quarta-feira, 4 de abril de 2012




Ainda assim...

No corrimão do tempo a alma chora.
Quimeras que se foram, quais fagulhas
Que acendem fogo fátuo e vão embora...
Procuro um fio de palha em meio a agulhas...

Sou controverso e tu, pombinha, arrulhas
De longe enquanto eu vejo que agora
No corrimão do tempo a alma chora.
Quimeras que se foram, quais fagulhas...

A fé não me abandona e a vil demora
Insiste em derramar-se em tolas pulhas,
Mas paciente espero: o bem vigora!
A espiga da esperança tu debulhas.

No corrimão do tempo a alma chora...

Ronaldo Rhusso

Mote da Edith Lobato

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