Não sabes a falta que me fazes.
Não sabes do medo que ora sinto...
Solzinho eras tu, mas eu brilhava!
Mesmo a dor cruel sequer me assusta,
Pois me assusta a ausência de tua força
A dizer-me: vai, veja e conquiste!
Tenho medo desse medo horrível!
Suo frio. Inverno? E eu aqui quente...
Descrente em mim mesmo e nessa vida.
Que fazer? Perdi e não foi pouco.
Sou nem sombra (vês?) do que já fui...
Sei chorar, mas qual vantagem nisso
Se não sei fazer qual deveria?
Hoje cedo eu vi: sou só lembrança!
Teu sepulcro, digam-me onde fica!
Eu nem posso ver o horizonte,
Pois moravas lá e agora... Fostes...
Rodeiam-me, querem minha mente
E nem sabem ler nas entrelinhas.
Só mortais. Sim, são meros mortais...
E amanhã será o mesmo dia...
Ronaldo Rhusso