domingo, 22 de abril de 2012


Hoje não mais...

Estorno o decorrer da Ode antiga...
De longe o leve voo da borboleta
É algo que me põe em transe, ainda!
Que coisa estranha e linda ao mesmo tempo!

Desmancho meus castelos lá nas nuvens
E é certo que o pra sempre se acabou...

Não durmo mais no claro e, é claro, eu temo
O que pode atingir o pensamento.

Eu vi quem me jurou haver sentido
Nas letras espalhadas pelo vento
E que formaram versos ansiosos...


Percebo que à deriva as naus se entregam
Ao sopro desse vento que é mordaz...

Vai ver, daqui de cima dessa pedra,
O mar já não parece mesmo o antigo...

Se o frio não me trouxesse o sal que arde
E gruda em minha pele nesse instante

Decerto eu voltaria pra Trindade...

Ronaldo Rhusso



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