Escorri para o profundo do intelecto
e não vi motivos para arrepender-me
de ir pouco lá...
Para que entender o que eu não posso tocar?
Sinto a brisa leve a lamber minha tez
e não entendo como posso ser tocado
e sentir o refrigério que me apraz...
Sinto a mão de Deus que afaga a alma e,
sem, contudo, entendê-Lo, não me espanta
que Ele entenda o que há em mim.
Quando vejo um vislumbre desse Ser
sinto-me banhado por um balde de estrelas
derramado sobre mim e, ainda assim,
é tão diverso!
Gotas salinadas me escorrem pela face
e eu me sinto em unidade com o mar...
Daqui percebo as canoas indo e vindo
com conteúdo que interessam aos que
aguardam nos portos quase seguros...
Adeus é coisa de somenos...
Ah! Deus é bom e não entendemos a bondade...
Que desfaçam os nós que nós tecemos,
pois as luzes que trocamos iluminam
explosivas e alegres o Universo...
Ronaldo Rhusso
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