Quarenta e quatro Invernos é vitória?
Não vejo nada cego como estou!
Pra mim o que passou (que bom) passou
e nem faz jus ficar, tornar-se história.
Lembrei! Um dia eu vi, senti a glória!
Mas derrotei alguns... Adiantou?
Pra que? Não é assim que sinto ou sou.
Só causa dor viver essa memória...
É hora de olvidar o benefício
Da existência nobre, mas insana
E me entregar ao nada em forte gana.
Preciso urgentemente de armistício
entre o morrer e o viver fictício,
pois quem insiste nisso, eu sei, se engana.
Ronaldo Rhusso
2 comentários:
Sempre chega o momento a partir do qual, começamos a considerar as questões relativas a nossa própria existência.
Belo soneto Poeta.
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