Ainda assim...
No corrimão do tempo a alma chora.
Quimeras que se foram, quais fagulhas
Quimeras que se foram, quais fagulhas
Que acendem fogo fátuo e vão embora...
Procuro um fio de palha em meio a agulhas...
Sou controverso e tu, pombinha, arrulhas
De longe enquanto eu vejo que agora
No corrimão do tempo a alma chora.
Quimeras que se foram, quais fagulhas...
Quimeras que se foram, quais fagulhas...
A fé não me abandona e a vil demora
Insiste em derramar-se em tolas pulhas,
Mas paciente espero: o bem vigora!
Mas paciente espero: o bem vigora!
A espiga da esperança tu debulhas.
No corrimão do tempo a alma chora...
Ronaldo Rhusso
Mote da Edith Lobato
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