sexta-feira, 13 de abril de 2012

Trabalho escravo, não! Mas para aprender ganhar o pão...






No profundo d’alma aflita
Uma voz mui suplicante
Num esforço grande grita
Pela mão reconfortante.

Ela clama angustiada
Por socorro, por amparo;
Clama querer ser amada...
Esse sentir, hoje raro.

É a alma de criança
Que, sim, pode trabalhar,
Porém com a confiança
De que não vão explorar.

A criança pela rua
Ou brincando em frente a tela
Fica com a mente nua
E talento não revela.

Trabalhei foi desde os dez
E que bom me foi, garanto!
Tive bola nos meus pés
Prancha, skate e outro tanto.

Curti bem adolescência
E até repetiria,
Pois eu aprendi ciência
Em uma metalurgia.

Também aprendi pintar
Automóveis e o sete!
Nunca deixei de brincar!
Fui o clássico pivete!

Criança fui e estudei
Até mais que gostaria.
Nossa como eu brinquei!
Trabalhei parte do dia!

Sou contra o trabalho escravo
Seja de criança ou não.
Vejo fundo porque cavo
Sem qualquer pré-concepção!


Quando fui ser Marinheiro
Já conhecia o inglês
Aprendido por dinheiro
Guiando gringo burguês.

Em Ilhéus sou conhecido
Como um cara de sucesso,
Mas vi colega bandido
Pois o ócio deu-lhe o ingresso.

Cada um opina fino,
Mas eu sou grato ao trabalho
Que me abraçou menino
E eu, de fato, muito valho!


Passo esse ensinamento
Vindo do povo semita
Que controla o movimento
E as normas hoje dita!

Tem judeu pedindo esmola?
Ou já viu um vagabundo?
Essa raça fez escola
E hoje controla esse mundo!

Presidente da FIRJAN
Da FIESP e poderio.
Rotchild é vil. Afã?
Bildeberg lhe é por brio!

Crianças que trabalharam
Desde a mais tenra idade.
Uns ao mundo controlaram
(reconheço ser maldade).

Mas pregar que vídeo game
É melhor que laborar...
Não está aqui quem teime,
Mas prefiro duvidar!

Ronaldo Rhusso

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