sábado, 1 de outubro de 2011





Desce o Sol atrás do monte...

Eis mais uma semana a iniciar
E quais serão as lutas dessa vez?
Percorre-me arrepio em alva tez
E lembro que preciso me bronzear...

Ao menos é o que dizem, mas teimar
É uma desvirtude e Quem me fez
Deixou essa lacuna... Eis outro mês
Pra que eu corrija isso em frente ao mar...

O por do Sol foi quem anunciou
O início de outro dia, a parte escura,
E já que é outra semana a coisa é dura!

Esse Soneto, eu sei, que lhe “encucou”,
Mas digo que o melhor de mim eu dou
Com fins de edificar alma que é pura!

Ronaldo Rhusso

SOCIALIZANDO....



Existem diversas iniciativas que disponibilizam e-books gratuitamente em diversos idiomas, inclusivamente em língua portuguesa (como é o caso do Projecto Gutenberg).

... e existem projectos que visam a criação desses mesmos e-books.

Sou coordenadora um projecto de voluntariado literário, que visa a revisão de texto OCR (texto opticamente reconhecido pelo computador) por voluntários, a partir de imagens digitalizadas, para disponibilização de obras em língua portuguesa no domínio público em formato de texto. Toda a revisão é feita página a página, na Internet, sem necessidade de download de programas especiais.

Contamos actualmente com 325 voluntários lusófonos espalhados um pouco por todo o mundo.

Este trabalho voluntário possibilita o acesso de forma gratuita e livre às 516 obras existentes actualmente (disponíveis em http://gutenberg.org/pt -- Projecto Gutenberg). Somos actualmente o 7º idioma com mais livros disponíveis.

Os ficheiros finais, resultado da revisão, encontram-se em texto codificado ISO-8859 e são "legíveis" pelos computadores de pessoas com deficiência visual, que interpretam os caracteres e os "lêem". Actualmente é feito um esforço para criar uma versão extra em html para tornar a leitura mais agradável.

Toda a divulgação do projecto é bem-vinda.

Sítio do projecto:
http://pagina-a-pagina.blogspot.com

Estou disponível para esclarecimentos adicionais.
Cumprimentos,
Rita Farinha

sexta-feira, 30 de setembro de 2011



é Deus que, com linhas de Universo,
Escreveu nesse Planeta forte amor e sem medidas
por humanos, raça frágil, mas que Lhe é Obra prima
do processo de criar!

Poeta é Deus que disfarçou-Se de humano,
experimentou cansaço,
percebeu como é a dor
que transtorna o coração
e Se deu sem restrições,
porém vendo que a maldade
tornou cego o resgatado,
escreveu com sangue puro
"Eu vos amo assim mesmo"!  
Poeta é Deus que está compondo uma Ode
cujo nome é tão bonito!
É Nova Jerusalém,
onde escreveu em ouro
o seu nome e o meu.
Vamos lá ver se é bom mesmo?  

Feliz Sábado!





quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Homenagem ao Redil onde nasci para o Reino de Deus...


Soneto à Casa do meu Pai!

Nasci em ti, ó Templo tão sagrado
A ponto de escorrerem-me na face
As lágrimas de quem foi amparado
Em hora crucial! Bom desenlace!

Do mundo escurecido, resgatado,
E sem temor deixei que me alcançasse
A graça excelsa do crucificado
E ressurreto Deus... Cessou impasse.

A Vida Eterna eu pude vislumbrar,
Qual tenra ovelha tímida e em dor
Que nunca desviou-se da proposta

Oferecida a quem a desejar:
Deixar-se sob as mãos do Salvador
Na I A S D do Nelson Costa!

Ronaldo Rhusso


domingo, 11 de setembro de 2011




Você conhece o Fib?

Atribuído em relação à sua criação ao poeta  John Frederick Nims em 1974. O FiB é um meio de contar histórias de forma poética, embora ainda seja um formato experimental da poesia ocidental, tendo semelhanças com o haicai, mas baseado na seqüência Fibonacci (é formada da seguinte maneira: inicia-se a contagem com o algarismo 1 o próximo será a soma dele mesmo, ou seja, 1. Em seguida teremos 1 + 1 = 2 Assim já temos: 1, 1, 2... Agora somamos 1 + 2 = 3 então temos 1, 1, 2, 3, então somamos 2 + 3 = 5, então temos: 1, 1, 2, 3, 5, então somamos 3 + 5 = 8 Assim temos 1, 1, 2, 3, 5, 8...  É uma sequência infinita e sempre iremos somar os últimos dois algarismos para chegar-mos ao próximo).  Ou seja, o típico soco (fib, pois também é uma gíria nos guetos americanos) é uma versão do haiku ocidental contemporânea ambos seguem uma estrutura rígida.  O FIB é tipicamente sexteto contando com o título que pode e deve fazer parte do texto. Tradicionalmente deve conter  20 sílabas poéticas! A verdade é que esse número não deve variar nem para mais nem para menos. Sua construção é a seguinte 1/1/2/3/5/8:
 
1
Eu
1
Sei
2
O que
3
Você fez,
5
Pois sou visionário;
8
Mas você consegue entender?
 
Então... Agora que você já conhece a fórmula, que tal compor algumas hisTorinhas em forma de Fib?
 
 
Quem desejar mais informações é só acessar o blog do Gregory K. um dos maiores exercitadores dessa arte poética contemporânea!
 
http://gottabook.blogspot.com/2006/04/fib.html
 
Ronaldo Rhusso
 
 
São
 
seis
os versos
com o título.
Um, um, dois, três, cinco
mais oito os sons do real fib...
 
RRhusso
 
 
 
 
 
Morte
 
única
certeza
que se tem
para a humanidade;
caminho a ser percorrido...
 
Ronaldo Rhusso
 
 
Sei
 
que
algumas
dessas coisas
fui quem escreveu,
mas finjo que não me recordo...
 
Ronaldo Rhusso
 
 
Rio
 
de
Janeiro
a dezembro
tudo muito lindo!
Tem as digitais do Senhor!
 
Ronaldo Rhusso
 
 
Dispo
 
o
sentir
pra mudar
o meu rumo aqui;
a alma e me despeço nu...
 
RRhusso
 
 
Dor
 
é
parceira
de quem foi
na vida iludido...
É sinal de que inda respira...
 
RRhusso

Espelho


Os dilemas espalham-se aos montes
e eu nem olho pra face de um deles,
pois que sei que o conheço do céu
que por mim já foi fantasiado.
Dá razão a quem tem, pois é justo
e talvez até traga-te um prêmio!
Quanto a mim fico dentro de casa
a esperar o que sei que nem vem.
Só queria esse espaço mais cônscio
apesar de saber que é insano
o sorver dessa sobriedade
alterada na cor do estranho.


Ronaldo Rhusso
Refletindo

Eu sou réu e do tipo "confesso"
E nem peço pra ter u'a defesa!
"Gentileza gerou gentileza"

Mas dormia debaixo da ponte!
Lá do monte espreitei o caminho
e um espinho senti na ilharga!

Essa carga que impõem ao poeta
é veneno, mas nunca lhe veta.

Ronaldo Rhusso

sexta-feira, 9 de setembro de 2011





S abe o presente sagrado de D’us?

Á timo pr’Ele, mas grande p’ra nós.
B ônus, de fato, para os filhos Seus!
A h! Do descanso real, eis a Foz.
D ia sagrado em todo o Universo.
O nde houver vida ressoa esse verso! 

 '

D ize, ó minh’alma, louvores perfeitos!
O h! Que alegria findaram-se pleitos!

 '
S almodiando persigo o além
E m novos céus onde a paz será fato
N ada de mal, só tranqüilo regato
H ás de fruir, Nova Terra, também.
O h! Que esperança, pois nada de dor,
R iscos ou perdas... Somente o Amor!


'

Ronaldo Rhusso





Reciclagem


Do pó fiz vidro,
moldei um copo,
enchi de sonhos...


Ronaldo Rhusso

Conjecturas...


 
Se o mar está sereno, a mente, então, tranquila,
Cavila o pobre tolo; ostenta sua ilusão.
Diz não a tempo ameno; obtuso se perfila.
Desfila em tosco rolo; aumenta a solidão!

Razão não lhe é forte. Entorna a letargia.
Vazia a mente pena; acode ao definhar...
Deixar de ser consorte, envida a euforia.
Se um dia rouba a cena, a fala 'suja' o ar.

Estar não lhe conforma; então o que fazer?
Viver pensando em 'ter'? Por que deixar de 'ser'?
Sorver o que transtorna, evoca insensatez.

Se a tez, por sí, deforma é que chegou a vez.
Freguês do corromper só colhe o mais sofrer.
Querer ter mais que ser é triste! É de doer!



Gostaria, ainda de brincar com esse Alexandrino, pois, apenas para uma questão didática o verso Alexandrino tem doze sílabas poéticas e é dividido em dois hemistíquios de seis sílabas, cada:
'
Ex:
'
Se-o mar es tá se re no,/ a men te,- en tão, tran qui la.
'
1......2...3..4..5..6.......1..2...3....... 4....5....6
'
'
Se contarmos até a sexta sílaba de cada hemistíquio e pularmos para o verso seguinte poderemos ler dois poemas independentes hexassilábico.
'
'
Pode parecer complicado ou impertinente, mas essa construção foi trabalhada de forma que, seja no todo, ou na dicotomia de hemistíquios, o texto verse acerca da controvérsia entre Parmênides e Heráclito.
'
'
Sempre que construo um texto busco alguma contextualização e me pergunto se esses "detalhes" são percebidos. Todos os dias percebo que estou num Grupo novo e não me faço de rogado, escrevendo ou repetindo postagens nessas dezenas de Grupos e ainda não lí qualquer comentário onde essa minha prática fosse percebida...

'

'
Por que estou comentando isso?
Primeiro por falta de sono nesses instante e depois, porque sinto que a minha mensagem não é passada por completo...
Só isso!
'
Então a dicotomia ficaria assim:
'
1o HEMISTÍQUIO:
'
Conjecturas...
'
Se o mar está sereno,
Cavila o pobre tolo;
Diz não a tempo ameno;
Desfila em tosco rolo;
'
Razão não lhe é forte.
Vazia a mente pena;
Deixar de ser consorte,
Se um dia rouba a cena,
'
Estar não lhe conforma;
Viver pensando em 'ter'?
Sorver o que transtorna,
'
Se a tez, por sí, deforma
Freguês do corromper
Querer ter mais que ser....
'
'
2o HEMISTÍQUIO:
'
'
Conjecturas...
'
a mente, então, tranquila.
ostenta sua ilusão.
obtuso se perfila.
aumenta a solidão!
'
Entorna a letargia.
acode ao definhar...
envida a euforia.
a fala 'suja' o ar.
'
Então o que fazer?
Por que deixar de 'ser'?
evoca insensatez.
'
é que chegou a vez.
só colhe o mais sofrer.
é triste! É de doer!



Ronaldo Rhusso