sexta-feira, 11 de junho de 2021





 

Descansa meu peito, descansa!

 Descansa meu peito, descansa!

Na ânsia de ser mais humano
vi dentes sorrindo pra mim
da cobra que o louco cantou,
serpente que chamam de mãe,
porém nem a chamo, sou frágil!
Eu quis dissertar sobre botos,
Iaras, sacis, curupiras,
mas pira quem pensa que sou
letrado nas lendas do mundo...
Sofrido até mais que sovaco
que aguenta muletas na vida
eu tenho dois, três ou mais causos
reais, mas que não são bonitos...
O grito que trago no peito
que quase se afoga no sal
das lágrimas que desidratam
não topa ficar sossegado!
Descansa, meu peito, descansa!
A noite chegou outra vez;
ninguém vai me ouvir soluçar...
Monóstico finda outro drama...
Ronaldo Cansado Oliveira

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Brazil

 Brasil

país paga pau
macaco que imita
da merda, o tolete
adora o porrete
que ao seio limita
cultura sem sal
Brazil

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Meu verso...

 Meu verso é banguelo e bem cansado; tem pouco cabelo, é barrigudo. Meu verso pranteia em quase tudo e canta sem pejo, mas errado por ser verso torto e desleixado. Meu verso tem metro diferente e sente demais, demais ressente os golpes que sente o rimador que foca bastante em belo amor e chora e se ri, sim, no repente...

Ronaldo Rhusso