Querido... Eu jamais pensei um dia
falar, sinceramente, de amor puro...
Deixei que a ilusão fizesse escuro
os sonhos de tão curta estadia.
Querido, vi morrer minha alegria,
fiquei sem qualquer luz de um futuro,
mas hoje sei amar... Ah, eu te juro,
do amor, até então, eu me escondia...
Vieste como o vento que não vi,
tocando com a mão que não senti,
agora és o tudo onde foi nada...
Então, oh meu querido, venho aqui
em versos, com a alma desarmada,
dizer-te hoje apenas: Obrigada!
Disponha, pois me sinto bem tranquilo
ao dedicar meu ser a quem deseja
saber toda a Verdade e até festeja
olhando o mal sem medo de despi-lo...
Fiz pouco, reconheço, mas se fi-lo
não foi porque melhor que outrem eu seja,
nem porque a bondade em mim sobeja;
foi, outrossim, por ter meu próprio estilo...
Amar é algo que, fora de moda,
assusta quem percebe-se envolvido
amando e sendo sem jamais ter sido...
Tanta desilusão no mundo poda
esse sentir que assusta e incomoda,
mas, quanto a mim, lhe amo e não lhe olvido...
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