terça-feira, 17 de abril de 2012

Primavera ao Vento


 Soneto MMCCCXLII

Vislumbro o céu e o Sol em timidez
Corta em cinzel o azul... Raio finito!
As nuvens são assaz muros malditos
Manchas viscosas seivas quase pez...

Mas estas são de ação que tolhe a tez.
Impede-a expor-se à cor de tom bonito.
Pele morena e amena... Eclode um grito:
“Quero sentir luzir quente outra vez”!

Assim minh’alma em trauma se ressente
Se estás ausente e a mente que te pensa
Logo escurece e a prece eu alço tensa:

Oh! D’us eu peço acesso a ela, urgente,
(Que tem a paz que apraz-me, pobre ente!)
Da Primavera ao Vento, a luz intensa!

Ronaldo Rhusso


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