sábado, 10 de agosto de 2013

Tolo!



Quarenta e quatro Invernos é vitória?
Não vejo nada cego como estou!
Pra mim o que passou (que bom) passou
e nem faz jus ficar, tornar-se história.

Lembrei! Um dia eu vi, senti a glória!
Mas derrotei alguns... Adiantou?
Pra que? Não é assim que sinto ou sou.
Só causa dor viver essa memória...

É hora de olvidar o benefício
Da existência nobre, mas insana
E me entregar ao nada em forte gana.

Preciso urgentemente de armistício
entre o morrer e o viver fictício,
pois quem insiste nisso, eu sei, se engana.

Ronaldo Rhusso





2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre chega o momento a partir do qual, começamos a considerar as questões relativas a nossa própria existência.
Belo soneto Poeta.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.