segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Carapitanga...



Eu vejo o meu reflexo em teu espelho
de água qual se diz ser cristalina
que corre em certa pressa, certa sina
e aprendo uma lição, um bom conselho.

Apresso-me e de ti eu me assemelho,
pois tua pressa é justa e me ensina
que quem tem compromisso não declina;
completa sua missão, não dobra artelho...

Em teu percurso vês os ribeirinhos
que lavam corpo e alma nas correntes
geladas que refrescam tensas mentes...

Que pena te agredirem os mesquinhos
com seus esgotos, restos, desalinhos...

Cruéis algozes,  vis inconsequentes...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Guerreiras...



Oh! Eu as vejo céleres, meninas,
buscando o pão, o vinho e o caviar;
buscando nessa vida, em gozo, dar
de si em doses brandas ou felinas.

Se seu ofício é das maiores sinas
há numas o orgulho e o gostar
de serem escolhidas pra deixar
no ar perfumes delas, messalinas...

Buarque disse serem quais falenas
bonitas ou cansadas dessa luta,
da lida diuturna, da labuta...

Se as funções não são das mais amenas,
e às vezes lhes dão somas mui pequenas,
repito que há quem goste de ser fruta.

Ronaldo Rhusso

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Papo sem cabeça...

A musa perguntou para o poeta:
“- Escreves sem pensar ou tens critério”?
Sorrindo, o bardo evita o impropério
e diz: “- Não penso, musa, estás correta”!

Feliz, a musa, linda e inquieta,
retruca: “- Se pensasses... Caso sério”!
O bardo entediado diz: “- Mistério
é escolher-te eu por musa e meta”...

A musa não desiste e interpela:
“- Agora estou ainda mais confusa!
Disseste bem de mim ou sou obtusa?

O bardo não resiste e triste apela:
“- Por que não te ocultas dessa tela
e trocas, tu de bardo e eu de musa”?

Ronaldo Rhusso



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Naturalmente...



Por trás da maquiagem: perfeição!
Que linda alma poética eu vejo...
Real sucesso, sei, vem! Antevejo
e alegre me acelera o coração...

Eu sei, queres pegar o Sol co’a mão
e há quem zombe desse seu desejo,
mas portas a vitória e nesse ensejo
garanto: teu sonhar não é em vão!

Desnuda o templo nobre... Oh! És tão linda!
Não crês que D’us te fez tão singular
que qual a ti não dá pra comparar?

O que encobre a tez, atentes, blinda
o toque do Eterno, a marca infinda
dAquele que não tarda e vai voltar...

Ronaldo Rhusso



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Que linda!



Eu vejo santidade em versos dela
e o coração ferido, jovem, puro
forçou-se a ser precoce e tão maduro
que cada verso ao belo muito apela...

Eu olho a Mata aqui dessa janela
e entendo por que o seio é tão escuro:
onde o silêncio humano é sebe e é duro
atemoriza até a alma mais bela...

A ver única luz em turva estrada
essa poeta tenra, em versos sérios,
não perde tempo com vãos impropérios...

Enfim, ela percorre a longa escada
que dá acesso ao céu e é preparada
pra quem busca ao Eterno e Seus mistérios...

Ronaldo Rhusso

domingo, 19 de janeiro de 2014

Risonho...



Oh! Ela ama flores! Não é lindo?
Pois flores são escritos que componho
Alguns reais e outros tantos, sonho
Que nem vai pro papel, já nasce findo...

Não ligo para número, eu me blindo
ante essa tradição. Por mim deponho
no mais belo jardim, sim sempre ponho!
Se vai frutificar... Quem sabe (rindo)?

Metade do meu ser é um poema!
É flor que tem espinho, mas é bela
e pode ser, sim, óleo sobre tela...

Outra metade é louca e faz que trema
os alicerces dela (é louco esquema)!
Sorrio olhando o rio dessa janela...

Ronaldo Rhusso





Refletindo...


Poemas são orvalhos que do céu
escorrem entre nuvens de algodão
e molham um e outro coração;
ao gris eles encobrem... Santo véu...

Algures há poemas que ao léu
foram deixados soltos pelo chão,
mas não morreram, vivem, não em vão,
para alegrar quem sofre em déu em déu...

Há quem confunda ímpares poemas
com coisa de somenos, alma pobre...
Há quem ao belo, enfim, jamais se dobre...

Cheirar à Poesia, eis, dos meus lemas,
o mais seguido e isso traz problemas...
Mas há quem em silêncio ame e não cobre...


Ronaldo Rhusso

sábado, 30 de novembro de 2013

Oni (potente, ciente, presente)! D’us Santo!

Vindicar a D'us é blasfêmia! D'us é maior que compreendemos. Acreditar que D'us foi prejudicado de alguma forma por um poder terreno é muita ingenuidade! A intercessão de Cristo nunca cessou, nunca foi prejudicada, se não estaríamos arruinados! Abram os olhos Remanescentes!