Manu, Mané não vale o seu sorriso.
Esse Mané, Manu recebe “arrego”
pra do Brasil poder tirar sossego.
É só um sem vergonha vil, sem siso...
Manu esse Mané eu já diviso
colhendo os frutos podres de um pelego1
que baba os bagos, botas e até o rego
dos norte americanos... É impreciso...
Manu, menina Deus sempre lhe guarde
da fúria de imbecis filhos da mídia
que enche a mente deles de desídia...
Manu não ligue para esse alarde!
Veremos a justiça cedo ou tarde
humana ou divina. Linda, aguarde!
Ronaldo Rhusso
O termo pelego foi
popularizado durante a era Vargas, nos anos 1930. Imitando a Carta Del Lavoro,
do fascista italiano Mussolini, Getúlio decretou a Lei de Sindicalização em
1931, submetendo os estatutos dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. Pelego era o líder sindical de
confiança do governo que garantia o atrelamento da entidade ao Estado. Décadas
depois, o termo voltou à tona com a ditadura militar. "Pelego" passou a ser o
dirigente sindical indicado pelos militares, sendo o representante máximo do
chamado "sindicalismo marrom". A palavra que antigamente designava a
pele ou o pano que amaciava o contato entre o cavaleiro e a sela virou sinônimo
de traidor dos trabalhadores e aliado do governo e dos patrões.
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