A musa perguntou para o poeta:
“- Escreves sem pensar ou tens critério”?
Sorrindo, o bardo evita o impropério
e diz: “- Não penso, musa, estás correta”!
Feliz, a musa, linda e inquieta,
retruca: “- Se pensasses... Caso sério”!
O bardo entediado diz: “- Mistério
é escolher-te eu por musa e meta”...
A musa não desiste e interpela:
“- Agora estou ainda mais confusa!
“- Agora estou ainda mais confusa!
Disseste bem de mim ou sou obtusa?
O bardo não resiste e triste apela:
“- Por que não te ocultas dessa tela
e trocas, tu de bardo e eu de musa”?
Ronaldo Rhusso
Um comentário:
Um soneto com a marca do grande poeta que é. Abraços, caro poeta.
Postar um comentário