
I  = 1
I  = 1
L = 50
I  = 1
S

D = 500
E
I = 1
__________
=  666




quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um pouco mais...



É híbrido o sentir de poeta!
É forte essa fé que o move
E o demove do mal...

É forte a palavra correta!
É híbrido e tanto comove


É santa essa cena que eu vejo
E o ensejo para me curvar
É profundo e eu aceito!

É forte essa dor que suporto!
É Santo Esse Ser que socorre minh’alma...

É sim para a vida que eu digo!
É sim, eu me sinto cansado
E o enfado me segue...

Paciência...

Ronaldo Rhusso



I(n)diocracia...




I(n)diocracia...



Perdeu, playboy de penas na cabeça!
Um dia pra você... Qual o sentido?
É como ser sem ser (nunca ter sido),
E não querer que o mundo lhe esqueça...



Você é estranho, então, antes que cresça
O seu costume antigo (que eu olvido)
De preservar, cuidar, tão decidido,
Curte seu dia e, após, desapareça!



A gente usa tanga, dança e ri,
Mas verbo destruir nos dá tezão!
Usamos um tacape em cada mão!



O fato é que, de fato, aqui e ali
Nossas fogueiras ardem e o que eu vi?
Você sumindo aos poucos da nação...



Ronaldo Rhusso



Não adianta...



Voltaste, eu vi! Que bom! Foi a saudade?
Por que te atrai meu ser te é questão,
Porque sou mesmo assim: meio razão,
Mas a loucura ocupa outra metade.

O que te deixa triste? A dor que invade
Ou não saber de onde ela vem, ou não?
Eu sei o que é ruim na vil paixão:
“A solidão que fica”. Isso é maldade...

Talvez amar sem ver seja doença
E tudo seja só mera quimera...
Talvez o Sol nem seja o Sol que era...

O certo é que qual seja a nossa crença
Não vai mudar, fazer a diferença;
O amor vem quieto e, rápido, ele impera!

Ronaldo Rhusso


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem medo...




Não vi, mas cri e é fé e eu sei: tu tens.
Sorvi, gozei, gostei, achei demais!
Senti, doeu, chorei... Que mal! Não vens?
Parou, que bom! O medo é tão fugaz!

A noite sempre vem e aqui me tens
Num frágil dar de mim, talvez demais...
Cadê os anos bons se nem tu vens?
Amor não é assim assaz fugaz...

Quando é que tu vais saber te entregar
Sem ter pudor, sem que a dor possa vir?
Quando é que eu passarei a existir?

Quando é que tu vais te dar sem cobrar
Algo de mim que eu nem posso te dar?
Vem ser feliz, vem ter paz, vem dormir...

Ronaldo Rhusso


terça-feira, 17 de abril de 2012

Um só de amor...


I

Os olhos lá do Sul percebo aqui.
Contemplam cada Eu exposto ao vento
E eclodem nesse azul, qual nunca vi,
Do Dom que D’us me deu: real fomento...

No Norte ou no Sul mui penso em ti
Completando meu eu, me dando alento,
Ornando em tom azul e nem bem cri:
Coragem ‘té me deu nesse momento...

Juntei o Sul com o eu e o azul que deu.
Alento tive em ti, o par de olhos,
Que é vento que nem vi: lembrou-me Abrolhos...

No Norte pouco cri... é assim meu eu.
Fomento que esperei, aconteceu
Momento novo aqui: amar-te aos molhos.

II 

Os olhos lá do Sul
Contemplam cada eu
E eclodem nesse azul
Do Dom que D’us me deu.

No Norte ou no Sul,
Completando meu eu,
Ornando em tom azul...
Coragem ‘té me deu!

Juntei o Sul com o eu.
Alento tive em ti
Que é vento que nem vi!

No Norte pouco cri...
Fomento que esperei:
Momento novo aqui.


III

percebo aqui
exposto ao vento
qual nunca vi
real fomento...

mui penso em ti
me dando alento
e nem bem cri
nesse momento...

e o azul que deu
o par de olhos
lembrou-me Abrolhos...

é assim meu eu:
aconteceu
amar-te aos molhos!

 Ronaldo Rhusso