segunda-feira, 2 de abril de 2012





De joelhos


Posição

pra vencer

batalhas...


Ronaldo Rhusso

domingo, 1 de abril de 2012





Graça.

O trovão despencou lá da montanha,
ribombou feito ele mesmo e eu fiquei muito animado!
Lá vem chuva a molhar a Terra seca,
desaguar em corações, rastelar o mal pra longe...

O perdão transbordou lá noutro Monte,
escorreu até a mim, não antes de ir a ti!
Lá vem vida para nós, abundante,
sem qualquer preço cobrado, pois foi pago em Sangue nobre...

Ronaldo Rhusso



Testemunho...

É tudo ou nada em minha existência!
Andei batendo em portas duvidosas
Porque não quis remar em mar de rosas
Por preferir correr da vil dormência...

Acorrentei meu ser à experiência
Que apeteceu-me em lidas perigosas
Caí profundo e vi cenas jocosas
Colhi com força tanta consequência!

Não sei dizer o estágio em que percorro
Ou que tamanho tem a minha vida
Já que escolhi o Tudo por guarida...

Só sei dizer que é dEle que decorro
E pra loucura a cada dia eu morro
E o nada é só uma página esquecida...

Ronaldo Rhusso

sábado, 31 de março de 2012

On and on





Sem cessar..


Pela manhã inicio as laudes, ainda soturno...
É meu diurno compromisso com o Eterno.
Há um inverno em meu coração!
Há um sermão em minha mente...
Sou monge carente da força de D'us...

Às doze e às quinze, as médias me reanimam.
Dizimam de mim essa dor que me angustia.
Quase final do dia e eu ainda penso em meus pecados...

As vésperas me são propícias! Sinto as delícias da Comunhão!
Sinto melhor o chão, e, de joelhos, me quedo confiante.
Sou vero amante e meu sustento é a oração.

Faço as completas nas horas cheias de fé, de carência do afago do Mestre...
Faço de cipreste minha arca qual relicário...
Sou legionário e vivo pelo Amor que me sustenta!
Orienta-me... Então, feito monge menino,
Oro esse ofício divino.

Ronaldo Rhusso





Pausa...


Acordei com esse gosto de mistério
que tens em tua pele.
Levantei tendo, ainda, na mente a prece oferecida...
Dediquei-me ao trabalho com dó dos que fazem por obrigação.
Dei essa pausa pra brincar com minhas amigas, as palavras...

Ronaldo Rhusso





Monólogo

Solilóquio matutino inesperado...
Retardado é o momento que antecede
a fagulha do tormento que ascede.

Sei falar desse tão morno e exagerado
real bardo do transir tipo petardo.
A dormência, que bem sei, nunca se mede,

se esparrama como um grito e eu não suporto
aduzir, então evito e me transporto...

Ronaldo Rhusso

sexta-feira, 30 de março de 2012





Verdades...

Eu só queria 
que esse silêncio 
me entendesse.

Eu gravaria
em base estêncil
pra alguém que lesse:

Sou ente puro!

Não crês, mas juro!


Ronaldo Rhusso

quinta-feira, 29 de março de 2012

SÓ NÃO MORRERÁ O AMOR!


Vera noite vi em sonho
Turbilhões com suas vagas;
Quase alcançavam o céu!
As palavras me vieram tão latentes na visão!
Ouve um choque de egos toscos
Provocando mil fagulhas
E a chama que nasceu lambeu totalmente o ódio!
Vi queimar indacas podres;
Vi tostar diversos corpos;
Almas sujas de quem era o horizonte desse mal!
Quando o fogo apagou o que restou nem era cinza.
Era o vasto e temerário arremedo do meu ser.
Ah! Morte...
Se eu pudesse enganá-la, talvez me matasse o “eu”...
Talvez me purificasse dos desmandos que eu provei.
Ah! Morte...
Não espere aí parada. Nosso encontro se perdeu.
Se marcarem novo embate cubra a face e cumpra a Lei.
Chamem anjos, homens raios!
Chamem férteis Madalenas!
Clamem aos plenos pulmões que o inferno já perdeu!
Beba a largos sorvos gélidos dessa Fonte que é tão Deus!
Quer provar do infinito? Encha a boca de ardor!
Se quiser ver o segredo, saiba, só não morre o amor!
Vi tão forte e limpo aço e um reflexo a me olhar:
“Não sabia que existia”!
Disse o espelho a mim mesmo.
Meu reflexo era opaco e meu ser um verbo anômalo.
Despertei dessa visão como quem engana a morte.
“Não sabia que existia”!
Ecoou mais uma vez.
Eis que a face do Cordeiro se me veio à lembrança!
Eu chorei desconsolado.
“Ora vem”! Gritei co’a alma!
Eis que um raio iluminou meu Caminho e a esperança!
Novamente me peguei nesse êxtase tão lindo!
Apalpei a minha mente e vi que, essa, era só vida!
Entreguei meu tabernáculo a Quem era por direito!
Eis que o fogo renasceu e eu o vi sair de mim.
Espalhou-se como um raio e logo iluminou o mundo.
“Não sabia que existia”!
Não Se afaste mais de mim!
Sei que em Sua companhia se me afastará o fim!
 Entendi esse segredo e repeti para mim mesmo:
"Quando tudo terminar só não morrerá o amor"!


Ronaldo Rhusso

quarta-feira, 28 de março de 2012

Reloaded by the joy in this moment!




Acredite!

A liberdade é algo fascinante!
Sentir-se sem algemas é tão bom!
A liberdade traz de volta o tom
E já não mais me ouço dissonante...

Se digo: “eu Lhe amo” não se espante,
Pois é da liberdade que ouve o som.
O mesmo que dissipa céu marrom
E o torna sempre azul e cintilante!

Eu trago no meu peito alguma dor,
Mas minha liberdade a supera
Porque a Quem eu busco não espera.

Concede nova chance para o ardor
Que trago dentro em mim junto ao amor
E logo esse meu ser se recupera!

Ronaldo Rhusso




Glória ao Santo!

Oh! D’us, o teu cuidado é tão intenso!
Se choro nesse instante é de alegria
E emoção por tua companhia...
És tão maior do que às vezes penso...

O meu amor por ti não é imenso
Porque nenhum verbete caberia
Pra definir com toda a maestria
O tanto que o que sinto é tão extenso!

Menor que anjos Tu fizeste a mim,
Mas eu posso voar sob as Tuas asas
Que me protegem tanto, ó D’us, arrasas!

Esse Soneto não teria fim
Se eu pudesse captar o quanto, enfim,
Antes de eu nascer Tu já me amavas...

Ronaldo Rhusso


Atlanta - Georgia - Acróstico




I Promisse.

Aqui eu deixo meu pensar, meu ser
Tentando não viver sem refletir.
Lidando co’a vontade de partir
Atrás do Shangrilá; grande querer...

Navego em letras sóbrias, podes ver
Todas as vezes quando vens fruir
As minhas criações pra compartir
Gentil assaz com quem ama viver.

Eu não sou nada além de trovador
Ornando a tela tua em versos pobres
Rimando amor e dor, esses, sim, nobres...

Garanto não cessar de vir co’ardor
Instar co’a Poesia e sem pudor
A fim de que em tristeza não soçobres...

Ronaldo Rhusso